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Ceplac realizou no período de 23 a 27 de novembro, uma reunião com
pesquisadores e extensionistas para a avaliação anual das pesquisas do
Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), no âmbito da Superintendência de
Desenvolvimento da Bahia (Sueba). O encontro foi marcado pela
apresentação de resultados relevantes e amplo debate entre os
participantes a respeito da cadeia produtiva do cacau, pecuária,
seringueira e outras culturas da diversificação agroeconômica regional.
Entre os trabalhos mereceu destaque a apresentação de novos clones
potenciais para a lavoura do cacau com resistência a vassoura de bruxa e
alta produção, a realização de pesquisas preventivas visando à
resistência a monilíase, a importação de novos clones resistentes a esta
doença, a identificação de novos fungos antagônicos para doenças de
importância econômica do cacau e da seringueira, os estudo sobre
pós-colheita envolvendo clones de cacau, o aumento da produtividade na
pecuária pelo emprego de novos métodos de manejo das pastagens e
avaliação de clones de seringueira em diferentes agrossistemas. Também
foram discutidas tecnologias sobre o manejo integrado das novas pragas
do cacaueiro, estudos sobre seqüestro de carbono, abordagem científica
no manejo sustentável da cabruca, estudos avançados sobre biologia
molecular, embriogênese somática, e screening de germoplasma para a
resistência de plantas às principais doenças do cacaueiro.
Novas pesquisas foram propostas para o manejo intensivo do cacaueiro
com irrigação e ênfase na mecanização. De acordo com o chefe do Serviço
de Pesquisas do Cepec e coordenador do evento, José Marques Pereira, o
diferencial destas pesquisas é que elas são definidas a partir das
demandas apresentadas pelos produtores e extensionistas, os quais se
encarregam de levar os resultados ao público alvo na medida em que novas
tecnologias são geradas. Um exemplo disso são os resultados obtidos com
a cochonilha rosada, praga quarentenária que após dois anos de
ocorrência em plantios de cacau do Recôncavo Baiano já existem
resultados de pesquisa consistentes para o enfrentamento do problema e
logo serão difundidos para os produtores. Na avaliação da pesquisa
procura-se compatibilizar os projetos em andamento com as diretrizes
estabelecidas a partir das demandas dos produtores. “Observamos se é
necessário mudar rumos, visando seu aperfeiçoamento, e difundimos aquilo
que irá beneficiar o produtor através da inovação tecnológica”, afirma
José Marques. Segundo o chefe do Centro de Pesquisa do Cacau, Adonias de
Castro Virgens Filho, o encontro se notabilizou pelos grandes avanços
tecnológicos nas áreas de Genética, Fitopatologia, Nutrição de Plantas,
pós-colheita, Recursos Ambientais e Tecnologia de Alimentos.
“Esses resultados serão sintetizados em um documento denominado Informe
de Pesquisa e será disponibilizado à sociedade, especialmente a
técnicos e produtores”. Para Adonias, apesar de a Ceplac não contratar
novos pesquisadores há 28 anos, os trabalhos de pesquisa vêm atendendo à
demanda dos agricultores. “Foram apresentados cerca de 70 projetos
envolvendo mais de 200 ações de pesquisa no campo e em laboratório, a
cargo de 38 pesquisadores e suas equipes”.
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