sábado, 29 de agosto de 2015

Capa da Época: Lula negociou para a Odebrecht em Cuba


Revista mostra documentos que comprovam a atuação do ex-presidente nos interesses da construtora na ditadura cubana - incluindo o Porto de Mariel, aquele que segundo a ONU é usado para contrabandear armas.

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Lula - Fidel - Raul Castro
Há quem defenda Cuba por razões ideológicas, geralmente esquerdistas que moram longe de lá. Afinal, socialismo e UFC só acha divertido quem não está ali tomando porrada. Mas também há os que defendem a ditadura cubana por conta dos ótimos negócios.
A revista Época, em reportagem excelente de Thiago Bronzatto, traz documentos comprovando a atuação de Lula em favor da Odebrecht nos negócios de Cuba. Trechos a seguir:
“No dia 31 de maio de 2011, meses após deixar o Palácio do Planalto, o petista Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Cuba pela primeira vez como ex-presidente, ao lado de José Dirceu. O presidente Raúl Castro, autoridade máxima da ditadura cubana desde que seu irmão Fidel vergara-se à velhice, recebeu Lula efusivamente. O ex-presidente estava entre companheiros. Em seus dois mandatos, Lula, com ajuda de Dirceu, fizera de tudo para aproximar o Brasil de Cuba – um esforço diplomático e, sobretudo, comercial. Com dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, o Brasil passara a investir centenas de milhões de dólares nas obras do Porto de Mariel, tocadas pela Odebrecht. Um mês antes da visita, Lula começara a receber dinheiro da empreiteira para dar palestras – e apenas palestras, segundo mantém até hoje (…)
A reportagem obteve telegramas secretos do Itamaraty, cujos diplomatas acompanhavam boa parte das conversas reservadas do ex-presidente em Havana, e documentos confidenciais do governo brasileiro, em que burocratas descrevem as condições camaradas dos empréstimos do BNDES às obras da Odebrecht em Cuba. A papelada, e entrevistas reservadas com fontes envolvidas, confirma que, sim, Lula intermediou negócios para a Odebrecht em Cuba (…)
Parte expressiva dos documentos obtidos com exclusividade por ÉPOCA foi classificada como secreta pelo governo Dilma. Isso significa que só viriam a público em 15 anos. A maioria deles, porém, foi entregue ao Ministério Público Federal, em inquéritos em que se apuram irregularidades nos financiamentos do BNDES às obras em Mariel. Num outro inquérito, revelado por ÉPOCA em abril, Lula é investigado pelos procuradores pela suspeita de ter praticado o crime de tráfico de influência internacional (Artigos 332 e 337 do Código Penal), ao usar seu prestígio para unir BNDES, governos amigos na América Latina e na África e projetos de interesse da Odebrecht. Sempre que Lula se encontrava com um presidente amigo, a Odebrecht obtinha mais dinheiro do BNDES para obras contratadas pelo governo visitado pelo petista.” (grifos nossos)
Para piorar – e sempre dá para piorar -, uma dessas obras é o Porto de Mariel, inaugurado por Dilma Rousseff, que segundo a ONU é utilizado para o contrabando de armas para a Coréia do Norte.
Cadê a CPI do BNDES? E cadê a CPI do BNDES chamando o Brahma?

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