A moeda norte-americana avançou 1,25%, a R$ 3,371 na venda.
Mercado repercutiu dados sobre os EUA e incertezas no Brasil.
Na semana e no mês, há alta acumulada de 0,72% e 8,43%, respectivamente. No ano, a moeda já subiu 26,79%.
"Mais um dia de alta generalizada do dólar, no mundo todo", resumiu à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O crescimento econômico dos EUA acelerou no segundo trimestre, sugerindo um ímpeto que pode deixar o Federal Reserve, banco central norte-americano, mais perto de elevar a taxa de juros neste ano. A alta dos juros norte-americanos pode atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados no Brasil, cenário corroborado pela sinalização de que o Banco Central brasileiro não deve voltar a elevar os juros básicos tão cedo após aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na véspera, a 14,25%.
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Gráfico elaborado em 30/07/2015
"O crescimento do PIB (dos Estados Unidos) faz crer que a alta de juros venha este ano. Ainda não está claro se em setembro ou dezembro, mas deve vir este ano", disse à Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Preocupações com a desaceleração da economia chinesa em meio ao tombo das bolsas do país também sustentavam a aversão a risco.
No Brasil
No mercado local, somava-se ao persistente quadro de apreensão com a situação fiscal e com as turbulências políticas no Brasil a indefinição sobre a intervenção do Banco Central no câmbio, após o salto recente da moeda dos EUA, que tende a pressionar a inflação ao encarecer importados.
"A autoridade monetária diminuirá ainda mais a oferta do derivativo? Mês a mês houve redução da oferta, e o BC pode ainda aproveitar o bom momento externo em relação ao juro americano para reduzir ainda mais a oferta", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, segundo a Reuters.
Além disso, a disputa pela formação da Ptax de julho nas últimas sessões do mês deixava as cotações mais sensíveis. A Ptax é uma taxa calculada diariamente pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais, que aponta a média do preço do dólar em real. Operadores costumam disputar para influenciar a taxa da última sessão do mês, que determina a cotação utilizada para precificar o primeiro contrato futuro de dólar negociado na BM&F. Contratos futuros de dólar são acordos de compra ou venda de dólares no futuro, porém com preço já estabelecido no momento da negociação. É uma forma de se prevenir de altas e baixas da moeda.
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