domingo, 29 de novembro de 2015

No AC, mãe vende rifas para ajudar filho a receber implante coclear em SP


Gabriel tem 8 meses e sofre de surdez profunda.
Criança deve ser avaliada por equipe de Bauru, em São Paulo.

Aline NascimentoDo G1 AC
Gabriel deve passar por cirurgia para implante coclear  (Foto: Cleide Pinheiro/Arquivo pessoal )Gabriel deve passar por cirurgia para implante coclear (Foto: Cleide Pinheiro/Arquivo pessoal )
Com a hashtag #GabrielMereceOuvir, a dona de casa Cleide Pinheiro, de 25 anos, começou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos e viajar com o filho Gabriel Gomes, de 8 meses, que sofre de surdez profunda. Gabriel será avaliado por uma equipe médica da cidade de Bauru, em São Paulo, para saber se pode ser submetido a um implante coclear. Além da campanha, a mãe vende rifas para custear as despesas.
Mãe e filho devem viajar no dia 27 de janeiro para São Paulo pelo Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Sem dinheiro, Cleide disse que precisa de R$ 2.500 para pagar as despensas durante a viagem e resolveu rifar alguns produtos doados por amigos.

“Eu comecei a campanha na quarta-feira (25) quando recebi a confirmação. Eu contei que descobri que meu filho tinha essa deficiência após dez dias que meu marido morreu e as pessoas se comoveram. Estou rifando um kit de produtos de cuidados com a pele e maquiagem, uma tatuagem no valor de R$ 200, um dia de beleza no salão de uma amiga e uma bolsa”, detalha.
Ainda segundo Cleide, os produtos devem ser sorteados em duas datas. “O sorteio da tatuagem, do dia de beleza e do kit de produtos é dia 30 de dezembro. Já a bolsa é dia 15 de janeiro, na loja. As passagens ficam por conta do TFD, já estou providenciado à papelada”, disse.
A dona de casa revela ainda que conta apenas com uma pensão recebida do quartel que o marido, Euriberto Neto, trabalhava. Além de cabo do Exercito, Neto era lutador de Taekwondo e morreu vítima de leptospirose em março desse ano. Na época, o filho Gabriel era recém-nascido.
“Minha esperança é de que meu filho seja implantado, não é a cura da surdez, mas com acompanhamento ele pode ouvir bem e ser uma criança normal”, revela.
Em outubro o G1 acompanhou a primeira vez que o bebê ouviu com um aparelho auditivo, o pequeno Gabriel ouviu os primeiros sons aos 6 meses. Em um vídeo gravado pela mãe, a criança abriu um sorriso ao ouvir pela primeira vez no Hospital das Clínicas de Rio Branco.
Gabriel é diagnosticado com surdez profunda e sorrir a primeira vez que conseguiu ouvir após receber aparelho auditivo (Foto: Reproduão)Gabriel é diagnosticado com surdez profunda e sorri a primeira vez que conseguiu ouvir após receber aparelho auditivo (Foto: Reprodução)
 

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