sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Mulher recebe conta de luz de quase R$ 18 mil no Acre
'Não tenho condições de pagar isso', diz mulher; energia do local foi cortada.
Eletrobras-AC diz que valor está certo e aponta irregularidade em consumo.
Quésia Melo
Do G1 AC
Maria Aparecida recebeu fatura de energia de quase R$ 18 mil (Foto: Evely Dias/Arquivo Pessoal)
A funcionária pública Maria Aparecida Gomes Ferreira, de 44 anos, está
no escuro desde o início desta semana. Ela, que mora na Vila Benfica,
zona rural de Rio Branco, relata que recebeu uma fatura no valor de quase R$ 18 mil, referente ao mês de junho, e não tem como pagar a conta.A situação, segundo ela, ocorreu após a troca do padrão de energia feita pela Eletrobras Distribuição Acre. A empresa alega que o valor cobrado está correto e corresponde a energia usada irregularmente e não paga pela consumidora.
"Não estava em casa quando trocaram o meu padrão, quem assinou foi meu marido que não sabe ler nem escrever direito. Instalaram o aparelho novo e levaram o antigo sem a minha autorização. Dois meses depois enviaram o boleto de quase R$ 18 mil. Fui até a Eletrobras-AC procurar o motivo desse valor, alegaram coisas que não existem, mas não provaram nada", contou.
Antes da troca do padrão, Maria diz que pagava no máximo R$ 62. Ela disse ainda, que a situação piorou na última semana quando cortaram a energia da casa dela. Mesmo com o prazo dado ela Eletrobras-AC, a funcionária pública alega que não tem condições de pagar a dívida.
Para não ficar no escuro, Maria conta que pretende procurar um local para alugar até que a situação seja resolvida. "Moro em casa própria, mas não posso ficar sem energia. Não tenho como pagar isso de forma nenhuma. Isso é um absurdo, não podem fazer isso conosco. Eles nunca ouvem a gente, alegam que havia 'gato', mas quando foram na minha casa disseram que era apenas uma troca de padrão ao invés do motivo real. Não sei mais o que fazer", lamentou.
Eletrobras-AC aponta irregularidades
Ao G1, o gerente do departamento comercial da Eletrobras-AC, Roberto Monteiro informou que o valor é uma fatura de recuperação de consumo. Segundo ele, isso significa que durante algum período a unidade consumidora não emitia corretamente o consumo de energia.
A empresa fez uma fiscalização na unidade consumidora, onde foi detectado que havia irregularidades na medição. O medidor foi encontrado sem os lacres e o disco de leitura estava parado mesmo com passagem de energia. Então adotamos os critério previstos da resolução 914 e processou a unidade por recuperação do preço de energia em 36 meses, por isso a fatura de R$ 17 mil", explica.
Monteiro ressaltou ainda que a mulher também possuía um comércio juntamente com a casa. "Era uma unidade mista. O cliente deve comparecer à empresa e apresentar sua defesa em até 30 dias. Se ele não aparece nesse período, a gente entende que o que foi decidido deve ser seguido", ressalta.
Juiz visita buraco onde homem vive há 25 anos para decidir sobre ação
Irmã entrou na Justiça pedindo pensão e interdição judicial dele, em Goiás.
Situação 'peculiar' e capacidade do homem intrigam magistrado: 'Fantástico'.
Sílvio Túlio
Do G1 GO
Antônio mostra buraco onde vive para magistrado, em Nova Roma (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
De dentro do buraco que ele mesmo cavou e onde vive há 25 anos, Antônio
Francisco Calado, 57, teve um dia diferente na última terça-feira (27).
Acostumado a ficar sempre sozinho, ele recebeu a visita do juiz Everton
Pereira Santos. O magistrado foi até a "casa", construída em uma
pequena e inóspita propriedade rural de Nova Roma, no norte de Goiás,
para inspecionar a situação e se posicionar a respeito de dois processos
de pensão por morte dos pais e um de interdição judicial envolvendo o
homem.Santos diz que ficou intrigado com o que encontrou. "Olha, é uma situação muito peculiar, indescritível. Ao mesmo tempo em que ele aparenta ter muita inteligência para usar técnicas na construção do buraco e manusear ferramentas, demonstra aparentes delírios, dizendo que conversa com os raios e trovões", disse ao G1.
É uma situação muito peculiar, indescritível. Ao mesmo tempo que aparenta inteligência, demonstra aparentes delírios"
Everton Pereira Santos, juiz
Diante dos documentos e da inspeção ao local, o juiz deliberou pelas duas pensões - relacionadas às mortes do pai, em 2000, e da mãe, 12 anos depois - cada uma no valor de um salário mínimo. A decisão também contempla o período retroativo, que resulta em um valor aproximado de R$ 70 mil.
Engenharia 'fantástica'
Segundo o magistrado, Antônio não fala "coisa com coisa" e não consegue estabelecer uma linha de raciocínio clara e linear. Apesar disso, mostra lampejos, principalmente relacionados à construção, que fazem Santos acreditar até em coisa de outro mundo.
Antônio mostra entrada da caverna com um facão
(Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
"Ele criou um sistema para que a água da chuva não entre no buraco e
ele poder utilizá-la depois. É fantástico. Quem ensinou isso para ele?
Tenho a impressão que ele tem contato com outro ser. Ele se inspira em
alguém, é muito estranho", diz.(Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
A residência de Antônio também impressionou o juiz. A construção, em formato oval e com aproximadamente 8 m², tem os cômodos divididos e só é possível chegar a pé. Ao entrar, existe a sala. De um dos lados, um oratório com duas imagens de santos e do outro o quarto, onde ele dorme sobre um pedaço de madeira com panos velhos.
O homem cozinha do lado de fora com utensílios sujos e rudimentares. A comida é tudo que ele encontra na natureza: pequi, pimenta e outras verduras cultivadas no local. Antônio não come carne.
Juiz ficou impressionado com a situação do homem: 'Fantástico' (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
Nada de banhoA irmã afirmou ao juiz que já tentou tirar o homem do local várias vezes, mas ele nunca aceitou a ideia. "Ele é muito arredio. A irmã falou que para manter uma convivência com ele é preciso três coisas: não pedir para ele tomar banho e trocar de roupa, além do mais importante, não pedir que ele saia de lá", explica.
Como Antônio é incapaz, a irmã é quem vai administrar os benefícios. Segundo o juiz, ela será monitorada para fazer bom uso do recurso.
"Já pedi ao MP que acompanhe o gasto do dinheiro. Recomendei ainda que, mesmo a contragosto dele, sejam feitas melhorias no local, como a construção de um barraco e a utilização de água tratada", exemplifica.
Sentença concedeu pensões por morte para o homem (Foto: Aline Caetano/TJ-GO)
Presas homenageiam Papa com 'flashmob' em Roma
Detentas fizeram apresentação com camisetas com o texto 'Papa é pop'.
Ação foi para agradecer 'apoio moral' de Francisco.
Da France Presse
Presas
do maior presídio feminino da Itália, a Rebibbia, fazem flashmob em
homenagem ao Papa Francisco nesta quinta-feira (30) (Foto: Filippo
Monteforte/AFP)
No pátio do maior presídio feminino da Itália, a Rebibbia, ao norte de
Roma, as detentas organizaram nesta quinta-feira (29) um "flashmob" em
homenagem ao Papa Francisco para lhe agradecer pelo "apoio moral".Ao ritmo de "O Papa é Pop", composta pelo italiano Igor Nogaterro, 30 mulheres dançaram zumba, repetindo os passos, estilo e música similar aos ritmos latino-americanos.
"Esta noite não estamos sozinhos. Francisco está em toda parte. Aleluia, aleluia"", diz o refrão da música.
O compositor e a coreógrafa Alessandra Abbattista organizam desde abril "flashmobs" pelas ruas de Roma com pessoas de diferentes nacionalidades.
"Quisemos trabalhar com instituições para lhes dar mais energia. Oferecemos a ideia à diretora do presídio de Rebibbia, Ida Del Grosso, que a aceitou 'com entusiasmo'", contou.
Presas
do maior presídio feminino da Itália, a Rebibbia, fazem flashmob em
homenagem ao Papa Francisco nesta quinta-feira (30) (Foto: Filippo
Monteforte/AFP)
Das cerca de 300 mulheres presas em Rebibbia, 50% são estrangeiras.
Entre elas, há várias da América do Norte e da América do Sul, África e
Leste europeu. Todas dançaram juntas para homenagear o Papa argentino."Elas têm uma verdadeira paixão por esse Papa. Sentem sua mensagem de perdão e de misericórdia", explicou Ida, que assistiu à apresentação em um dos pátios da penitenciária.
