terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Morte de cavalo na Fenagro será apurada


As causas do incidente ainda não são conhecidas

por
Nelson Rocha
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Reginaldo Ipê
A Feira Internacional da Agropecuária (Fenagro), inaugurada no domingo pelo governador Rui Costa, no Parque de Exposições, não teve o mesmo brilho ontem, do dia anterior. Organizadores, expositores e visitantes lamentaram a morte do premiado cavalo Mangalarga Marchador Forró do Cardeal, ocorrida na madrugada da segunda-feira, na baia móvel montada por uma empresa contratada pela organização do evento onde o animal se encontrava, após sofrer um choque elétrico.  
As causas do incidente ainda não são conhecidas, mas o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura (Seagri), determinou a apuração das circunstâncias que provocaram a morte do cavalo, avaliado em R$ 200 mil.
“Imediatamente após tomar conhecimento da morte do animal, entrei em contato com a organização da Fenagro e determinei a apuração rigorosa do fato, com o objetivo de identificar os responsáveis pela falha no sistema elétrico. Nossa prioridade é garantir a segurança das pessoas e dos animais que participam do evento no Parque de Exposições e vamos continuar acompanhando esse caso de perto”, afirmou o titular da Seagri, Vitor Bonfim.
O problema elétrico foi solucionado e a organização da Fenagro garantiu tomar as medidas cabíveis para responsabilizar a empresa que montou as baias móveis na tradicional feira da agropecuária baiana, realizada há 28 anos no Centro de Exposições de Salvador. Uma das grandes vitrines do agronegócio do estado, a Fenagro segue com  estimativa de movimentar cerca de R$ 100 milhões em negócios este ano.
Através de rede social, a Haras Caraíbas de Pirajá, responsável pelo animal de 14 anos que acumulava mais de 70 prêmios, entre eles o de campeão nacional Master/maior de marcha (2011) e master de macha (2009) disse que o ocorrido o faz estar “vivendo um dos piores momentos” desde a sua criação. “Uma feira que se diz uma das maiores do Brasil!!!! Sem nenhuma estrutura pra receber nossos animais e com gambiarras que matam nossos cavalos e poderiam matar nossos peões ou proprietários”, diz a mensagem postada no facebook.
A organização da Fenagro, em nota, aponta este “como um fato isolado e inédito em 28 anos de exposição” e diz que o “problema pontual já foi solucionado”. O diretor da Accoba (Associação de Caprinos e Ovinos da Bahia), Almir Lins, reforça que a associação e a Seagri (Secretaria de Agricultura do Estado), responsáveis pela organização da feira, vão indenizar o proprietário do animal. “Os animais são bem tratados, não há dúvida sobre isso. Caso não fosse assim, os seus proprietários não estariam aqui com a soma de seis mil animais. Este foi um fato isolado”, afirmou Lins.

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