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Dilma e o PT, que já estão no fundo do poço, continuarão tentando "jogar sobre ombros alheios a responsabilidade" de suas práticas predatórias em 13 anos de poder. É uma vergonha nacional. Como suportar mais três anos e meio de incompetência? Ouça a população, Dilma, e peça renúncia já, para o bem do país. Editorial do Estadão, impecável:
Dilma e o PT, que já estão no fundo do poço, continuarão tentando "jogar sobre ombros alheios a responsabilidade" de suas práticas predatórias em 13 anos de poder. É uma vergonha nacional. Como suportar mais três anos e meio de incompetência? Ouça a população, Dilma, e peça renúncia já, para o bem do país. Editorial do Estadão, impecável:
Continuar maquiando as contas públicas com novas pedaladas fiscais e recursos do gênero só faria aumentar o desastre provocado pela gastança desenfreada que teve seu ápice no ano eleitoral de 2014. Por falta de opção politicamente viável e pretextando a intenção de ser “transparente”, Dilma Rousseff acabou tomando a decisão de apresentar ao Congresso, pela primeira vez na história, uma proposta de orçamento deficitária. E acabou passando o atestado definitivo de sua incompetência como presidente da República – se é que ainda existia no País, inclusive no governo, alguém que disso duvidasse de boa-fé.
Como não
têm mais nada a perder, pois já estão no fundo do poço da credibilidade
política e popular, a presidente Dilma Rousseff e o PT vão continuar
tentando jogar sobre ombros alheios a responsabilidade principal pelo
vexame de ter que admitir pública e oficialmente que o governo não tem
dinheiro para pagar suas contas.
À
conjuntura internacional adversa, recentemente agravada pelos problemas
da China, certamente será atribuída boa parte da culpa pela inflação
fora de controle, o desemprego que não para de aumentar, os juros altos,
a crescente falta de competitividade da indústria nacional – enfim,
pelo fato de a economia brasileira estar em recessão. O dedo acusador
será apontado também para a oposição e para as “pautas-bomba” que
desfiguraram a proposta de ajuste fiscal. E certamente não faltarão
referências à falta de chuvas.
Em
resumo, a grande responsável pela crise brasileira é uma trinca do mal
que no momento conspira contra as boas intenções do lulopetismo: a
China, a Câmara dos Deputados e El Niño.
Os
brasileiros, porém, já se deram conta de que ninguém melhor do que Dilma
Rousseff personifica a crise política, econômica e social – agravada
pela completa falência moral – que infelicita o País. É claro que não se
pode esquecer a parte que cabe nesse latifúndio ao populismo
irresponsável de Luiz Inácio Lula da Silva. Ninguém mais do que ele tem
culpa pelo fato de a incompetência de Dilma estar hoje instalada no
Palácio do Planalto.
Haverá
quem diga, com maldosa esperteza, que essa responsabilidade deve ser
compartilhada com os milhões de brasileiros que elegeram e reelegeram o
flagelo que hoje nos preside. Mas à imensa maioria dos que votaram em
Dilma socorre a justificativa de que agiram de boa-fé e hoje estão
arrependidos. Já Lula pode até ter descoberto também que colocar a
pupila no Palácio não foi uma boa ideia. Mas jamais admitirá isso
publicamente e para manter a pose de super-herói ameaça candidatar-se de
novo em 2018.
O fato é
que o País enfrenta uma crise de desenlace imprevisível na área política
e de consequências previsivelmente assustadoras no campo econômico. O
fato é, ainda, que tudo começou a dar errado quando, do alto da soberba e
da empáfia entranhadas em seu DNA, os petistas no poder, ainda no
segundo mandato de Lula, entenderam que era chegada a hora de parar de
fazer concessões ao “liberalismo” e impor ao País suas convicções
estatistas e uma “nova matriz econômica”.
Felizmente,
até como consequência da amarga experiência brasileira em duas décadas
de regime autocrático militar, nossas instituições republicanas se têm
revelado suficientemente fortes para impedir que o Brasil se deixe
contaminar por aventuras “bolivarianas” como as que hoje são
responsáveis pelo retrocesso, sob todos os aspectos, de vários países do
Continente que sintomaticamente o desgoverno brasileiro tem como
aliados. Mas o Brasil paga o preço de ser dominado por um sistema
político de representatividade quase nula, pois o paternalismo petista é
quando muito uma panaceia, jamais a solução para coisa alguma.
Neste
momento de vergonha nacional cabe propor uma reflexão aos brasileiros
que, de boa-fé, ainda defendem Dilma Rousseff: o que se pode esperar de
um governo que é incapaz de cumprir aquilo que se exige de qualquer
cidadão – a capacidade de pagar suas próprias contas?
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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