Caros amigos
Não é errado incluir a Intervenção Militar no
rol dos recursos disponíveis para a reversão do caos político,
econômico, social e moral que se tem alastrado pelo Brasil,
principalmente, a partir da chegada do Partido dos Trabalhadores ao
poder.
No entanto, é um grave equívoco incluir
como primeiro o que deve ser o último dos recursos da Nação. No jargão
da Artilharia, “a ultima ratio regis” , ou seja, o último recurso dos
reis, ou, ainda, a “reserva” da sociedade.
É erro tático e estratégico atuar sem
reserva ou empregá-la prematuramente! Qualquer operação militar ou
empreendimento deve ser planejado de forma a ser concluído com sucesso
sem a necessidade de empregar a reserva, ou seja, com sobra de recursos
ou de poder de combate.
Manter uma reserva é tão importante nas
operações que a sua existência e capacidade devem ser guardadas no mais
absoluto sigilo, porquanto a sua neutralização é objetivo fundamental do
planejamento do inimigo.
Induzir ao emprego prematuro da reserva
faz parte das intenções de qualquer planejador, pois retira do
adversário a capacidade de manobrar e de reagir, aumentando a
probabilidade de sucesso do seu plano original.
É, portanto, equivocada a postura de quem
só enxerga no emprego imediato do último recurso a solução para a crise
e para a ameaça, assim como também é erro grave desconsiderar no
planejamento a existência de uma reserva em condições de contribuir, no
mínimo, para a manutenção da conquista dos objetivos.
Na Venezuela, o “comandante” Chavez
iniciou seu movimento pela cooptação das Forças Armadas para o seu
projeto bolivariano, tirando da sociedade o que seria, naturalmente, o
seu derradeiro recurso. O mesmo, aparentemente, aconteceu no Equador.
Os Kirchner, na Argentina, sabendo da
inviabilidade de cooptar as FFAA, trataram de demonizá-las e
desmoralizá-las até que perdessem seu poder de combate e,
principalmente, a confiança e o respeito da sociedade.
No Brasil, desde o fim do Regime Militar,
a esquerda vem tentando implementar, em vão, uma estratégia do tipo
“kirchneriana”, conseguindo nada mais do que aumentar o prestígio das
FFAA perante a sociedade e a confiança desta na capacidade dos
militares para intervir, quando e se for necessário, e assegurar o respeito à sua vontade, à soberania e à inviolabilidade do território nacional.
O próprio governo petista, que tudo fez
para deslustrar a imagem dos militares, tornou-se dependente do seu
apoio para fazer as poucas coisas que deram certo em seu governo, tais
como: projetar o poder militar do Brasil em Operações de Paz no
exterior; mostrar ao crime organizado que não há lugar neste País em que
o Estado não possa impor sua soberania; assegurar a segurança
necessária aos grande eventos internacionais ocorridos no Brasil; fazer
chegar água , sem politicagem e roubalheira, aos brasileiros atingidos
pela seca e pela inépcia dos governos em todos os níveis; e, para não
alongar mais, a “Transposição do Rio São Francisco”, pois, como se sabe,
o Exército Brasileiro (não o do Stédile) foi o único a cumprir sua
missão.
A Sociedade brasileira tem, portanto, em
sua composição de meios, uma reserva preservada, comprometida com os
interesses do Estado, não contaminada pelo bolivarianismo e
suficientemente forte para cumprir sua missão constitucional e seu
compromisso com a democracia.
Essa mesma Sociedade, diferentemente do
partido corruPTo, tem seu Plano B nas suas Forças Armadas, é a
contingência que os atuais donos do poder jamais contarão para se
perpetuar no poder.
Empregá-la prematura ou
desnecessariamente é um erro estratégico tão grave quanto ignorar a sua
capacidade, desconsiderar o seu comprometimento constitucional com a lei
e a ordem e desacreditar da sua subordinação ao interesse nacional.
Gen Bda Paulo Chagas
= Nenhuma ditadura serve para o Brasil =
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