O Ministério Público do Rio Grande do Sul obteve na Justiça uma ordem de
suspensão do exercício da função pública contra o deputado estadual
Mário Jardel (PSD), válida por 180 dias. Uma investigação do MP
encontrou uma série de irregularidades no mandato do ex-jogador de
futebol do Grêmio e da seleção brasileira . Há indícios de crimes como
concussão, peculato, falsidade documental, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. A operação foi batizada de Gol Contra. Na manhã
desta segunda-feira, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) cumpre mandados de busca e apreensão no gabinete de
Jardel na Assembleia Legislativa, assim como nas residências dele, da
mãe e do irmão. Também são alvo da operação as casas do chefe de
gabinete do deputado, Roger Antônio Foresta, e das assessoras fantasmas
Ana Bela Menezes Nunes e Flávia Nascimento Feitosa. As investigações do
MP, coordenadas pelo Promotor de Justiça Flávio Duarte, concluíram que
existe uma estrutura criminosa instalada na Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul, tendo Jardel como maior beneficiário. O advogado
Christian Vontobel Miller, que é assessor do parlamentar, seria um dos
mentores do esquema. A lista de irregularidades é grande. A investigação
do MP indicou que o deputado exigia uma parte dos salários de todos os
assessores nomeados em seu gabinete, para aumentar a sua própria renda. A
quantia retida de cada um era de, no mínimo, R$ 3 mil. (Zero Hora)
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