Foto: Agência Brasil
Ministro da Educação, Aloizio Mercadante
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu hoje (27) o
tema adotado na redação do Enem, sobre a continuidade da violência
contra as mulheres. Além disso, durante audiência pública no Senado, o
ministro classificou de “censura” as críticas a uma questão que citava a
escritora e filósofa feminista Simone Beauvoir. “Sobre o tema do Enem,
cito Simone de Beauvoir: ‘A gente não nasce, mas se torna mulher’. O que
se discute [com isso] é a condição histórica da mulher, que não votava
até os anos 30 e que era tida como um ser ligeiramente acima de crianças
e de loucos”, destacou o ministro. “Sobre o tema do Enem, cito Simone
de Beauvoir: ‘A gente não nasce, mas se torna mulher’. O que se discute
[com isso] é a condição histórica da mulher, que não votava até os anos
30 e que era tida como um ser ligeiramente acima de crianças e de
loucos”, destacou o ministro. Mercadante negou que o tema esteja
relacionado a qualquer tipo de doutrinação, como acusaram alguns
deputados, e destacou ações do governo da presidenta Dilma Rousseff em
favor das mulheres. “Talvez, por termos uma presidenta mulher, avançamos
muito com a Lei Maria da Penha, e contra o feminicídio. Chamar à
reflexão esse tema é algo que deveria ser aplaudido”, disse. “Censurar
Simone de Beauvoir pode ser chamado de tudo, menos de educação”,
completou. O ministro apresentou alguns dados sobre o perfil dos
candidatos do Enem. Segundo ele, a edição de 2015 mostrou que a
participação feminina no exame é cada vez maior. “Este ano, 57% dos
candidatos são mulheres e 58% se declararam negros ou pardos. Além
disso, participaram 10 mil pessoas com deficiência visual e 9 mil com
deficiência auditiva”. POLÍTICA LIVRE
Pedro Peduzzi, Agência Brasil
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