Corpo de Bombeiros considera situação controlada, mas mantém equipes.
Incêndio destruiu espécies vegetais e animais em áreas de preservação.
Imagem aérea da Chapada Diamantina feita na manhã deste sábado (28) (Foto: Ten BM Vanessa/Corpo de Bombeiros Militar da Bahia)
Chove há três dias em várias regiões da Chapada Diamantina, área no
interior da Bahia que teve grande parte da vegetação e de espécies da
fauna destruídas por incêndio que se alastrou por diversos municípios e
áreas de presevação ambiental.
Combate ao fogo na Chapada Diamantina durante
a sexta-feira (27) (Foto: Maj BM Vianey/Corpo de
Bombeiros Militar)
O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, que atua em parceria com
brigadistas voluntários, informou neste sábado (28) que um voo de
monitoramento foi realizado nesta manhã, e nenhum novo foco de chamas
foi localizado.a sexta-feira (27) (Foto: Maj BM Vianey/Corpo de
Bombeiros Militar)
Com o incêndio controlado, foi possível dar início a uma desmobilização parcial da tropa. No entanto, os bombeiros ressaltam que mesmo com a situação controlada e com a ocorrência de chuvas, o trabalho continua com a permanência de equipes, além de aeronaves, na área da Chapada.
"Chove em vários pontos, desde os locais mais críticos, como Morro Branco, até a cidade de Lençóis. A chuva ajudou muito a diminuir os focos", informou Vanessa Matos, da assessoria do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.
A estimativa da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) é de que ao menos 30 mil hectares tenham sido atingidos na região com o incêndio.
Trabalho de combate ao incêndio na Chapada Diamantina na sexta-feira (27) (Foto: Maj BM Vianey/Corpo de Bombeiros Militar)
DestruiçãoAs belas paisagens da Chapada Diamantina foram afetadas pelo fogo que atinge a região há mais de duas semanas. Imagens mostram a vegetação queimada próximo ao Rio Mucugezinho e de um dos cartões postais da região, o Morro do Pai Inácio.
Vegetação foi afetada por incêndio nas área do
Morro do Pai Inácio, na Chapada Diamantina
(Foto: Portal Chapada)
Durante a semana, o secretário de Meio Ambiente do Estado, Eugênio
Spengler, avaliou que os danos causados pelo incêndio sejam difíceis de
ser revertidos. “As perdas são muito grandes. Talvez não se possa
superar [danos]”, definiuMorro do Pai Inácio, na Chapada Diamantina
(Foto: Portal Chapada)
A destruição de orquídeas, a morte de animais e impacto sobre as nascentes são apontados como as principais consequências do incêndio.
Localizada no Centro da Bahia, a Chapada Diamantina é apontada pela Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) como "coração do estado". O Rio Paraguaçu, por exemplo, responsável por parte do abastecimento das regiões metropolitanas de Salvador e Feira de Santana, sofreu com os impactos do fogo.
Orquídeas são um dos destaques da flora local
(Foto: Portal Chapada)
“A Chapada é uma caixa d´água, podemos chamar assim. Aqui nascem muito
rios. Um deles é o Rio Paraguaçu, que abastece grande parte da região
metropolitana de Salvador e da região metropolitana de Feira de Santana.
Cerca de três milhões e 500 mil pessoas são abastecidas por ele [nessas
localidades]”, explicou o secretário.(Foto: Portal Chapada)
Por conta dos incêndios, houve destruição de vegetação que fica na nascente do rio. “Vai demorar alguns anos para ser recuperada. Daqui a pouco vai chover, e isso [a falta de vegetação na nascente] compromete com erosão e assoreamento. A quantidade e a qualidade da água pode ser afetada”, estima.
Além do rio, o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, afirma que os incêndios destroem exemplares da flora. Há grande preocupação com as orquídeas. Conforme a BahiaTursa, há 50 espécies da planta em toda a região. “Ainda não tem números, mas ainda temos mortes de cobras, de aves ainda com ninho, felinos, insetos. São muitas perdas”, resume.
Trilha do Rio Mucugêzinho ficou destruída após fogo na mata. (Foto: Portal Chapada
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