Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu
A Polícia Federal indiciou nesta terça-feira (1º) o ex-ministro José
Dirceu e outras 13 pessoas suspeitas de desvios em contratos da
Petrobras investigados pela operação "Lava Jato".
Entre os indiciados estão também o ex-tesoureiro do PT João Vaccari
Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, o irmão de Dirceu, Luiz
Eduardo, e o empreiteiro Gerson Almada, da Engevix.
O relatório da Polícia Federal, assinado pelo delegado Márcio Adriano
Anselmo, diz que a investigação se insere em "um contexto maior de
desvio de recursos em que uma estrutura criminosa sistêmica foi inserida
no seio estrutura do governo federal".
O documento elaborado pelo policial afirma ainda que indicações para
cargos públicos na Petrobras geravam "cobrança" de valores de empresas
para beneficiar os envolvidos.
O ex-ministro foi preso há um mês na 17ª fase da "Lava Jato", batizada
de "Pixuleco". Dirceu até agora ficou em silêncio ao prestar depoimentos
na CPI da Petrobras e à Polícia Federal.
A PF decidiu indiciá-lo sob suspeita de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Depoimentos do delator Milton Pascowitch, que diz ter intermediado
repasses ao ex-ministro, ajudaram a embasar as conclusões da
investigação. O delator também foi indiciado.
A reportagem ainda não conseguiu localizar os advogados dos indiciados.
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