Essa ação incomum dentro da prisão "nos dá a esperança de que vamos superar esse momento terrível e voltar a ver nossas famílias", desabafou a brasileira Gisele, que preferiu não dar o sobrenome.
"Quando dançamos, a gente se sente quase livre. É estimulante", afirmou.
A prisão de Rebibbia é um modelo por seus programas que priorizam a reabilitação das presas pela educação e pelas artes.
Da pequena panificadora até a grande indústria
Thaís Lobo
Tudo começou em 1795, com a instalação do primeiro engenho de açúcar na atual Fazenda Babilônia, em Pirenópolis, no interior do Estado. De lá para cá, a indústria de alimentos cresceu e hoje é a mais representativa do setor industrial em Goiás, com 48,6% de participação, sendo uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento local.
“É o setor que mais emprega na indústria goiana, são cerca de 100 mil empregos diretos. É um número enorme de famílias que sobrevivem a partir do salário da indústria,” afirma o coordenador técnico da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Welington Vieira.
As indústrias de alimentos estão espalhadas por todo o Estado ajudando a agregar valor à produção agropecuária de Goiás e a promover o desenvolvimento social, diz o coordenador técnico da Fieg. “É um setor que tem importância econômica e social muito grande. Até na crise é um setor que está sentindo menos, porque alimento é uma necessidade.”
O setor ainda concentra o maior número das grandes indústrias no Estado. Contudo, a maior quantidade de fábricas de alimentos ainda é de pequenas empresas. “Tem muita indústria pequena no setor de panificação, de fabricação de salgados, até mega empresas como a Perdigão, que tem mais de 9 mil empregados. É um setor que perpassa por todos os segmentos,” ressalta Vieira.
O fortalecimento do setor nos últimos anos pode ser visto em empresas como a Biscoito Goiano, uma indústria de quitandas congeladas que conseguiu um crescimento invejável em pouco tempo. Fundada em 2005 com apenas cinco funcionários num galpão de 500 m², hoje a indústria já mantém 76 trabalhadores com carteira assinada num espaço de 4 mil m². “Hoje nós estamos saindo de Goiânia e indo para outros Estados. Hoje mesmo (ontem) nós conseguimos enviar um caminhão com 8 toneladas para a Bahia e em novembro estaremos operando também em Brasília,” adianta a sócia-proprietária e diretora de operações, Lindevalda Borges Pereira.
Linda, como é conhecida, conta ainda que começou vendendo só biscoito de queijo e que hoje a indústria já oferece um mix com 40 produtos. Segundo ela, os supermercados estão reduzindo a demanda, mas ela é criativa e sempre tenta fazer a sua parte para ajudar na cadeia produtiva. “A redução na indústria faz com que a indústria explore novos ares e setores. Estamos saindo do Estado agora e todos os nossos fornecedores são de produtores goianos.É nossa forma de ajudar.”
Da roça à exportação
A vocação da indústria de alimentos no Estado foi fomentada pela agropecuária. Para o coordenador técnico da Fieg, Welington Vieira, os segmentos são complementares. “A indústria compra matéria prima importada, faz a mistura aqui e vende para a agropecuária que, por sua vez, fornece material para a indústria, que também abastece o comércio,” explica.
O desenvolvimento da indústria de alimentos goiana se deu a partir da década de 1970, com o aumento da produção de soja e com a chegada de alguns frigoríficos no Estado, conta Vieira. Depois, em 1980, com o advento do programa Fomentar e, em 2000, com o Produzir - iniciativas que concedem benefícios fiscais às indústrias goianas – o setor se fortaleceu e foi o que mais ganhou participação na produção industrial estadual, passando de 40,4% em 2007 para 48,6% em 2012, segundo dados do Perfil da Indústria nos Estados, estudo desenvolvido pela Confederação Nacional de Indústrias (CNI).
“A Arisco, por exemplo, começou muito pequena. Ela fazia tempero e com o tempo ela cresceu e começou a ganhar mercado. Ela foi uma das primeiras empresas a ganhar os incentivos do governo e cresceu tanto que acabou sendo vendida para uma multinacional, mas ainda assim , ela continua puxando a industria de alimentos de Goiás,” lembra o coordenador .
O setor também é o mais importante para as exportações industriais de Goiás, sendo responsável por 60,8% do total exportado em 2013. A indústria de alimentos ainda tem grande influência no desenvolvimento de outros setores, avalia Vieira. “Quando uma indústria grande se estabelece em uma cidade, o lugar cresce, as habitações passam a ser melhores, fomenta o setor da construção civil. Outro setor muito impactado é o de embalagens, que tem crescido muito pela necessidade de embalar os alimentos,” finaliza.
Indústria goiana é destaque nacional em inovação
Ideias que valem ouro. Assim podemos definir inovação. Esse pensamento de criar ou transformar produtos, meios de produção e serviços tem contribuído para o desenvolvimento da indústria goiana. Só entre 2009 e 2015, 26 projetos conseguiram recursos da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) para financiar projetos nesta área. Ainda de acordo com os números da Fieg, neste ano, oito dos 80 projetos abraçados pela entidade em âmbito nacional para financiamento são de Goiás.
No Estado existem inovações que vão desde fabricação de stents - tubos para desobstrução de artérias - a equipamentos de reaproveitamento de água em canteiros de obras. Goiás não tem mais que 100 patentes, mas só a indústria já conseguiu 16 delas junto ao Instituto Nacional de Patente Industrial (Inpi).
Um dos exemplos é um equipamento, ainda em fase de testes, desenvolvido pela Toctao engenharia com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O dispositivo “de baixo custo” faz reaproveitamento de até 80% da água gerada em canteiros de obras.
A capacidade do aparelho, segundo a empresa, é de tratar até 200 litros de água, proveniente da limpeza de equipamentos, do banho dos colaboradores e da limpeza dos caminhões, a cada 25 minutos. “Nas obras nós temos chuveiros para os trabalhadores. Tem obras que são até 600 pessoas, agora imagine o consumo de água”, provoca a coordenadora de meio ambiente da empresa, Cinthia Martins.
Depois de tratada, a água pode ser utilizada para a preparação de argamassas, regar jardins, para limpar equipamentos e o canteiro de obras. Para se ter ideia do impacto da inovação, a construção civil é responsável pelo consumo de 16% de água. “A inovação representa também uma conscientização para os operários, nós vemos que eles entendem a importância de economizar água e levam isso para a vida deles, não só para o canteiro de obras”, destaca Cinthia.
Medicina
“A gente se perguntou: Por que o Brasil não poderia produzir isso?”. “Isso” são stents e a pergunta é do sócio-proprietário da Scitech, Melchíades da Cunha Neto. A empresa é fabricante de produtos médicos hospitalares minimamente invasivos de alta tecnologia, uma das poucas no mundo a trabalhar com equipamentos como os stents. “Nós procuramos ter um produto com preço competitivo e o nosso foco é ter produto de excelente qualidade que possa competir de igual para igual com os importados”, afirma.
O empresário explica que a empresa tem uma forte política de pesquisa e inovação que conta com parcerias com universidades e institutos para alcançar maior “valor agregado”.
Esses exemplos explicam o desempenho da indústria goiana quando o assunto é inovação. As duas últimas edições da Pesquisa de Inovação Tecnológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstraram que Goiás está à frente do País quando o assunto é novas práticas. Entre 2006 e 2008, aproximadamente 38% das indústrias goianas apresentou alguma inovação em produtos ou processos, mesmo índice do País. Na edição seguinte, que considerou o período de 2009 a 2011, o índice de Goiás saltou para 47%, já o nacional reduziu para 35%.
Brasil ainda não tem índice de inovação
O governo federal ainda trabalha para elaborar um indicador capaz de medir o resultado da inovação no Brasil. Em novembro do ano passado, pesquisadores, especialistas e técnicos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e do IBGE estiveram reunidos, na sede da agência, para discutir alternativas. A coordenação da iniciativa está a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).
O governo do Estado de Goiás lançou no último dia 2 de outubro o Programa Estadual de Inovação e Tecnologia - Inova Goiás. A iniciativa prevê investimentos de cerca de R$ 1 bilhão até 2018 em ações no setor privado e também no público.
