Mais de dois mil trabalhadores estariam irregularmente nas funções.
Cargos devem ser ocupados por servidores públicos concursados, diz MPT.
Contratações são vinculadas à Seed, no Amapá
(Foto: Divulgação/Agência Amapá)
A 5ª Vara do Trabalho de Macapá deu o prazo de 90 dias para o governo
do Amapá demitir todos os funcionários terceirizados do setor da
educação dos chamados “caixas escolares” e das “Unidades de
Descentralização de Execução (UDE)”.(Foto: Divulgação/Agência Amapá)
De acordo com a decisão, estão incluídas nessa situação os funcionários que ocupam cargos de “vigia, merendeira, servente, auxiliar operacional de serviços diversos e operador de piscina”.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que ainda não foi notificada da decisão. O procurador-geral do estado, Narson de Sá Galeno, não atendeu às ligações e nem respondeu às mensagens sobre o caso.
A decisão da Justiça é com base em ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que calcula a existência de dois mil trabalhadores em “situação irregular dentro das UDEs e caixas escolares na educação amapaense”.
O descumprimento da decisão poderá acarretar em multa para o governo no valor de R$ 10 mil para cada trabalhador em situação irregular, segundo a Justiça do Trabalho.
O impasse na demissão dos trabalhadores terceirizados da educação se arrasta por mais de dois anos.
Em 2013, o governo do Amapá firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPT para abster-se de contratar para o caixa escolar e UDE e exonerar quem ocupava os cargos.
O Ministério Público do Trabalho entende que o governo do Amapá deve nomear servidores públicos concursados para os cargos, com exceção dos cargos em comissão.
Segundo a decisão da Justiça do Trabalho, o governo teria descumprido os acordos assinados no TAC.
Seis meses após a assinatura do documento em 2013, o MPT deu um prazo de mais 180 dias para o governo cumprir com as exigências e ainda requereu o pagamento do saldo dos salários e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), “referentes ao período dos contratos de trabalho”. Os itens, segundo o MPT, foram mais uma vez descumpridos.
Depois de esgotado o prazo, o Ministério Público pediu à Justiça a execução do TAC por parte do governo do Amapá e o reconhecimento de uma dívida de R$ 22,8 milhões resultante da falta de cumprimento dos itens do documento.
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