segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Na ONU, Dilma admite que modelo de crescimento chegou ao limite no Brasil


Folha Press


Timothy A. Clary/AFP
Dilma Rousseff
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff

Em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (28), a presidente Dilma Rousseff admitiu que o ciclo de crescimento econômico do Brasil "chegou ao limite" por "razões fiscais internas" e externas.
"Por seis anos, buscamos evitar que os efeitos da crise mundial que eclodiu em 2008, no mundo desenvolvido, se abatessem sobre nossa economia e nossa sociedade. Por seis anos, adotamos um amplo conjunto de medidas reduzindo impostos, ampliando o crédito, reforçando o investimento e o consumo das famílias", afirmou Dilma. "Esse esforço chegou agora no limite, tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo."
Ao comentar os esforços do governo, Dilma afirmou que "a lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento. A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas".
A presidente disse que o governo está "reequilibrando o nosso Orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento. Realinhamos preços, estamos aprovando medidas de redução permanente de gastos.
Enfim, propusemos cortes drásticos de despesas e redefinimos nossas receitas."
Segundo Dilma, "estamos num momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro. Além das ações de reequilíbrio fiscal e financeiro, de estímulo às exportações, também adotamos medidas de incentivo ao investimento em infraestrutura e energia".

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