Mito
Os especialistas ouvidos por O HOJE avaliam que grande parte dos empresários brasileiros enxerga a inovação como sendo o desenvolvimento de máquinas ou algo distante dos negócios e caro. Segundo eles, isso dificulta a criação de novas práticas que podem ser produtos, serviços, sistemas de atendimento, entre outros, como explica o especialista em gestão do conhecimento na inteligência e inovação do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), Marcelo Roncato. “A inovação tem a capacidade de aproximar aquilo que as pessoas precisam da empresa, fazer com que meu produto chegue ao meu cliente”, ressalta. (Deivid Souza)
Roadster é o primeiro modelo com nove marchas no país
Marcelo Ramos - Hoje em Dia
Mercedes-Benz
A marca não divulga os dados de consumos, mas a combinação faz bem à natureza
Apesar de as linhas do simpático roadster, de terceira geração, permanecerem inalteradas, o SLK também recebeu modificações no motor. A unidade turbo 2.0 saltou de 204 cv para 245 cv. Mas o que permitiu a combinação perfeita com a nova transmissão foi a elevação do torque para 37,7 mkgf disponíveis a baixíssimos 1.300 rpm.
Dessa forma, quando não há exigência de força, como numa retomada ou ultrapassagem, a caixa sempre irá privilegiar uma rotação baixa para reduzir o consumo de combustível, mas com oferta total de torque.
Para tornar o conversível ainda mais econômico, há um sistema de modo de condução, sendo que a opção Economic privilegia o uso mais eficiente, além e contar com desligamento e religamento automático do motor (Start/Stop) para em paradas em semáforos.
No entanto, a pegada esportiva é garantida com os modos Sport, em que as trocas de marcha são mais longas, sempre com o motor cheio, o Manual. Neste o motorista assume o controle total das trocas do conversível.
O SLK ainda oferece sistema de entretenimento com tela de sete polegadas e leitor de DVD, ar-condicionado de duas zonas, teto retrátil e outros mimos por R$ 254 mil.
Perigo nas estradas em mais um feriadão
Renato Fonseca - Hoje em Dia
Lucas Prates/Hoje em Dia
MG-020 – Radar inoperante na rodovia que liga Belo Horizonte a Santa Luzia
Os condutores devem ficar alertas para erosões, buracos, deformações na pista, obras e desvios. A má sinalização de trânsito também preocupa. São pelo menos 131 trechos que requerem atenção redobrada nas rodovias estaduais e federais.
O levantamento feito pelo Hoje em Dia pode ser conferido nos sites do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do Departamento de Estradas de Rodagens de Minas Gerais (DER-MG). No do órgão federal existem 68 pontos destacados, sendo 30 em vermelho, que significa “cuidado”, e 38 em amarelo, ou “atenção”.
Há alertas nas principais rodovias, como a BR-262 (que liga Minas ao Espírito Santo), BR-050 (no Triângulo) e BR-381 (entre Belo Horizonte e Governador Valadares). Nesta última, não bastasse o trecho sinuoso, com curvas acentuadas, obras estão sendo feitas. Em alguns pontos, o tráfego segue no esquema “siga/pare” para o trabalho das máquinas.
Na malha estadual, o DER informa que o tráfego está totalmente interrompido na rodovia LMG-840, no trecho entre Padre Fialho e Pedra, na Zona da Mata. Há restrições em outros 62 pontos, como circulação permitida somente em meia pista, limite de peso e condições precárias.
ANTIGO PROBLEMA
Professor de engenharia de transporte e trânsito da Universidade Fumec, Márcio Aguiar reforça que a má condição das estradas mineiras é um problema antigo e distante de uma solução eficaz. Segundo ele, os investimentos são muito limitados.
“O Estado e todos os governos, de forma geral, não dão conta. Não investem em infraestrutura viária. O asfalto é muito antigo e sem manutenção”, afirma o especialista. Para ele, o único caminho é a privatização. “É preciso fazer mais concessões. Nesses casos, a obrigatoriedade de conservação reza em contrato e é sempre cumprida”.
Segundo o DER, a manutenção nas rodovias estaduais é pontual, feita por meio do contrato e executadas pelas 40 coordenadorias regionais. Somente em casos específico é aberta a licitação. Neste ano, estão sendo destinados R$ 378 milhões para manutenção e conservação de rodovias, distribuídos em diferentes ações de recuperação do pavimento, melhoria das condições de tráfego, conforto e segurança.
A reportagem entrou em contato com o Dnit, em Brasília, mas nenhuma resposta foi dada sobre manutenção das BRs.
Com radares desligados há um ano, motoristas abusam da velocidade
Neste mês completa-se um ano de inoperância de 240 radares fixos instalados em estradas estaduais de Minas. Os aparelhos foram desativados após o vencimento do contrato de manutenção. São exatos 26,7 mil quilômetros de pistas desguarnecidas e nenhuma previsão para religar os equipamentos.
Engenheiro civil e mestre na área de transportes, Silvestre de Andrade Puty Filho demonstra preocupação. Segundo o especialista, os radares são indispensáveis na fiscalização e a falta deles deixa os infratores impunes. “Os radares são fiscais permanentes, atuando 24 horas por dia, sete dias da semana. Fiscalização mais eficiente que essa não existe”, diz.
Segundo ele, o problema se agrava nos feriados. “A presença física dos dispositivos eletrônicos inibe alguns motoristas que estão viajando, mas como a situação se arrasta há um ano, há condutores que já sabem do desligamento e comete, abusos, favorecendo o risco de acidente”.
Edital lançado pelo DER prevê que o número de radares fixos passe de 240 para 393, além de 13 estáticos, que podem ser deslocados. Segundo o órgão, foi publicado em abril a revogação do primeiro certame, atendendo decisão do Tribunal de Contas Estadual (TCE).
Em junho foi feito novo edital, mas novamente houve pedido de suspensão. O Departamento de Obras apresentou justificativas e aguarda uma decisão. Em nota, foi informado que “a previsão de entrada em funcionamento dos radares só poderá ser dada após a conclusão do processo licitatório”.
INSTABILIDADE DO TEMPO
Estão previstas pancadas de chuva nesta sexta (30) e neste sábado (31), no fim do dia, em Belo Horizonte e quase todo o Estado. No domingo e na segunda, o tempo fica ainda mais instável, podendo ocorrer precipitações mais significativas.
Segundo Heriberto dos Anjos, do Tempo Clima PUC Minas, uma frente fria vinda do Sul do país, passando por São Paulo, favorecerá a ocorrência de chuva.
FISCALIZAÇÃO
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) montará um esquema especial para o feriado, com reforço de 0h dessa sexta até meia-noite de segunda-feira. Serão priorizados a segurança e fluidez do trânsito, como número maior de policiais e de atividades educativas.
“Em relação ao último feriado, nos preocupa a possibilidade de chuva. Pedimos aos motoristas que redobrem a atenção e respeitem os limites de velocidade. Serão três dias de grande circulação de veículos em todas as rodovias”, afirma Fábio Jardim, agente da PRF em Minas.
Usiminas e Gerdau sentem a crise e têm desempenho desalentador
Bruno Porto - Hoje em Dia
Usiminas/Divulgação
REFLEXO – Usiminas anunciou a paralisação da produção primária na usina de Cubatão (SP)
Em situação mais complicada, com endividamento em patamares elevados em relação a suas receitas, a Usiminas adotou uma série de medidas para conter a deterioração de seus indicadores. O presidente da companhia, Rômel Erwin, anunciou nessa quinta em teleconferência com analistas de mercado a paralisação da produção primária na usina de Cubatão (SP), o corte pela metade dos investimentos para 2016, além da tentativa de vender ativos considerados “não estratégicos”.
A interrupção da produção em Cubatão vai gerar a demissão de 2 mil trabalhadores diretos. A Usiminas disse que os cortes não afetarão operações em Minas Gerais.
A produção primária se refere à produção de placas de aço e sua interrupção consiste no abafamento do alto-forno 2, da aciaria, da sinterização e da coqueria, todos equipamentos da unidade de Cubatão. Mas os desdobramentos têm potencial para afetar as operações da companhia em Minas, sobretudo a Mineração Usiminas, com quatro minas na região de Serra Azul.
Como parte do minério produzido na unidade é direcionado à planta de Cubatão e isso não será mais necessário, a empresa deve operar em ritmo mais lento na produção de minério.
Entre os ativos considerados não estratégicos e praticamente colocados à venda pela companhia está a Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital, com unidades em Ipatinga, Congonhas e Cubatão. A companhia informou que também existem imóveis da empresa que podem ser alienados.
Romêl Erwin citou o “agravamento progressivo das condições de mercado” para justificar as medidas tomadas e disse que vai colocar a Usiminas em novo patamar de escala e produtividade. “A situação reflete em nosso números. São números contundentes que exigem de nós gestores ações contundentes”, disse.
O impacto positivo dessas decisões no balanço financeiro da empresa não são aguardados no curto prazo. “As medidas não terão nenhum impacto de imediato, são melhorias que vão se acumulando e no início serão até responsáveis por aumento de custos”, observou o vice-presidente de Finanças, Ronald Seckelmann.
