terça-feira, 27 de outubro de 2015

À CPI, Mantega nega tráfico de influência para ‘compra’ de MPs


Foto: Ag. Brasil_Arquivo
Ex-ministro Guido Mantega
Na primeira vez em que falou publicamente desde que deixou o governo, no fim do ano passado, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega disse nesta terça-feira, 27, em depoimento à CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados, que medidas provisórias não são alvo de tráfico de influência e negou qualquer participação em esquema de compra de MPs investigado pela Polícia Federal. “Não acredito que houve qualquer beneficiamento a qualquer setor nessas MPs. MPs são feitas de forma técnica e isenta. Não há qualquer participação nossa nessa história”, afirmou. “Nos pautamos para que não haja tráfico de influência de qualquer natureza, não seria admissível e devemos aguardar investigações”. Questionado sobre os atrasos de repasses de recursos do Tesouro para o BNDES para cobrir os subsídios da União nos empréstimos do banco, Mantega disse que o banco não teve nenhum prejuízo. “O BNDES não tem nenhuma perda, para cada dia de atraso existe uma remuneração”, afirmou. O ex-ministro disse ainda concordar com o posicionamento do atual titular da Fazenda, Joaquim Levy, de que é preciso fazer ajuste fiscal neste momento, como foi necessário em 1999 e 2002. “A diferença é que temos condições melhores agora, reserva, mercado interno, menor nível de desemprego”, afirmou. Mantega defendeu a política econômica desenvolvimentista adotada em sua gestão no governo, mas disse que reconhece os problemas enfrentados pela economia atualmente. “Todos reconhecemos problemas, tivemos seca, queda nas commodities e instabilidade política que atrapalha economia”, acrescentou.
POLÍTICA LIVRE

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