Dilma inverte o ônus da prova e condena Paulo Bernardo por antecipação.

(Folha) A presidente Dilma Rousseff suspendeu a nomeação do ex-ministro Paulo Bernardo para a direção-geral brasileira de Itaipu Binacional. Segundo assessores presidenciais, a nomeação estava pronta na Casa Civil desde a semana passada, mas Dilma mandou segurá-la após o ex-ministro ser citado na Operação Lava Jato num esquema de corrupção investigado no Ministério do Planejamento. 

Auxiliares de Dilma já comunicaram ministros e dirigentes petistas sobre a decisão. A presidente quer esperar os desdobramentos das investigações antes de confirmar a indicação do petista.  Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma. Ele é casado com a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR), investigada na Lava Jato. 

Na segunda (24), o juiz federal Sergio Moro informou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que investigações encontraram indícios de que Gleisi teria se beneficiado do chamado "Fundo Consist" –empresa que teria desviado recursos de empréstimos do Ministério do Planejamento, à época comandado por Paulo Bernardo. 

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