Reunião com representantes do Executivo aconteceu nesta quarta (1º).
Eles também pedem intervenção em reintegrações de posse no interior.
Com
faixas, manifestantes pediam que as terras da massa falida do grupo
João Lyra sejam destinadas à reforma agrária (Foto: Lucas Leite/G1)
Representantes de movimentos agrários se reuniram com o governo do
estado para cobrar a cessão de terras improdutivas que pertencem à massa
falida do Grupo João Lyra em Alagoas,
e o não cumprimento de mandados de reintegração de posse em municípios
do interior. A reunião aconteceu na manhã desta quarta-feira (1º), no
Palácio do Governo, no Centro de Maceió. O diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, participou do encontro e disse acreditar na negociação com o Tribunal de Justiça (TJ-AL) para a revisão dos prazos das reintegrações em Maragogi, Novo Lino e Ibateguara, programadas para esse mês.
“Diversas famílias se fixaram nestas cidades, começaram a produzir, mas as decisões judiciais podem impedir que elas façam a colheita. Vamos ouvir as reivindicações e articular com o Gabinete Civil uma reunião com o Judiciário para rever os prazos estipulados, ao passo que também iremos analisar as ações de apoio a essas famílias”, afirma Silva.
Movimentos agrárias ocuparam a praça Sinimbú,
no Centro de Maceió (Foto: Lucas Leite/G1)
A representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Débora
Nunes, destacou a importância da manutenção das famílias nos locais onde
estão e da cessão das terras da massa falida.no Centro de Maceió (Foto: Lucas Leite/G1)
“O grupo que detém boa parte dessas terras de usinas improdutivas declarou falência e nós queremos que essas terras sejam destinadas à reforma agrária. Há, também, preocupação com as famílias atingidas com essas reintegrações de posse, já que não podem simplesmente voltar para as beiras de rodovias. Precisamos, mais do que nunca, do apoio governamental”, diz Débora.
Ainda segundo o MST, mais de 5 mil famílias estão acampadas nas terras das usinas Guaxuma, Uruba e Laginha, pertencentes ao grupo João Lyra, cuja falência foi decretada pela Justiça em 2008. A dívida do grupo, com encargos trabalhistas e pagamentos a fornecedores, chega a mais de R$ 2 bilhões.
Também participaram da reunião representantes do Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Movimento Via do Trabalho (MVT) e Terra Livre.
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