Por Raquel Landim e Vinicius Pereira, na Folha:
O setor de serviços encolherá pela primeira vez desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para a Presidência da República. Economistas ouvidos pela Folha projetam queda de cerca de 1,5% do PIB de serviços este ano. Se a estimativa se confirmar, será o primeiro recuo desde 1990, início do governo Collor, o que significa 25 anos, segundo mostram as séries estatísticas do IBGE. O setor de serviços –que engloba áreas tão díspares quanto crédito, saúde, educação e até cabeleireiros– representa 61% do PIB e 71% do emprego no país. Mesmo em períodos complicados da história do Brasil, os serviços conseguiram crescer. Foi assim no apagão de energia em 2001, na crise pré-eleição de Lula em 2003 ou na turbulência global de 2008. A trajetória só foi interrompida no governo Dilma.
O setor de serviços encolherá pela primeira vez desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para a Presidência da República. Economistas ouvidos pela Folha projetam queda de cerca de 1,5% do PIB de serviços este ano. Se a estimativa se confirmar, será o primeiro recuo desde 1990, início do governo Collor, o que significa 25 anos, segundo mostram as séries estatísticas do IBGE. O setor de serviços –que engloba áreas tão díspares quanto crédito, saúde, educação e até cabeleireiros– representa 61% do PIB e 71% do emprego no país. Mesmo em períodos complicados da história do Brasil, os serviços conseguiram crescer. Foi assim no apagão de energia em 2001, na crise pré-eleição de Lula em 2003 ou na turbulência global de 2008. A trajetória só foi interrompida no governo Dilma.
“Estamos
enfrentando uma recessão prolongada, que começou em 2014 e vai até
2016. Mesmo esse setor, que é relativamente blindado de choques externos
e quedas temporárias de atividade, sofre”, diz Silvia Matos, economista
do IBRE/FGV.
O
setor de serviços é dividido em três grandes subsetores: serviços
prestados às famílias, às empresas e ao governo. O problema é que todos
os segmentos são atingidos pela crise da indústria, pela queda do poder
de renda da população e pelo ajuste das contas públicas. O
enfraquecimento da indústria e do comércio exterior já vinha
prejudicando os prestadores de serviços para empresas. Para a LCA
Consultoria, os serviços de transporte e armazenagem, por exemplo, devem
recuar 7% no ano.
Segundo
a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a queda na receita líquida
das empresas já chega a 30% neste ano. “A crise na indústria e até na
agricultura faz com que o transporte tenha dificuldade de repassar os
custos que estão subindo, e isso gera enorme pressão”, diz Bruno
Batista, diretor executivo da CNT.
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