sábado, 26 de dezembro de 2015

O ano de 2015 foi amargo para a indústria automotiva, mas não para todos


Marcelo Ramos - Hoje em Dia


O balanço final do mercado automotivo em 2015 será divulgado na primeira semana de janeiro, mas não é preciso ter uma bola de cristal para saber que o setor encolheu quase 25%, com volume abaixo de 2,7 milhões de unidades vendidas. Mas nem todo mundo pode reclamar, já que o segmento de luxo bateu recordes de vendas.
Enquanto marcas de volume e segmentos de entrada viram seus pátios superlotarem, marcas como Mercedes-Benz, Audi e BMW assistiram a uma corrida desenfreada às suas concessionárias. Até novembro, as três alemãs contabilizavam cerca de 15 mil unidades cada.
A Volvo também teve um ano positivo, com crescimento de 20% entre janeiro e novembro, com 3.413 licenciamentos. A Land Rover retrocedeu 6,5%, mas mesmo assim anotou 7.941 unidades no período.
POSITIVO
– O primeiro trimestre pegou fogo com o lançamento dos jipinhos Honda HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008.
- Outra surpresa foi o VW up! TSI, com motor turbo 1.0 de 105 cv, e em setembro foi a vez do Sandero R.S. com seu 2.0 de 150 cv.
– Em setembro, a Renault estreou o segmento de picapes intermediárias com a Oroch, e a Toyota apostou na nova Hilux.
– Também pesou a favor o fim da obrigatoriedade do extintor de incêndio. No entanto, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados quer suspender a decisão.
NEGATIVO
– Não foi em 2015 que a gasolina aditivada se tornou padrão. A ANP adiou obrigatoriedade para 2017.
– Totalmente descabida a decisão do Contran em exigir o uso de cadeirinhas em transportes escolares. Ela foi aprovada e pode entrar em vigor em fevereiro. Fabricantes alertam sobre a falta de segurança das adaptações nos veículos atuais.
– Com 2,7 milhões de unidades convocadas por fabricantes, 2015 bateu o recorde de recalls no Brasil, mesmo com as vendas tendo registrado retrocesso de 25%, o que não justificaria o argumento de excesso de demanda...

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