Ato pede ingresso de funcionários só por concurso e critica privatização.
Militantes falam em sistema 'ameaçado'; não houve registro de conflito.
Militantes protestam em defesa do SUS em Brasília (Foto: Jéssica Simabuku/G1)
Manifestantes protestaram na tarde desta terça-feira (1º) na Esplanada
do Ministério, no centro de Brasília, em defesa do Sistema Único de
Saúde (SUS). Entre as pautas defendidas pelo grupo estavam a manutenção
do sistema público, o ingresso de trabalhadores na rede apenas por meio
de concurso e a não privatização dos serviços.Coordenador da Frente em Defesa do SUS (AbraSUS), Ronald Ferreira diz que a marcha reúne várias pessoas interessadas na defesa da saúde pública. “É uma frente que congrega gestores, pacientes e trabalhadores da classe. A Constituição está asfixiando os direitos públicos. Queremos a manutenção do sistema público. O sistema está ameaçado com tantas crises.”
A fisioterapeuta Ana Lucia de Matos viajou de São Paulo para Brasília para acompanhar o ato. “Pedimos o financiamento para o SUS, público integral e com participação social. O financiamento é fundamental para que todos tenham acesso a saúde. Não aceitamos privatizações. O ingresso dos trabalhadores tem que ser por concurso. Estamos em usuários, trabalhadores da Saúde e era para os gestores estarem aqui também.”
Grupo ocupa gramado do Congresso Nacional, em Brasília, em protesto em defesa do SUS (Foto: Jéssica Simabuku/G1)
“O governo do Distrito Federal, principalmente, quer privatizar o
direito do povo. Viemos de várias partes do Brasil para essa conferência
nacional de saúde. Para defender a saúde pública", disse outra
militante, que não quis se identificar.A manifestação foi marcada por meio de redes sociais. A concentração ocorreu às 14h30, em frente à Catedral Metropolitana. O ato ocorre até as 17h e termina em frente ao Ministério da Fazenda. De lá, o grupo segue para o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, para a abertura da 15° Conferência Nacional da Saúde.
A coordenadora da 15° Conferência Nacional de Saúde, Maria do Socorro Souza critica a queda nos investimentos na área. “Houve cortes no orçamento do SUS no ano de 2015 e terá também no de 2016. Não podemos deixar que a crise afete a saúde brasileira, porque não é uma mercadoria. Os parlamentares que defendem o SUS estão aqui conosco. Não vamos pedir nada ao Congresso. É apenas um ato, uma caminhada para lembrar aos governantes dos direitos básicos do cidadãos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário