Encarando filmes eróticos como realidade, muitos homens esperam repetir na cama tudo o que se passa nas produções, esquecendo que isso nem sempre vai agradar as mulheres
por
Erisson Rosati - especial para o iG
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Filmes eróticos podem ser um bom
estimulante para a relação de um casal. Porém, o efeito pode ser
contrário se eles não forem encarados como ficção, mas uma receita para
um sexo prazeroso. Acostumados a consumir os pornôs desde a
adolescência, muitos homens vão para cama com a intenção de repetir tudo
que se passa na tela, para desgosto de suas parceiras.
Em sua grande maioria, os filmes eróticos são dirigidos por homens e voltados para eles. Com isso, as particularidades do desejo feminino nem sempre são levadas em conta, incutindo na cabeça deles ideias equivocadas sobre o sexo. “Os parceiros estão sempre prontos para o ato, dispostos, são lindos e possuem uma performance invejável. É preciso separar isso da realidade”, afirma a sexóloga Carla Cecarello, apontando preconceitos espalhados por essas produções.
“Homens e mulheres possuem repertórios diferentes em tudo, inclusive nas fantasias sexuais. Se uma mulher pretende entender a cabeça masculina no sexo, os filmes são de grande ajuda”, pondera o psicólogo e terapeuta sexual Paulo Tessarioli, ressaltando que já está disponível no mercado erótico produções destinadas especificamente ao público feminino.
Como quase tudo que envolve uma relação a dois, o diálogo é indispensável para satisfação na cama. Os filmes podem inclusive dar apoio à conversa. “Peça para ele selecionar algumas cenas que o excitem muito e vá apontando: Isso é legal, topo fazer. Já isso, não”, propõe Carla.
Especialistas comentam a seguir erros provocados pelos pornôs:
01 – Sexo vapt-vupt: Basta um olhar e meia dúzia de palavras para os parceiros entrarem no clima. Como num passe de mágica eles tiram toda a roupa e um sexo delicioso e quente começa. Dependendo da intimidade e do desejo do casal, essa cena típica dos filmes pode até se repetir na vida real. Mas isso não vai acontecer em todas as relações sexuais, até porque os pornôs deixam de lado (por razões óbvias) etapas prévias como uma boa conversa, beijos e carícias. De acordo com os especialistas, esses passos são fundamentais para as mulheres reais entrarem no clima.
2 – Oral agressivo: Nos filmes, o sexo oral costuma ser praticado com agressividade. O problema é que os órgãos sexuais são áreas sensíveis do corpo. Assim, uma manipulação excessiva do pênis ou do clitóris pode machucar e não dar nenhum prazer. “Homens e mulheres possuem zonas erógenas diferentes e entendem o prazer de forma diferente. É importante que o parceiro fale como gosta de ser acariciado”, aconselha Tessarioli.
03 – Sexo anal automático: Ao contrário do que diz o senso comum, muitas mulheres gostam de sexo anal. Elas só não curtem quando os parceiros tentam repetir a maneira artificial com o qual ele é feito nos filmes. Os especialistas explicam que a prática exige tempo e que a parceira precisa estar relaxada e confortável. Mais: géis lubrificantes são de grande ajuda nesta hora. As atrizes também os usam, mas os pornôs não costumam mostrar.
Carla diz ainda que essas produções fazem muitas mulheres se sentirem diminuídas. “Elas se sentem culpadas em assistir estes filmes e não conseguem enxergar-se ocupando os papéis desempenhados pelas atrizes”. Por outro lado, os pornôs não devem ser demonizados por conta deste comportamento masculino equivocado.
4 - Ejaculação no rosto: Já virou clichê. Quase todas as cenas dos filmes eróticos terminam com um homem ejaculando no rosto da mulher, que se contorce de prazer com o ato. Mas na vida real nem todas são fãs da prática. “Muitas sentem nojo e não é seguro, visto que o esperma pode atingir os olhos ou a boca, transmitindo doenças”, explica Carla. Neste caso, é bom dizer ao parceiro se não curte a ideia para não ser pega de surpresa.
5 – Prazer barulhento: Muita gritaria, gemidos estridentes e palavrões. Influenciados pelos pornôs, alguns homens acreditam que o sexo só é prazeroso assim, o que nem sempre é verdade. “Há casos de mulheres que se assustam com os gritos do parceiro. Ou ainda com o linguajar durante o sexo. Dependendo do que é dito, o prazer da mulher termina na hora”, alerta Tessarioli.
6 – Amores brutos: A famosa ‘pegada’ que as mulheres gostam nos homens não deve ser confundida com brutalidade que os filmes pornôs trazem. Puxões de cabelo, tapas ou mesmo penetrações mais fortes podem causar dor e ferir a vagina.
7 – Sem hora para acabar: Aceite o fato de que atores de filmes adultos tomam uma série de substâncias que prolongam a ereção e deixam o pênis mais rijo. As cenas são editadas de forma a passar a ideia de que a relação durou mais do que a realidade. “Na vida real, os casais levam em média 20 minutos no ato sexual”, desmistifica Carla.
