domingo, 1 de novembro de 2015

Grupo Promédica vai administrar o Hospital Espanhol


As negociações entre o Grupo Promédica e Real Sociedade Espanhola de Beneficência estão avançando bem e prometem um desfecho positivo já no final de novembro

por
Rayllanna Lima
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
As negociações entre o Grupo Promédica e Real Sociedade Espanhola de Beneficência estão avançando bem e prometem um desfecho positivo já no final de novembro. De acordo com o advogado da atual administradora da unidade, Washington Pimentel, auditorias de informações e visitas técnicas estão sendo feitas para que um novo posicionamento seja dado no dia 27 do próximo mês, quando deve ocorrer uma nova audiência no TRT5.
No entanto, sites de emprego já estão divulgando que a Promédica abriu vagas para quem quiser trabalhar no hospital. No vagasdeempregossa.com.br, por exemplo, existe a confirmação de que é a Promédica quem vai administrar o Hospital Espanhol, bem como a solicitação de envios de currículos.
“Haverá vagas para várias áreas, tanto da saúde, como administrativo. Entre as áreas estão: secretária, motorista, segurança, telefonista, recepcionista, aux. escritório, médicos e enfermeiros”. De acordo com a plataforma, os interessados deverão enviar currículo para o e-mail: saúde@atrativarh.com.br.
Mesmo sem confirmar a concretização do acordo entre as partes, o presidente da Real Sociedade Espanhola de Beneficência, Demétrio Garcia, disse estar contente com a negociação e a expectação de a unidade hospitalar voltar à ativa.
“Estou superfeliz, porque nós batalhamos durante um ano fechado. Ver essa possibilidade enorme de concretizar a operação deixa a gente muito feliz. Não só a Colônia Espanhola, mas toda a Bahia. A luta foi muito dura, forte e demorada. Tivemos uma recuperação muito lenta, mas estamos caminhando para um fechamento muito positivo”, revelou Demétrio.
Questionado quanto à possibilidade de que antigos funcionários sejam integrados ao novo sistema administrativo, Demétrio informou que não há como garantir a volta de todos, nem estipular quantos seriam readmitidos.
“Eu não posso garantir quantos, mas muitos irão voltar. Quando alguns ex-funcionários me perguntam sobre isso, eu digo que posso dar o currículo e sugerir a contratação para nova empresa. Mas, não posso garantir nada. Agora, eu creio que muitos voltarão a trabalhar no Hospital Espanhol”, ratificou.
O que médicos esperam
Devido ao déficit no segmento da rede hospitalar com obstetrícia, médicos do estado estão preocupados quanto à concepção da futura administradora. “Ter o hospital de volta é muito importante, mas temos que ver qual vai ser o caráter deste hospital. Antes de fechar, o Hospital Espanhol tinha, se eu não me engano, 40 leitos disponíveis para obstetrícia, além de oito ou dez leitos neonatais. Será que o hospital vai abrir com essa mesma configuração?”, questionou o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães.
Ele relembrou da última audiência realizada no Ministério Público – que também teve a presença da Promédica –, em setembro, e destacou a carência da obstetrícia tanto na rede pública quanto na rede particular.
“O que a gente tem discutido é que nós estamos com uma carência muito grande de leito materno infantil, principalmente na rede privada. Pra você ter ideia, hoje, em leito privado para esse segmento, a Bahia só tem 271 leitos. Pra uma cidade como Salvador, com 3 milhões de habitantes, somado a toda essa região metropolitana – aproximadamente são quase 5 milhões de pessoas –, além das cidades do interior que mandam as mulheres parir aqui, é um número ínfimo. Então, nós temos um caos nesse segmento”, relatou.

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