terça-feira, 1 de dezembro de 2015

'Presa' no Peru, jornalista do Acre diz que falta comida e combustível


Turistas têm dificuldade para deixar país por causa de greve dos mineradores.
Jornalista conta que o comércio está fechado em Puerto Maldonado.

Quésia MeloDo G1 AC
Jornalista diz que além de estradas fechadas também está bloqueado o acesso ao aeroporto  (Foto: Elizânia Dinarti/Arquivo Pessoal)Jornalista diz que além de estradas fechadas também está bloqueado o acesso ao aeroporto (Foto: Elizânia Dinarte/Arquivo Pessoal)
A jornalista da Rede Amazônica Acre, Elizânia Dinarte, está entre os acreanos que ficaram presos no Peru por causa da greve de mineradores. Segundo ela, falta comida, combustível e o comércio foi fechado na cidade de Puerto Maldonado.
Elizânia conta que chegou a cidade nesta segunda-feira (30) e encontrou as estradas fechadas desde as cidades de Mazuco até Iñapari. Em Puerto Maldonado ela relata que ruas e estradas que dão acesso ao aeroporto também foram bloqueadas com toras, por isso, os passageiros precisaram caminhar ao menos duas horas para chegar ao centro da cidade.
"No centro está tudo fechado, comércios, restaurantes e hospedagens. Tá faltando comida, não tem combustível para os carros. As pessoas estão no meio da rua. Não há carros na rua, pois não tem como passar. Eles estão fazendo protestos direto, mas de forma pacífica. Cheguei às 11h no aeroporto, só tinha a polícia e um monte de barreira", conta.
Após desembarcar em aeroporto passageiros precisaram caminhar por ao menos duas horas até o centro da cidade (Foto: Elizânia Dinarti/Arquivo Pessoal)Após desembarcar em aeroporto passageiros precisam caminhar por ao menos duas horas até o centro da cidade (Foto: Elizânia Dinarte/Arquivo Pessoal)
De acordo com a jornalista, turistas têm encontrado dificuldade para deixar o Peru e buscam formas alternativas de sair do país.

"A dona de um hostel disse que três brasileiros perderam o voo que fariam de Rio Branco para o Rio de Janeiro, dois americanos também perderam um voo. Eles tiveram que pegar um bote, estão saindo de forma alternativa, pela estrada não tem como", conta.

Elizânia disse ainda, que nesta segunda-feira (30) deve haver uma reunião em Lima para decidir até quando a estrada ficará fechada.

O consulado peruano informou que ainda não há nenhuma novidade sobre quando as estradas serão liberadas. O cônsul também não foi encontrado para falar sobre o caso.
'Protesto é contra o governo', diz consulado
Em matéria publicada pelo G1no dia 25 de novembro, o cônsul peruano, Félix Basquez, disse que o protesto dos mineradores pequenos e informais começou no 23 do mesmo mês e seria uma resposta à proposta do governo peruano para legalizar a categoria.
"Estamos em negociação desde o primeiro dia e acreditamos que pode durar mais 48 horas", afirmou o cônsul na época.
Ruas e estradas foram bloqueadas com toras e outros objetos (Foto: Elizânia Dinarti/Arquivo Pessoal)Ruas e estradas foram bloqueadas com toras e outros objetos (Foto: Elizânia Dinarte/Arquivo Pessoal)

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