8 – Casal malabarista: A não ser que o homem queira levar a parceria a exaustão não convêm repetir em casa todas posições que os filmes mostram a cada relação sexual. Inclusive porque muitas delas são desconfortáveis e estão mais para malabarismo de circo. “Não é raro que casais acabem se machucando gravemente ao tentar poses inusitadas. Imagine quebrar o vidro do box, por exemplo? Um pouco de bom senso é indicado”, alerta Carla.
Em sua grande maioria, os filmes eróticos são dirigidos por homens e voltados para eles. Com isso, as particularidades do desejo feminino nem sempre são levadas em conta, incutindo na cabeça deles ideias equivocadas sobre o sexo. “Os parceiros estão sempre prontos para o ato, dispostos, são lindos e possuem uma performance invejável. É preciso separar isso da realidade”, afirma a sexóloga Carla Cecarello, apontando preconceitos espalhados por essas produções.
“Homens e mulheres possuem repertórios diferentes em tudo, inclusive nas fantasias sexuais. Se uma mulher pretende entender a cabeça masculina no sexo, os filmes são de grande ajuda”, pondera o psicólogo e terapeuta sexual Paulo Tessarioli, ressaltando que já está disponível no mercado erótico produções destinadas especificamente ao público feminino.
Como quase tudo que envolve uma relação a dois, o diálogo é indispensável para satisfação na cama. Os filmes podem inclusive dar apoio à conversa. “Peça para ele selecionar algumas cenas que o excitem muito e vá apontando: Isso é legal, topo fazer. Já isso, não”, propõe Carla.
Especialistas comentam a seguir erros provocados pelos pornôs:
01 – Sexo vapt-vupt: Basta um olhar e meia dúzia de palavras para os parceiros entrarem no clima. Como num passe de mágica eles tiram toda a roupa e um sexo delicioso e quente começa. Dependendo da intimidade e do desejo do casal, essa cena típica dos filmes pode até se repetir na vida real. Mas isso não vai acontecer em todas as relações sexuais, até porque os pornôs deixam de lado (por razões óbvias) etapas prévias como uma boa conversa, beijos e carícias. De acordo com os especialistas, esses passos são fundamentais para as mulheres reais entrarem no clima.
2 – Oral agressivo: Nos filmes, o sexo oral costuma ser praticado com agressividade. O problema é que os órgãos sexuais são áreas sensíveis do corpo. Assim, uma manipulação excessiva do pênis ou do clitóris pode machucar e não dar nenhum prazer. “Homens e mulheres possuem zonas erógenas diferentes e entendem o prazer de forma diferente. É importante que o parceiro fale como gosta de ser acariciado”, aconselha Tessarioli.
03 – Sexo anal automático: Ao contrário do que diz o senso comum, muitas mulheres gostam de sexo anal. Elas só não curtem quando os parceiros tentam repetir a maneira artificial com o qual ele é feito nos filmes. Os especialistas explicam que a prática exige tempo e que a parceira precisa estar relaxada e confortável. Mais: géis lubrificantes são de grande ajuda nesta hora. As atrizes também os usam, mas os pornôs não costumam mostrar.
Carla diz ainda que essas produções fazem muitas mulheres se sentirem diminuídas. “Elas se sentem culpadas em assistir estes filmes e não conseguem enxergar-se ocupando os papéis desempenhados pelas atrizes”. Por outro lado, os pornôs não devem ser demonizados por conta deste comportamento masculino equivocado.
4 - Ejaculação no rosto: Já virou clichê. Quase todas as cenas dos filmes eróticos terminam com um homem ejaculando no rosto da mulher, que se contorce de prazer com o ato. Mas na vida real nem todas são fãs da prática. “Muitas sentem nojo e não é seguro, visto que o esperma pode atingir os olhos ou a boca, transmitindo doenças”, explica Carla. Neste caso, é bom dizer ao parceiro se não curte a ideia para não ser pega de surpresa.
5 – Prazer barulhento: Muita gritaria, gemidos estridentes e palavrões. Influenciados pelos pornôs, alguns homens acreditam que o sexo só é prazeroso assim, o que nem sempre é verdade. “Há casos de mulheres que se assustam com os gritos do parceiro. Ou ainda com o linguajar durante o sexo. Dependendo do que é dito, o prazer da mulher termina na hora”, alerta Tessarioli.
6 – Amores brutos: A famosa ‘pegada’ que as mulheres gostam nos homens não deve ser confundida com brutalidade que os filmes pornôs trazem. Puxões de cabelo, tapas ou mesmo penetrações mais fortes podem causar dor e ferir a vagina.
7 – Sem hora para acabar: Aceite o fato de que atores de filmes adultos tomam uma série de substâncias que prolongam a ereção e deixam o pênis mais rijo. As cenas são editadas de forma a passar a ideia de que a relação durou mais do que a realidade. “Na vida real, os casais levam em média 20 minutos no ato sexual”, desmistifica Carla.
8 – Casal malabarista: A não ser que o homem queira levar a parceria a exaustão não convêm repetir em casa todas posições que os filmes mostram a cada relação sexual. Inclusive porque muitas delas são desconfortáveis e estão mais para malabarismo de circo. “Não é raro que casais acabem se machucando gravemente ao tentar poses inusitadas. Imagine quebrar o vidro do box, por exemplo? Um pouco de bom senso é indicado”, alerta Carla.
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