O PMDB queixa-se de não ter poder de decisão. Não tem porque troca
o decidir pelo pilhar o país em ministérios importantes. A principal
política do PMDB é roubar. Vejam quantos envolvidos no Petrolão e
quantos líderes têm ações correndo no STF. O PMDB é um câncer na
política nacional, sem exceções.
(Folha) O programa de governo que o PMDB apresentará no encontro da fundação do
partido faz o mais duro ataque recente ao PT, culpa a "equivocada"
política econômica de Dilma Rousseff por "todos problemas e dificuldades
atuais" e sustenta que, ao contrário do que prega o Planalto, a crise
"tem, sim, raízes ou causas internas".
O documento ao qual a Folha teve acesso é uma versão preliminar e
ampliada, portanto sujeita a alterações, da peça que começa a ser
discutida entre dirigentes do partido nesta quinta-feira (29). O
manifesto será apresentado num congresso da Fundação Ulysses Guimarães,
centro de estudos vinculado ao partido, em 17 de novembro.
O programa, no entanto, passou pelas mãos dos principais caciques
peemedebistas. Contou também com a participação de economistas ligados
ao partido, como Delfim Netto –um dos principais conselheiros do
vice-presidente Michel Temer na área econômica.
Para o PMDB, o governo Dilma –do qual também faz parte– partiu de um
"diagnóstico errado" na área econômica. "Não se compreendeu que a
responsabilidade fiscal, embora condição necessária à estabilidade da
economia, não se afigura motor do desenvolvimento econômico." Além de
atacar o "equivocado diagnóstico" de que a deterioração da
economia se deve ao quadro internacional, o partido diz que o ajuste
fiscal, "por si só", não permitirá a criação das condições necessárias
para que o país "deslanche para uma nova fase de crescimento e
desenvolvimento duradouro e sustentado". "Nesse contexto, portanto, é
que se percebe quão equivocada foi a política econômica governamental."
Aliado do PT desde o primeiro mandato de Lula, o PMDB diz que o partido
de Dilma trava uma "luta política fratricida" e busca sempre a
diminuição de seu papel e de sua importância. "Em função disso, é preciso que o PMDB passe a trilhar caminhos
próprios, apartando-se, com elegância, do PT. O partido não pode estar
atrelado aos insucessos do governo, ocasionados por decisões que, além
de não terem sido suas, foram equivocadas."
Em um momento de autocrítica, a sigla diz que não tem "bandeira,
discurso e identidade exclusivamente próprios" e, por isso, tira "pouco
proveito" de ter o maior número de vereadores, deputados estaduais,
prefeitos, governadores e senadores. Com os seus principais quadros investigados na Lava Jato, o partido não
faz menção à operação. Defende apenas uma revisão da legislação sobre
corrupção.
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