terça-feira, 27 de outubro de 2015

PUBLICIDADE Brasil Governo estuda legalizar jogos de azar no Brasil, afirma ministro do Turismo


Henrique Alves defende mudança na lei brasileira justificando que maioria dos países da ONU têm cassinos e bingos legais

por
iG São Paulo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Casino Iguazu/Divulgação
Jovens em cassino na cidade argentina de Puerto Iguazu, vizinha à brasileira Foz do Iguaçu
O governo tem discutido internamente a legalização de jogos de azar no Brasil, afirmou o ministro do Turismo, Henrique Alves, nesta segunda-feira (26/10), em almoço com empresários na capital paulita. A prática é proibida em todo o território nacional desde 1946, após sanção do então presidente da República, Eurico Gaspar Dutra.
Em discurso, ele defendeu a legalização dos jogos e afirmou ter elaborado proposta de lei embasada na legislação de países como Inglaterra, Espanha, Portugal, Argentina e Uruguai, todos com a prática liberada. O texto foi entregue ao ministro da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoini, para que fosse debatido pelo governo.
“Dos 194 países que compõem a ONU [Organização das Nações Unidas], 156 têm a legalidade dos jogos de azar. Entre os que não têm, 70% são países islâmicos. Ou seja, está incumbido aí um sentimento muito radicalizado em relação à legalização do jogo”, disse Alves. Para ele, o debate em torno do tema envolve moralismo religioso.
O Decreto-Lei nº 9.215, de 30 de abril de 1946, proibiu os jogos por considerar, entre outros, "que a tradição moral jurídica e religiosa do povo brasileiro é contrária à prática e à exploração e jogos de azar".
Dispensa de visto
Durante o encontro, Alves lembrou que ainda nessa terça-feira (27/10) deve ser votada no Senado proposta, já aprovada na Câmara dos Deputados, que delega aos ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e do Turismo a possibilidade de dispensar visto para estrangeiros durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Ele defendeu a medida como importante tanto para atletas quanto para parentes dos competidores.  “Não é quebra de reciprocidade. É apenas isenção de quatro meses, até setembro, àqueles que já recebem o visto de forma legal”, ressaltou o ministro.
Para ele, facilitar a entrada de turistas de outros países é uma forma de “aproveitar a Olimpíada para o Brasil se mostrar ao mundo”. Entre as nações que podem ter a dispensa de visto estão EUA, Japão e China.
O ministro disse que articulou pessoalmente para que o texto passe no Senado e siga logo para sanção presidencial. “Nesse meio tempo, pretendo ter uma conversa com a presidenta Dilma [Rousseff] para dizer o que queremos, com quem queremos estabelecer essa relação. E, assim, podemos estabelecer essa portaria em até 30 dias.”
* Com Agência Brasil

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