Em Ipatinga, a Usiminas já havia interrompido a produção de um de seus três altos-fornos e informou que permanecerá em trabalho de otimização de custos. Sobre demissões, confirmou cortes na usina de Cubatão, mas não mencionou desligamentos em Minas. “Não estão previstas paralisações (em Ipatinga), mas há um trabalho contínuo de otimização de custo, busca por produtividade, redução e controle do capital de giro, controle do volume de investimento, redução e controle das despesas gerais e administrativas”, informou.
Para este ano, a previsão de investimentos é de R$ 750 milhões. Em 2016 a empresa prevê metade disso.
Gerdau sofre com os impactos da valorização do dólar
Influenciado por eventos não recorrentes, o balanço financeiro do grupo gaúcho Gerdau, com operações em Ouro Branco, em Minas, registrou um prejuízo líquido de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre do ano. Nos três meses anteriores a companhia havia contabilizado lucro líquido de R$ 265 milhões.
Apesar das baixas contábeis no período, o desempenho da empresa foi positivo com aumento de venda de aço e da receita líquida. O lucro ajustado, com a retirada desses eventos não recorrentes, foi de R$ 193 milhões, equivalentes à retração de 27% sobre os R$ 265 milhões de lucro registrados no 2º trimestre.
A Gerdau sofreu impactos da valorização do dólar sobre seu endividamento, uma vez que 80% das dívidas são em moeda estrangeira. Por ser uma companhia global, esse efeito do câmbio será gradualmente compensando pelas receitas em dólar que a empresa possui.
“Em um primeiro momento sentimos forte (o efeito do câmbio), mas temos muita receita em dólar e a tendência é a de que em um ou dois trimestres tenhamos a redução da alavancagem”, disse o diretor financeiro da Gerdau, Harley Scardoelli. A relação Dívida Líquida/EBITDA (geraçaõ de caixa) passou de 3,1 para 3,2 vezes do segundo para o terceiro trimestre.
Segundo o presidente da companhia, André Gerdau, uma oferta pública de ações terá sua receita direcionada para a amortização de dívidas, a fim de manter sob controle o nível de endividamento.
A empresa garante que está mantida a operação, a partir de 2016, do laminador de chapas grossas em Ouro Branco. A empresa entrou no mercado de aços planos e terá um centro de industrialização e comercialização deste tipo de aço na cidade.
Somente de impairment a companhia teve uma baixa de R$ 1,9 bilhão, e esse é o maior impacto de eventos não recorrentes. O impairment é uma revisão nos ativos que as empresas realizam periodicamente para medir a deterioração deles, o que pode ser causado por vários fatores, como o desgaste pelo uso, que faz os equipamentos perderem valor.
Segunda etapa de vacinação contra aftosa deve imunizar 147 milhões de animais
Veja regiões
por
Agência Brasil
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A segunda etapa da vacinação contra a
febre aftosa deve imunizar aproximadamente 147 milhões de bovinos e
bubalinos, informou hoje (29) o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Iniciada em julho, a segunda etapa da campanha nacional de vacinação já foi concluída em algumas regiões do Amazonas, Pará e Tocantins e continua nos estados do Amapá, de Rondônia e Roraima. Todos devem imunizar seus rebanhos até final de novembro.
Em nota, o ministério informa que grande parte das vacinas previstas para a segunda etapa foi enviada aos estados e que o estoque restante está guardado na Central de Selagem para atender às demandas das revendas de vacinas de todo país.
A Coordenação de Febre Aftosa do ministério recomenda que os pecuaristas comprem as vacinas em revenda autorizada, providenciem a adequada aplicação e comuniquem ao serviço veterinário oficial, nos prazos estabelecidos em cada estado.
A maioria dos estados vacina todas as faixas etárias dos animais, exceto os estados da Bahia, de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Tocantins e do Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado fora da campanha, porque é reconhecido como livre de febre aftosa, sem vacinação.
Na primeira etapa da campanha de imunização contra a aftosa, no primeiro semestre, o índice de cobertura atingiu 98,04%. Foram vacinados 164,7 milhões de bovinos e bubalinos, de um total estimado à época em 168 milhões de cabeças.
Iniciada em julho, a segunda etapa da campanha nacional de vacinação já foi concluída em algumas regiões do Amazonas, Pará e Tocantins e continua nos estados do Amapá, de Rondônia e Roraima. Todos devem imunizar seus rebanhos até final de novembro.
Em nota, o ministério informa que grande parte das vacinas previstas para a segunda etapa foi enviada aos estados e que o estoque restante está guardado na Central de Selagem para atender às demandas das revendas de vacinas de todo país.
A Coordenação de Febre Aftosa do ministério recomenda que os pecuaristas comprem as vacinas em revenda autorizada, providenciem a adequada aplicação e comuniquem ao serviço veterinário oficial, nos prazos estabelecidos em cada estado.
A maioria dos estados vacina todas as faixas etárias dos animais, exceto os estados da Bahia, de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Tocantins e do Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado fora da campanha, porque é reconhecido como livre de febre aftosa, sem vacinação.
Na primeira etapa da campanha de imunização contra a aftosa, no primeiro semestre, o índice de cobertura atingiu 98,04%. Foram vacinados 164,7 milhões de bovinos e bubalinos, de um total estimado à época em 168 milhões de cabeças.
Salvador é segundo destino mais procurado por brasileiros para Réveillon
Réveillon de Salvador começará no dia 28 de dezembro e irá até 1° de janeiro
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Uma pesquisa realizada pelo metabuscador
“Kaiak” revelou que Salvador é o segundo destino mais procurado por
brasileiros para o Réveillon no Brasil. Dentre as cidades brasileiras, a
capital baiana fica atrás apenas do Rio de Janeiro. No ranking geral,
com destinos brasileiros e estrangeiros, Salvador fica em 4° lugar. O
Réveillon de Salvador começará no dia 28 de dezembro e irá até 1° de
janeiro, com nomes como Ivete Sangalo, Jota Quest, Capital Inicial, Luan
Santana, Daniela Mercury, O Rappa, Jorge e Matheus e muito mais.
Segundo o site líder mundial de pesquisas de viagens, Miami e Nova York são os dois destinos com mais pesquisas, entre brasileiros, de voos e hotéis para essa época do ano. Em terceiro lugar fica a capital fluminense e, em seguida, a capital baiana. Na lista dos dez mais buscados ainda aparece Fortaleza (5°lugar), Orlando (6° lugar), Buenos Aires (7° lugar), Recife (8° lugar), Florianópolis (9° lugar) e São Paulo (10° lugar).
Para o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a capital baiana ganhou repercussão nacional e internacional após o lançamento da programação para a festa de fim de ano. “O prefeito ACM Neto fez questão de lançar a programação em âmbito local e nacional, fomentando uma maior visibilidade para a nossa cidade. A ideia é tornar o Réveillon de Salvador a segunda maior festa dentro do calendário anual de eventos da cidade”, declara Edington.
Segundo o site líder mundial de pesquisas de viagens, Miami e Nova York são os dois destinos com mais pesquisas, entre brasileiros, de voos e hotéis para essa época do ano. Em terceiro lugar fica a capital fluminense e, em seguida, a capital baiana. Na lista dos dez mais buscados ainda aparece Fortaleza (5°lugar), Orlando (6° lugar), Buenos Aires (7° lugar), Recife (8° lugar), Florianópolis (9° lugar) e São Paulo (10° lugar).
Para o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), a capital baiana ganhou repercussão nacional e internacional após o lançamento da programação para a festa de fim de ano. “O prefeito ACM Neto fez questão de lançar a programação em âmbito local e nacional, fomentando uma maior visibilidade para a nossa cidade. A ideia é tornar o Réveillon de Salvador a segunda maior festa dentro do calendário anual de eventos da cidade”, declara Edington.
Secretário da Fazenda de Minas é condenado a prisão
José Afonso foi condenado pela Justiça Federal a 5 anos 8 meses de prisão por irregularidades financeiras no período em que foi presidente do Banco do Estado de Minas Gerais
por
Estadão Conteúdo
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O secretário estadual da Fazenda do
governo Fernando Pimentel (PT), José Afonso Bicalho, foi condenado pela
Justiça Federal a 5 anos 8 meses de prisão por irregularidades
financeiras no período em que foi presidente do Banco do Estado de Minas
Gerais (Bemge), privatizado em 1998 durante o governo de Eduardo
Azeredo (PSDB). Bicalho comandou o banco de 3 de janeiro de 1995 a 29 de
junho de 1998.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2008. Segundo a peça dos procuradores, Bicalho “respondeu por 25 operações irregulares no valor de R$ 129 milhões, sendo 11 de concessão (no valor de R$ 39 milhões) e 14 de renegociação (no valor de R$ 90 milhões). Conforme o processo, houve “infração grave na condução de interesses do Bemge, caracterizada pela inobservância a normas de boa gestão e de boa técnica bancária”. A decisão é da juíza Camila Franco e Silva Velano, da 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte.
O secretário não quis comentar a decisão. Cabe recurso. Conforme os procuradores, pelo menos parte das operações autorizadas por Bicalho tinha objeção do corpo técnico do banco. Entre as instituições citadas que receberam recursos do Bemge estão outro banco, o Milbanco, liquidado pelo Banco Central em fevereiro de 1998.
O Bemge, segundo as investigações, fechou operação de crédito no valor de R$ 3,65 milhões no mercado interbancário com o Milbanco. Esse tipo de operação, normalmente, é feita para instituições com problemas de liquide. O Milbanco, assim como o Bemge, tinha sede em Belo Horizonte.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2008. Segundo a peça dos procuradores, Bicalho “respondeu por 25 operações irregulares no valor de R$ 129 milhões, sendo 11 de concessão (no valor de R$ 39 milhões) e 14 de renegociação (no valor de R$ 90 milhões). Conforme o processo, houve “infração grave na condução de interesses do Bemge, caracterizada pela inobservância a normas de boa gestão e de boa técnica bancária”. A decisão é da juíza Camila Franco e Silva Velano, da 4ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte.
O secretário não quis comentar a decisão. Cabe recurso. Conforme os procuradores, pelo menos parte das operações autorizadas por Bicalho tinha objeção do corpo técnico do banco. Entre as instituições citadas que receberam recursos do Bemge estão outro banco, o Milbanco, liquidado pelo Banco Central em fevereiro de 1998.
O Bemge, segundo as investigações, fechou operação de crédito no valor de R$ 3,65 milhões no mercado interbancário com o Milbanco. Esse tipo de operação, normalmente, é feita para instituições com problemas de liquide. O Milbanco, assim como o Bemge, tinha sede em Belo Horizonte.
Lula ironiza investigações e aproveita para lançar sua candidatura a 2018
Em discurso para a direção do PT, acena para Eduardo Cunha, Renan Calheiros e quem mais esteja sob investigação
Por:
Reinaldo Azevedo
“Ninguém
precisa ficar com pena. Aprendi com a vida a enfrentar adversidade. Se o
objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três
anos de muita pancadaria. E, podem ficar certos, eu vou sobreviver.”
A fala acima
é de Lula, no discurso de mais de uma hora que fez para a cúpula do PT
em Brasília. Como se nota, mais uma vez, ele está tratando de sua
candidatura a 2018.
O diabo é
diabo porque é velho, não porque sábio. E também porque é persistente,
não? Nunca antes na sua história Lula teve tantas explicações a dar, mas
ele aproveita o momento para lançar a candidatura à Presidência. Velho e
persistente.
Ironizou as
investigações, aproveitando para emitir sinais para Eduardo Cunha e
Renan Calheiros, como a dizer: “Estamos todos no mesmo barco,
companheiros”. Afirmou:
“É tudo muito incerto. Denúncias contra o presidente da Câmara, denúncias contra o presidente do Senado, denúncia contra o filho do Lula, denúncia contra Lula. Eu tenho mais três filhos que não foram denunciados, sete netos e uma nora que está grávida. Porra, não vai terminar nunca isso? E me criaram um problema desgraçado. Disseram que uma nora recebeu R$ 2 milhões. Aí vão perguntar quem está rico na família. Daqui a pouco uma nora entra com um processo contra a outra”.
“É tudo muito incerto. Denúncias contra o presidente da Câmara, denúncias contra o presidente do Senado, denúncia contra o filho do Lula, denúncia contra Lula. Eu tenho mais três filhos que não foram denunciados, sete netos e uma nora que está grávida. Porra, não vai terminar nunca isso? E me criaram um problema desgraçado. Disseram que uma nora recebeu R$ 2 milhões. Aí vão perguntar quem está rico na família. Daqui a pouco uma nora entra com um processo contra a outra”.
Publicidade
Como Lula é engraçado, não é mesmo?
O filho
enrolado do momento, Luiz Cláudio, descobriu-se, também mora de graça,
financiado pelo mesmo Roberto Teixeira que cedia uma casa ao
sindicalista Lula.
O PT divulgará um documento em defesa de Lula. A Folha antecipa um trecho:
“Vazamentos seletivos, prisões abusivas, investigações plenas de atropelo e denúncias baseadas em delações arrancadas a fórceps e sem provas comprobatórias, entre outros eventos, revelam a apropriação de destacamentos repressivos e judiciais por grupos subordinados ao antipetismo, que atuam com o intuito de difamar o principal partido da classe trabalhadora, seus dirigentes e o maior líder da história brasileira”.
“Vazamentos seletivos, prisões abusivas, investigações plenas de atropelo e denúncias baseadas em delações arrancadas a fórceps e sem provas comprobatórias, entre outros eventos, revelam a apropriação de destacamentos repressivos e judiciais por grupos subordinados ao antipetismo, que atuam com o intuito de difamar o principal partido da classe trabalhadora, seus dirigentes e o maior líder da história brasileira”.
Bem, então é
preciso que o partido diga quais são os alvos do ataque. É a Polícia
Federal? É o Ministério Público? É quem? Em artigo publicado na Folha
desta quinta, Rui Falcão inclui na conspiração contra os petistas a
imprensa, que estaria a serviço das elites.
É mesmo? Por
quê? O Apedeuta, por acaso, nesses 13 anos em que está no comando do
país — sim, é ele —, brigou com qual elite exatamente? A dos bancos? A
dos potentados financiados pelo BNDES? A das empreiteiras? De qual
“elite” exatamente ele está falando?
É
espetacular que Lula, o milionário, e sua família de Lulinhas com o
futuro garantido ainda sejam exibidos como exemplo de discriminação
contra os coitadinhos.
O PT está desesperado porque esse discurso não cola mais.
Lula admite o estelionato eleitoral de Dilma, mas como se fosse virtude
Em discurso a petistas, ex-presidente pede apoio à política econômica e acena a Cunha; documento do partido ataca política econômica e... Cunha!
Por:
Reinaldo Azevedo
Lula falou nesta quinta ao PT. Sabem o que ele disse sobre as escolhas de Dilma? Isto:
“Tivemos um grande problema político, sobretudo na nossa base, quando tomamos atitude de fazer o ajuste que era necessário fazer. Ganhamos as eleições com um discurso e, depois, tivemos que mudar o discurso e fazer o que dizíamos que não íamos fazer. Isso é fato conhecido pela nossa querida presidente Dilma Rousseff”.
“Tivemos um grande problema político, sobretudo na nossa base, quando tomamos atitude de fazer o ajuste que era necessário fazer. Ganhamos as eleições com um discurso e, depois, tivemos que mudar o discurso e fazer o que dizíamos que não íamos fazer. Isso é fato conhecido pela nossa querida presidente Dilma Rousseff”.
Viram? Lula admite o estelionato. Só
haveria uma possibilidade de essa sua fala não ser moralmente dolosa:
Dilma não saber, durante a campanha, a situação real do país. Bem, na
melhor das hipóteses pra ela, convenham, sabia. Na pior, ela seria
inimputável por insanidade mental.
Ah, claro! Ele admitiu que o país está
sem governo. Segundo disse, é preciso logo aprovar as medidas de ajuste
fiscal para que Dilma comece a “governar o Brasil de fato”. É? Então
isso que temos aí é o quê? Ora, é o estelionato!
Publicidade
Mais uma vez, Lula fez um aceno a Eduardo Cunha, segundo fala registrada pela Folha:
“O que interessa à oposição é discutir
qualquer assunto e não discutir o que interessa, que é aprovar o que a
Dilma mandou para o Congresso. Ou alguém acha que outra coisa é
importante? Que é derrubar Eduardo Cunha, discutir impeachment e depois
votar o que a Dilma mandou para o Congresso?”.
Resta evidente que ele deu uma ordem
para que os petistas deixem de lado a pauta “Cunha”. Ele sabe muito bem
que, agora, está apenas nas mãos do presidente da Câmara dar início ou
não à tramitação da denúncia contra a presidente.
Lula, que, até havia outro dia, estava
desestabilizando Joaquim Levy, resolveu defender o ministro da Fazenda,
afirmando que gritam “Fora, Levy”, como já se gritou antes “Fora,
Palocci”. E observou que o ajuste fiscal é condição para o PT recuperar o
prestígio. Há menos de um mês, com as suas bênçãos, a Fundação Perseu
Abramo pediu a cabeça do ministro da Fazenda.
Ah, sim: desse encontro, sairá um documento. Vai descer o porrete na política econômica conduzida por Levy e em… Eduardo Cunha…
Entenderam?
