Acreanos sentiram crescimento nos preços duas vezes apenas este mês.
Entressafra do etanol e alta do dólar também influenciaram, diz Sindepac.
Entressafra do etanol também influenciou no
aumento, diz sindicato (Foto: Aline Nascimento/G1)
O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac) justificou, em coletiva nesta terça-feira (27), em Rio Branco,
que o mais recente reajuste - anunciado no dia 19 deste mês - é
resultado, principalmente, da cobrança do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os novos preços nas distribuidoras.aumento, diz sindicato (Foto: Aline Nascimento/G1)
De acordo com a Sefaz, o governo não aumentou a carga tributária dos combustíveis, o valor de 25% cobrado continua o mesmo. Os acreanos sentiram o aumento no combustível duas vezes neste mês.
"No início do mês [outubro], houve reajuste de preço e o Estado fez a cobrança do ICMS sobre os novos preços, que acabou gerando uma arrecadação maior. É recolhido direto na fonte, ou seja, nas distribuidoras, que repassaram para os revendedores. Mas não houve aumento da alíquota", explica.
De acordo com Delano, fatores como a entressafra do etanol e a alta do dólar também influenciaram no aumento. "Nos últimos 30 dias, houve um aumento de mais de 15% no etanol. A alta do dólar fez com que as usinas produzissem o açúcar para exportação, ao invés do etanol. A mesma coisa ocorreu com o diesel S10, que tem 80% de soja", diz.
"O sindicato informa sobre essa cadeira de distribuição, porque o posto não é culpado, mas sim a economia, com a crise que estamos passando este ano. Alguns postos estão com estoques antigos e outros tentam manter os consumidores. Por isso, a variação de preço é muito grande", finaliza.
De acordo com Israel Monteiro, da Diretoria de Administração Tributária da Secretaria de Estado de Fazendo (Sefaz) o governo não aumentou a carga tributária dos combustíveis, essa elevação de preço ocorreu por conta do preço que o combustível está sendo vendido. O valor do imposto cobrado, que é de 25%, continua o mesmo.
"O ICMS dos combustíveis é recolhido pelas distribuidoras. Quando elas fazem a venda da mercadoria para qualquer estado, já fazem automaticamente o repasse do ICMS para as contas dos tesouros estaduais. No caso específico do combustível, o preço é calculado mediante a média de preço das bombas, ou seja, a gente faz uma média do preço cobrado nos municípios e é baseado nesses preços que é enviado para o Confaz", explica.
Monteiro diz ainda que sempre que há um aumento no valor, seja pela distribuidora ou algum outro aumento, esse reajuste sempre acaba refletindo no preço final para o consumidor.
"A nossa alíquota sempre permanece a mesma, 25%, a gente sempre aplica esse valor em cima do valor de média de saída. Se nós deixarmos o preço aumentar na distribuidora e nas bombas e não fizer a correção na média de preços, que é praticado no estado, não estaremos recebendo a alíquota de 25% porque se não a base vai se elevando", diz.
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