quinta-feira, 2 de julho de 2015

Vila de Americano, PA, comemora produção da farinha de tapioca


A comunidade produz 90% da tapioca vendida dentro e fora do estado.
Moradores realizam há 22 anos o Festival da farinha de tapioca.

Do G1 PA
A vila de Americano, em Santa Isabel do Pará, é considerada a capital paraense da farinha de tapioca, pois a comunidade produz 90% da tapioca vendida dentro e fora do estado. Para comemorar a produção anual, os moradores realizam há 22 anos o Festival da farinha de tapioca, que segue com uma programação cultural e gastronômica até sábado (4).
Distante 60 km de Belém, a vila de Americano é o principal distrito de Santa Isabel. A maior atividade econômica é a produção da farinha de tapioca. Existem 70 pequenas agroindústrias em atividade, que juntas produzem cerca de 600 toneladas de farinha de tapioca por mês. São mais 2 milhões de litros de farinha mensais, que movimentam cerca de R$ 1,5 milhões mensais.
Maria Lina Duarte e outras cinco mulheres da família produzem 10 mil litros de tucupi e duas toneladas de goma por mês. Elas trabalham em uma agroindústria há 20 anos e toda produção é vendida para Belém, Ananindeua, Manaus e Brasília. "Hoje em dia nós temos bastante clientes e esse é o nosso meio de viver. O tucupi e a goma são tudo pra nós da família Duarte", conta a produtora.
produção de farinha de tapioca em Santa Isabel do Pará (Foto: Reprodução / TV Liberal)Produção de tapioca em Santa Isabel do Pará é a
maior do estado (Foto: Reprodução / TV Liberal)
O produtor Mario Sebastião Favacho produz 30 sacos de tapioca por semana e a produção só não é maior devido a dificuldade de conseguir a fécula, matéria prima da tapioca. "Vem de longe, do Paraná, mas a gente não consegue pegar de lá e compra aqui dos empresários, que já aumentam muito em cima da gente", afirma.
Além das agroindústrias, há também a primeira grande fábrica de farinha de tapioca de Americano. De lá saem 100 sacos por dia e essa produção deve aumentar para 600 sacos diários quando as máquinas estiverem funcionando a todo vapor. A ideia é abastecer Rio de Janeiro e São Paulo.
"Nós estamos cada vez equipando com máquinas modernas para poder dar uma qualidade no produto melhor ao consumidor", afirma o produtor Antônio Edinaldo Castro.
E a farinha de tapioca está tão presente no cotidiano da vila, que faz parte da culinária local. A cozinheira Maria Madalena Moraes prepara bolos, tortas e até pizza do produto. "Sorvete, bolos em geral. Tem muitas utilidades e sai barato", revela.

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