Os petistas só se lembram de defender o Estado de Direito quando são eles os alvos
Se, no entanto, adversários são vítimas de injustiças, aplaudem os malfeitos, quando não os promovem
Por:
Reinaldo Azevedo
Um dos
aspectos do petismo que mais me causam asco é que os companheiros só se
lembram de defender fundamentos do Estado de Direito quando se trata de
beneficiá-los. Se for para prejudicá-los, nunca! Se ilegalidades
atingem seus adversários, eles as aplaudem, quando não as promovem. São
hipócritas, autoritários e institucionalmente trapaceiros.
Por que digo
isso? Vejam o caso da intimação de Luís (começarei a grafar com “s”)
Cláudio, filho de Lula, para depor num dos inquéritos da Operação
Zelotes. Foi feita às 23h de terça-feira, quando ele voltava da festa de
aniversário de pai. É estranho? É. Foi realizada fora de hora? Foi. É
preciso explicar? É. Eis, então, o problema.
Quantas
vezes o senhor José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, cobrou a
Polícia Federal sobre procedimentos heterodoxos? Será que adversários do
governo nunca foram alvos de exageros, de ações espalhafatosas, de
certa atração pelos holofotes? Ora, consultem o arquivo do meu blog para
ver. E, no entanto, qual era a resposta a procedimentos assim,
especialmente no primeiro mandato de Lula? “Ah, esse é um governo que
não poupa os ricos…”
Eu, Reinaldo
Azevedo, reclamei aqui de ações da Polícia Federal que surpreendiam as
pessoas de manhã, ainda de pijama ou camisola, com homens armados até os
dentes e as indefectíveis algemas, mesmo não havendo a menor chance de a
pessoa fugir ou agredir um agente do estado. Pior: com câmeras de
televisão e holofotes na cara. E sabem o que aconteceu? Tomei porrada.
Eu estaria contra a severidade investigativa…
Publicidade
Ah, mas
agora é o filho de Lula! Agora é o filho do Babalorixá de Banânia! Eu
não acho que se a Polícia Federal ou qualquer ente do Estado devam ser
livres para agir como lhes der na veneta, seja com Fábio Luís, seja com o
Zé da Esquina, seja com um bilionário. Eles têm de se comportar dentro
da lei. Mas é isso o que Lula e o PT estão pedindo?
Não! Eles
não estão apenas indignados com a intimação fora de hora. Isso é só um
pretexto. Eles não se conformam é com o fato de o rapaz ser um dos
investigados; eles não se conformam é que os valores republicanos valham
também para os aristocratas do clã Lula da Silva; eles não se conformam
é com o fato de que todos possam ser iguais perante a lei.
Eu defendo o
que defendo pouco me importando quem esteja no poder ou quem seja o
alvo do estado. Se esperam que eu vá aplaudir o que me parece uma ação
óbvia de constrangimento, podem esquecer, não vou. Se acham que apoiaria
qualquer ilegalidade só porque atinge gente que acho que tem de estar
fora do poder — e, a depender do caso, na cadeia —, também podem tirar o
cavalo da chuva.
Ao
contrário: eu quero justamente é a igualdade. Por isso mesmo, se a
Polícia Federal, durante as investigações, chegou a operações no mínimo
heterodoxas envolvendo um dos filhos de Lula, o que se há de fazer?
Investigar, ora essa! Mas não! O PT logo denuncia uma conspiração
porque, no fundo, o que quer é impunidade. E acaba vendo diminuída a
legitimidade de sua reclamação quando esta, num primeiro momento ao
menos, parece justa.
Ah, sim:
também vi alguns coleguinhas que andavam se divertindo com certa
irascibilidade das forças policiais ficar de coraçãozinho mole, agora
que o alvo é o filho de Lula. Indignação seletiva não é indignação, é
canalhice moral.
A Polícia
Federal tem de explicar apenas por que foi à casa de Luís Cláudio às
23h, já que o rapaz não está abaixo da lei. E o PT e Lula têm de
explicar por que acreditam que ele está acima da lei.
Prefeitura de Jequié tem energia cortada. Débito é de R$ 1 mi
A prefeitura de Jequié está às escuras. De acordo com o vereador Pé Roxo
(PT), além da sede do poder municipal, o centro de abastecimento da
cidade também teve o fornecimento de energia interrompido por uma dívida
de quase R$ 1,2 milhão com a Coelba. “Os comerciantes que tinhas suas
coisas nas geladeiras e freezeres perderam tudo. Este centro é um dos
vetores da economia do município e não pode ficar assim”, denunciou, em
entrevista ao Bahia Notícias, nesta quinta-feira (29). Contatada
pelo BN, a Coelba confirmou o corte e disse que a energia só será
religada após negociação com a prefeitura – o que ainda não aconteceu.
Além da evidente falta de dinheiro, Pé Roxo creditou os cortes à falta
de vontade da prefeita Tânia Britto (PP). “O município de Jequié é
gerido para um grupo que se beneficia com dinheiro público”, apontou.
Procurada pelo Bahia Notícias, Tânia não atendeu às ligações.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
Métodos biológicos para proteção e produção
Um grande desafio da Agricultura atualmente é encontrar maneiras sustentáveis para garantir a segurança e abastecer a população mundial, que poderá chegar a 9,6 bilhões de habitantes até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
Números da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que, em 10 anos, a procura mundial por alimentos crescerá 20% e o Brasil poderá atender cerca de 40% dessa demanda.
Infelizmente, prevalecem manejos que degradam o solo em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Se a terra perder sua capacidade de renovação natural, a produção de alimentos estará comprometida.
O Papa Francisco estabeleceu uma relação íntima entre pobreza e a fragilidade do planeta na encíclica “Laudato Si” quando abordou sobre o cuidado da “casa comum”, ou seja, sobre o Planeta Terra.
Foi a primeira vez que um pontífice demonstrou uma preocupação tão direta com a ecologia, afirmando a necessidade de ver, com os olhos da Fé, a ligação entre o ambiente natural e a dignidade da pessoa humana.
Tratar o meio ambiente como fonte sustentável de geração de energia e buscar a sua manutenção é imprescindível, e nós, sob orientação do governador Geraldo Alckmin buscamos a harmonia da Agricultura com o Meio Ambiente, da preservação com a produção.
A Agroecologia surgiu como uma das ferramentas para enfrentar os problemas da Agricultura convencional. Numa junção de conceitos que privilegia as práticas agrícolas de pequenos e médios produtores.
O produtor rural tem compromisso com a utilização das boas práticas agrícolas e o Estado deve apoiá-lo.
Assim, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo trabalha, por exemplo, a partir da nossa Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) Regional de Avaré, que em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP) desenvolveu o Sistema PMB – Palha, Muda Alta e Biofertilizante. Essa inovação reduz o consumo de água para irrigação em até 70%, além de restaurar da fertilidade do solo.
O nosso Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, vem implementando o Programa Aplique Bem, orientando os produtores a aplicarem de forma correta os defensivos e insumos químicos, preservando a segurança e a vida dos profissionais que realizam o trabalho e proporcionando melhores resultados na produção e evitando desperdícios.
Além disso, o IAC realiza pesquisas para melhorar as práticas de manejo do solo, assim como técnicas de conservação pós-colheita que aumentam a durabilidade dos alimentos; de controle a erosão; de reciclagem de composto orgânicos, entre outras tecnologias fundamentais para a melhor utilização de métodos biológicos para aumentar a nossa produção e incorporá-los também no uso como defensivos.
A nossa Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD/Apta) de Agricultura Ecológica, localizada em São Roque é referência em Agricultura Orgânica no País e inaugurou o seu anfiteatro para intensificar a capacitação dos produtores e fomentar as pesquisas com hortaliças, banana e alcachofra, produzidas sem o uso de adubos e defensivos químicos.
Outro exemplo de sucesso é no âmbito do nosso Instituto Biológico, a utilização de ácaros predadores para o controle de ácaros-praga. Sua aplicação em culturas como feijão, algodão, soja, tomate, mamão, uva, morango e plantas ornamentais é considerado um sucesso, visto que eliminam 98% das pragas, enquanto os efeitos dos agrotóxicos se limitam a 20% das pragas.
O Governo do Estado de São Paulo atua também em diversas frentes para garantir o melhor aproveitamento dos recursos naturais ao desenvolver o conceito e implantação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.
Sem prescindir dos agroquímicos, podemos disciplinar o seu uso, incrementar os processos biológicos na formulação de insumos e defensivos e assim garantir maior produção ao nosso agricultor, proteção aos recursos naturais e alimentos saudáveis para todos.
29/10/2015
Arnaldo Jardim é deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
As patacoadas de Sibá, o cangaceiro.
