quinta-feira, 2 de julho de 2015

Frigorífico de Cuiabá suspende abates de bovinos e demite 500 funcionários


Empresa afirmou que falta de animais para abate é motivo de suspensão.
Esta é a 2ª unidade da empresa a suspender atividades neste ano.

Amanda Sampaio Do G1 MT
Boi em Nova Mutum, Mato Grosso (Foto: Olimpio Vasconcelos/G1 MT)Falta de animais é principal motivo alegado por
frigorífico para suspender atividades
(Foto: Olimpio Vasconcelos/G1 MT)
A unidade de abate de bovinos da JBS de Cuiabá informou que está suspendendo as atividades a partir desta quinta-feira (2). A empresa afirmou em nota que mantinha 494 colaboradores em Cuiabá. O motivo alegado pelo grupo é a baixa disponibilidade de matéria-prima em algumas regiões do país, que tem causado ociosidade na indústria. A multinacional brasileira é detentora das marcas Friboi e Seara.
Segundo a JBS, será oferecida a possibilidade de transferência para uma das outras 12 unidades em Mato Grosso ou de outros Estados. Para aqueles que não aceitarem a transferência, a JBS promoverá o desligamento e consequente indenização trabalhista, dentro da legislação vigente.
Esta é a segunda unidade de abate da empresa que suspende as atividades neste ano em Mato Grosso. Em maio, o frigorífico da JBS de São José dos Quatro Marcos, a 343 km de Cuiabá, dispensou 650 funcionários.
Na época, a demissão em massa foi considerada pelo Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT) um ato de descaso pelos impactos econômicos e sociais na região, já que essa quantidade representava mais de 15% da população economicamente ativa do município, que tem 19,5 mil habitantes.
A unidade se torna o quinto frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF), habilitado a vender carne bovina para outros estados ou para exportação, que fecha as portas este ano em Mato Grosso, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústria de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas.
Ele afirma que a decisão das empresas não é devido à crise econômica, mas a menor oferta de animais para abate. “Uma unidade que tem 500 funcionários e já está trabalhando abaixo de sua capacidade diária de abate procura por otimizar os custos, concentrando o abate em algumas unidades. Por isso é que observamos que os grupos que suspenderam as atividades são os que têm mais de um frigorífico no Estado”, comenta Freitas.

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