Em discurso a petistas, ex-presidente pede apoio à política econômica e acena a Cunha; documento do partido ataca política econômica e... Cunha!
Lula falou nesta quinta ao PT. Sabem o que ele disse sobre as escolhas de Dilma? Isto:
“Tivemos um grande problema político, sobretudo na nossa base, quando tomamos atitude de fazer o ajuste que era necessário fazer. Ganhamos as eleições com um discurso e, depois, tivemos que mudar o discurso e fazer o que dizíamos que não íamos fazer. Isso é fato conhecido pela nossa querida presidente Dilma Rousseff”.
“Tivemos um grande problema político, sobretudo na nossa base, quando tomamos atitude de fazer o ajuste que era necessário fazer. Ganhamos as eleições com um discurso e, depois, tivemos que mudar o discurso e fazer o que dizíamos que não íamos fazer. Isso é fato conhecido pela nossa querida presidente Dilma Rousseff”.
Viram? Lula admite o estelionato. Só
haveria uma possibilidade de essa sua fala não ser moralmente dolosa:
Dilma não saber, durante a campanha, a situação real do país. Bem, na
melhor das hipóteses pra ela, convenham, sabia. Na pior, ela seria
inimputável por insanidade mental.
Ah, claro! Ele admitiu que o país está
sem governo. Segundo disse, é preciso logo aprovar as medidas de ajuste
fiscal para que Dilma comece a “governar o Brasil de fato”. É? Então
isso que temos aí é o quê? Ora, é o estelionato!
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Mais uma vez, Lula fez um aceno a Eduardo Cunha, segundo fala registrada pela Folha:
“O que interessa à oposição é discutir
qualquer assunto e não discutir o que interessa, que é aprovar o que a
Dilma mandou para o Congresso. Ou alguém acha que outra coisa é
importante? Que é derrubar Eduardo Cunha, discutir impeachment e depois
votar o que a Dilma mandou para o Congresso?”.
Resta evidente que ele deu uma ordem
para que os petistas deixem de lado a pauta “Cunha”. Ele sabe muito bem
que, agora, está apenas nas mãos do presidente da Câmara dar início ou
não à tramitação da denúncia contra a presidente.
Lula, que, até havia outro dia, estava
desestabilizando Joaquim Levy, resolveu defender o ministro da Fazenda,
afirmando que gritam “Fora, Levy”, como já se gritou antes “Fora,
Palocci”. E observou que o ajuste fiscal é condição para o PT recuperar o
prestígio. Há menos de um mês, com as suas bênçãos, a Fundação Perseu
Abramo pediu a cabeça do ministro da Fazenda.
Ah, sim: desse encontro, sairá um documento. Vai descer o porrete na política econômica conduzida por Levy e em… Eduardo Cunha…
Entenderam?
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