O líder da
bancada do PT é a cara do partido: desprezo pelas instituições,
agressividade contra os opositores etc. Ele gosta mesmo é de gastar o
dinheiro público:
Nos
últimos anos, ora como senador sem voto, ora como líder da bancada de
deputados do Partido dos Trabalhadores, o acriano Sibá Machado
notabilizou-se pelas patacoadas que nunca teve vergonha de dizer no
Congresso Nacional. Às vezes, as bobagens ditas por Sibá ficam apenas no
mundo das chacotas, como o alerta de que a agência americana CIA estava
por trás dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff. Às vezes,
seu descontrole ultrapassa limites, como a convocação de militantes para
"ir para o pau" e "botar para correr" o grupo de jovens que acampavam
em Brasília pedindo o impeachment. Nos dois casos, Sibá foi criticado,
seja pela tolice ou pela imprudência, nos meios de comunicação. Porém,
em alguns veículos do seu Estado, Sibá é rotineiramente elogiado pela
boa atuação parlamentar. Uma das respostas pode estar nas notas fiscais
apresentadas pelo petista para justificar os gastos do seu mandato.
Desde
janeiro, Sibá Machado desembolsou 97 092 reais em recursos da Câmara dos
Deputados para "divulgação do mandato". Trata-se de uma rubrica
destinada a custear boletins, jornais e outros informes sobre a atuação
dos 513 deputados em suas bases eleitorais. No caso de Sibá, alguns
recibos deixam clara a finalidade: comprar reportagens, como registrou
de próprio punho o dono do blogSentinela da Fronteira na nota fiscal de 2
800 reais abaixo, "referentes a oito matérias em junho". No mês de
junho, uma das principais reportagens do blog trazia um pronunciamento
exclusivo do petista, em vídeo, intitulado "Oposição quer entregar
riqueza do pré-sal, garante Sibá". E o blog não é o único. ARádio
Ecoacre também "divulgou o mandato" do petista no programa "Jornal
Diário de Notícias", por 1 500 reais, em abril.
Os 97 000
reais desembolsados por Sibá - ou melhor, pelo contribuinte, já que a
verba é pública - são mais do que o dobro do que gastaram juntos, com a
mesma rubrica, os colegas de bancada do seu estado, os petistas Angelim
(18 600 reais) e Leo Rocha (23 000).
O valor
destinado aos gastos com o mandato varia de acordo com o Estado do
deputado: desde que as passagens aéreas foram incluídas na cota
parlamentar, em 2009, quanto mais longe de Brasília, maior o reembolso.
No caso Acre, são ressarcidos 44 260 reais mensais, num total de 531 127
reais por ano. Em 2015, Sibá gastou 380 943 reais, incluindo 71 820
reais para alugar carros e 23 800 com o fretamento de jatinhos.
(Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
As patacoadas de Sibá, o cangaceiro.
O líder da
bancada do PT é a cara do partido: desprezo pelas instituições,
agressividade contra os opositores etc. Ele gosta mesmo é de gastar o
dinheiro público:
Nos
últimos anos, ora como senador sem voto, ora como líder da bancada de
deputados do Partido dos Trabalhadores, o acriano Sibá Machado
notabilizou-se pelas patacoadas que nunca teve vergonha de dizer no
Congresso Nacional. Às vezes, as bobagens ditas por Sibá ficam apenas no
mundo das chacotas, como o alerta de que a agência americana CIA estava
por trás dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff. Às vezes,
seu descontrole ultrapassa limites, como a convocação de militantes para
"ir para o pau" e "botar para correr" o grupo de jovens que acampavam
em Brasília pedindo o impeachment. Nos dois casos, Sibá foi criticado,
seja pela tolice ou pela imprudência, nos meios de comunicação. Porém,
em alguns veículos do seu Estado, Sibá é rotineiramente elogiado pela
boa atuação parlamentar. Uma das respostas pode estar nas notas fiscais
apresentadas pelo petista para justificar os gastos do seu mandato.
Desde
janeiro, Sibá Machado desembolsou 97 092 reais em recursos da Câmara dos
Deputados para "divulgação do mandato". Trata-se de uma rubrica
destinada a custear boletins, jornais e outros informes sobre a atuação
dos 513 deputados em suas bases eleitorais. No caso de Sibá, alguns
recibos deixam clara a finalidade: comprar reportagens, como registrou
de próprio punho o dono do blogSentinela da Fronteira na nota fiscal de 2
800 reais abaixo, "referentes a oito matérias em junho". No mês de
junho, uma das principais reportagens do blog trazia um pronunciamento
exclusivo do petista, em vídeo, intitulado "Oposição quer entregar
riqueza do pré-sal, garante Sibá". E o blog não é o único. ARádio
Ecoacre também "divulgou o mandato" do petista no programa "Jornal
Diário de Notícias", por 1 500 reais, em abril.
Os 97 000
reais desembolsados por Sibá - ou melhor, pelo contribuinte, já que a
verba é pública - são mais do que o dobro do que gastaram juntos, com a
mesma rubrica, os colegas de bancada do seu estado, os petistas Angelim
(18 600 reais) e Leo Rocha (23 000).
O valor
destinado aos gastos com o mandato varia de acordo com o Estado do
deputado: desde que as passagens aéreas foram incluídas na cota
parlamentar, em 2009, quanto mais longe de Brasília, maior o reembolso.
No caso Acre, são ressarcidos 44 260 reais mensais, num total de 531 127
reais por ano. Em 2015, Sibá gastou 380 943 reais, incluindo 71 820
reais para alugar carros e 23 800 com o fretamento de jatinhos.
(Veja.com).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Cunha retarda processo e só pode ser cassado em abril de 2016
Folha
A Mesa da Câmara dos Deputados, comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), devolveu ao Conselho de Ética às 13h13 desta quarta-feira (28) a representação que pede a cassação do mandato do peemedebista por suspeitas de envolvimento no escândalo do petrolão.
A devolução foi feita praticamente no limite do prazo regimental que a Mesa tinha para cumprir a mera burocracia de numerar a representação – o ato levou ao todo 14 dias.
Cumpridos todos os prazos previstos no regimento (90 dias úteis a contar da instalação do processo), uma eventual votação da cassação de Cunha pelo plenário da Câmara só vai acontecer na segunda quinzena de abril do ano que vem.
As regras da Casa falam que, recebida a representação no Conselho de Ética, o órgão a despacha para que a Mesa a numere e a devolva em um prazo de até três sessões.
NO FINAL DO PRAZO
O PSOL e a Rede apresentaram o pedido de cassação no Conselho no último dia 13. No dia seguinte, a peça foi encaminhada para a Mesa, que usou o prazo de que dispunha no limite –as três sessões foram completadas na noite desta terça-feira (27).
Apesar disso, a Mesa protelou a entrega para os “45 minutos do segundo tempo” do prazo possível – 47 minutos antes da abertura da quarta sessão, prevista para as 14h desta quarta.
Questionado várias vezes nos últimos dias sobre o atraso, Cunha disse que manteve distância da representação, já que ele é o alvo, e que todo o procedimento coube à área técnica da Câmara.
“Ao longo de sua vida, o deputado tem se especializado em utilizar todas as manobras legais que têm para impedir investigações sobre ilegalidades de que é acusado”, afirmou o líder da bancada do PSOL, Chico Alencar (RJ).
ATRASO DE UMA SEMANA
O uso dos 14 dias para o mero ato de numerar a representação levou o Conselho de Ética a adiar em uma semana a realização da sessão para instalar o processo contra Cunha. A previsão inicial era a de que isso já deveria ter ocorrido na terça (27). Mas só deve ser realizada na próxima terça (3) ou quarta (4).
Pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar, todo o procedimento até a votação final no plenário da Câmara não pode exceder 90 dias úteis – prazo que se encerra em 22 de abril, após a Semana Santa, já que a contagem é suspensa no recesso parlamentar que vai da segunda quinzena de dezembro até o início de fevereiro.
Ao instalar o processo, o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA) deverá designar um relator, escolhido de uma lista tríplice de integrantes do conselho previamente sorteados. Nessa lista não pode haver deputados do Rio de Janeiro ou do PMDB, Estado e partido de Cunha.
O relator escolhido fará um parecer preliminar, sem prazo definido, em que pode declarar a representação “inepta ou carente de justa causa”. Cabe ao plenário do conselho, composto por 21 integrantes titulares, julgar esse parecer.
Caso a representação não seja arquivada sumariamente, é dado prazo de até dez dias úteis para Cunha apresentar sua defesa escrita, indicar provas e arrolar um máximo de oito testemunhas. Após isso, o relator tem prazo de 50 dias úteis para realizar a investigação, ouvir testemunhas e apresentar seu parecer final.
PODE HAVER RECURSO
Se o Conselho aprovar a cassação, Cunha pode ainda recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra vícios do processo, análise que demanda tempo total de dez dias úteis.
Concluída essa etapa, cabe à Mesa da Câmara colocar o parecer em votação aberta no plenário da Casa, respeitado o prazo máximo de 90 dias úteis contados desde a instalação do processo. Cunha perde o mandato caso pelo menos 257 dos seus 512 colegas votem nesse sentido.
Governo Dilma está prestes a cometer novo erro fiscal
Kennedy Alencar
iG Notícias
O governo Dilma está prestes a cometer um novo erro na área fiscal. Deverão ser ruins as repercussões políticas e econômicas se o deficit primário que será fixado neste ano excluir as chamadas pedaladas fiscais. O governo debate cenários de deficit que têm um piso entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões e um teto que pode chegar a R$ 90 bilhões ou até R$ 100 bilhões. Segundo o jornal “O Globo”, o governo deverá optar por um deficit na casa dos R$ 50 bilhões, sem pedadalas fiscais.
Essa saída deixará no ar que existem contas futuras a pagar. Esqueletos ficarão no armário. O governo caminha para ter a terceira meta fiscal do ano. Começou 2015 com 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Derrubou a meta para 0,15%, que é zero na prática. E agora vai assumir que não conseguirá fazer superavit primário (a economia do setor público para manter a sua dívida sob controle). No entanto, não vai exibir claramente qual é o tamanho do deficit, porque pretende retirar as pedaladas fiscais. Produzirá incerteza e contaminará as expectativas para 2016.
O governo deveria colocar na mesa todos os problemas. Expor publicamente ao país qual é o tamanho do buraco. Serão erros estabelecer um deficit na casa dos R$ 50 bilhões e dizer que negociará com o TCU (Tribunal de Contas da União) como resolver as pedaladas.
COMO SOLUCIONAR?
O governo teria de mostrar agora como solucionará a questão fiscal ao longo do segundo mandato de Dilma. De preferência, com metas para além da gestão Dilma. Fixar um deficit menor e continuar com meta de superávit primário de 0,7% para o ano que vem não são compatíveis. De antemão, já se saberá que poderá haver mais uma mudança da meta fiscal em 2016.
Isso cria incerteza para os agentes econômicos. O Brasil, que já teve o Plano Real para estabilizar a economia, precisa de um plano fiscal de longo prazo.
O governo deveria propor um plano de dez anos, que fosse acordado com empresários, Congresso, trabalhadores e até com setores da oposição, como o PSDB e a Rede, por exemplo.
Nesse plano, haveria clareza sobre a trajetória de controle da dívida pública. Mesmo que a dívida cresça em 2015 e 2016, ela poderia voltar a cair a partir de 2017 e daí por diante, num horizonte de longo prazo.
70% DO PIB…
Hoje, há uma ameaça concreta de a dívida pública chegar a 70% do PIB. Numa trajetória de longo prazo, que desse previsibilidade fiscal novamente ao país, essa dívida poderia ser reduzida para 50% do PIB no período de dez anos, por exemplo.
Ao mesmo tempo, nesses dez anos, o Brasil deveria realizar uma reforma da Previdência para estabelecer uma idade mínima de aposentadoria que fosse crescendo ao longo do tempo. Seria uma reforma em etapas.
O Brasil precisa de previsibilidade fiscal. Controlar a dívida pública e melhorar as contas da Previdência são medidas essenciais.
Tiro no pé
As críticas do PT e titubeios da presidente Dilma Rousseff em relação ao ajuste fiscal são causas da incerteza atual.
Ajuste é chato. É doloroso. Mas não tem saída fora dele. Até o economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que pensa diferente do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que o caminho é resolver a questão fiscal.
A situação do ministro da Fazenda é delicada no governo, porque ele tem tido desentendimentos com colegas. Isso aumentou o isolamento político na equipe.
POLÍTICA ERRADA
No entanto, os problemas que o país enfrenta (queda de arrecadação, alta de desemprego, inflação elevada e baixo crescimento) já haviam sido contratados pela presidente Dilma no primeiro mandato.
Foi a política econômica errada, destruindo o superavit primário, que gerou os abacaxis que Levy tenta descascar. Ele pode cometer erros táticos, mas a estratégia está correta.
Somente dando um sinal de retomada de solidez fiscal será possível mudar as expectativas negativas para o ano que vem. Já há instituições financeiras prevendo recessão de 2,2% em 2016 e inflação no teto da meta, 6,5%. Se 2015 está perdido, ainda há tempo para tentar construir um 2016 melhor.
iG Notícias
O governo Dilma está prestes a cometer um novo erro na área fiscal. Deverão ser ruins as repercussões políticas e econômicas se o deficit primário que será fixado neste ano excluir as chamadas pedaladas fiscais. O governo debate cenários de deficit que têm um piso entre R$ 45 bilhões e R$ 50 bilhões e um teto que pode chegar a R$ 90 bilhões ou até R$ 100 bilhões. Segundo o jornal “O Globo”, o governo deverá optar por um deficit na casa dos R$ 50 bilhões, sem pedadalas fiscais.
Essa saída deixará no ar que existem contas futuras a pagar. Esqueletos ficarão no armário. O governo caminha para ter a terceira meta fiscal do ano. Começou 2015 com 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Derrubou a meta para 0,15%, que é zero na prática. E agora vai assumir que não conseguirá fazer superavit primário (a economia do setor público para manter a sua dívida sob controle). No entanto, não vai exibir claramente qual é o tamanho do deficit, porque pretende retirar as pedaladas fiscais. Produzirá incerteza e contaminará as expectativas para 2016.
O governo deveria colocar na mesa todos os problemas. Expor publicamente ao país qual é o tamanho do buraco. Serão erros estabelecer um deficit na casa dos R$ 50 bilhões e dizer que negociará com o TCU (Tribunal de Contas da União) como resolver as pedaladas.
COMO SOLUCIONAR?
O governo teria de mostrar agora como solucionará a questão fiscal ao longo do segundo mandato de Dilma. De preferência, com metas para além da gestão Dilma. Fixar um deficit menor e continuar com meta de superávit primário de 0,7% para o ano que vem não são compatíveis. De antemão, já se saberá que poderá haver mais uma mudança da meta fiscal em 2016.
Isso cria incerteza para os agentes econômicos. O Brasil, que já teve o Plano Real para estabilizar a economia, precisa de um plano fiscal de longo prazo.
O governo deveria propor um plano de dez anos, que fosse acordado com empresários, Congresso, trabalhadores e até com setores da oposição, como o PSDB e a Rede, por exemplo.
Nesse plano, haveria clareza sobre a trajetória de controle da dívida pública. Mesmo que a dívida cresça em 2015 e 2016, ela poderia voltar a cair a partir de 2017 e daí por diante, num horizonte de longo prazo.
70% DO PIB…
Hoje, há uma ameaça concreta de a dívida pública chegar a 70% do PIB. Numa trajetória de longo prazo, que desse previsibilidade fiscal novamente ao país, essa dívida poderia ser reduzida para 50% do PIB no período de dez anos, por exemplo.
Ao mesmo tempo, nesses dez anos, o Brasil deveria realizar uma reforma da Previdência para estabelecer uma idade mínima de aposentadoria que fosse crescendo ao longo do tempo. Seria uma reforma em etapas.
O Brasil precisa de previsibilidade fiscal. Controlar a dívida pública e melhorar as contas da Previdência são medidas essenciais.
Tiro no pé
As críticas do PT e titubeios da presidente Dilma Rousseff em relação ao ajuste fiscal são causas da incerteza atual.
Ajuste é chato. É doloroso. Mas não tem saída fora dele. Até o economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que pensa diferente do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que o caminho é resolver a questão fiscal.
A situação do ministro da Fazenda é delicada no governo, porque ele tem tido desentendimentos com colegas. Isso aumentou o isolamento político na equipe.
POLÍTICA ERRADA
No entanto, os problemas que o país enfrenta (queda de arrecadação, alta de desemprego, inflação elevada e baixo crescimento) já haviam sido contratados pela presidente Dilma no primeiro mandato.
Foi a política econômica errada, destruindo o superavit primário, que gerou os abacaxis que Levy tenta descascar. Ele pode cometer erros táticos, mas a estratégia está correta.
Somente dando um sinal de retomada de solidez fiscal será possível mudar as expectativas negativas para o ano que vem. Já há instituições financeiras prevendo recessão de 2,2% em 2016 e inflação no teto da meta, 6,5%. Se 2015 está perdido, ainda há tempo para tentar construir um 2016 melhor.