sábado, 30 de janeiro de 2016

Dilma e o mosquito – Do realismo mágico ao realismo trágico


Presidente admite que o país está perdendo a guerra para o Aedes aegypti... Fosse ele o único perdedor...

Por: Reinaldo Azevedo
Dilma Rousseff, pelo visto, vai entrar numa campanha nacional em favor da esterilização do Aedes aegypti. Ao tratar da questão nesta sexta, deu a seguinte declaração: “Enquanto o mosquito reproduzir-se, todos nós estamos perdendo a luta contra ele”. Há dois dias, a presidente fez, justamente, a declaração oposta: em agenda no Equador, disse que o Brasil não estava perdendo a batalha.
A fala da presidente Dilma ocorre após a declaração do ministro Marcelo Castro, da Saúde, segundo a qual o país está perdendo “feio” a luta. Ao ser questionada mais uma vez pela imprensa sobre a fala de Castro, a presidente disse:
“É impressionante. Eu achei fantástico. Por que criar um problema com a constatação da realidade? Dizer que estamos perdendo é porque nós queremos ganhar”.
É verdade, né? Por quê? Vamos admitir de vez que o mosquito venceu e pronto. As mulheres que não engravidem, ora bolas!
Dilma já fez de tudo nessa área: já chamou o zika de mosquito, o Aedes aegypti de vírus e já afirmou que a transmissão se dá por meio do ovo do inseto. Parece incapaz de ler uma página com um briefing feito pela assessoria.
O governo do realismo mágico aderiu ao realismo trágico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário