sexta-feira, 31 de julho de 2015

Diversos segmentos sociais participam do I Fórum Social da UFSB em Teixeira de Freitas



O Encontro Regional de Teixeira de Freitas do I Fórum Social da UFSB começou nessa sexta-feira (31/07) com mais de 500 inscritos. A diversidade era notória em um auditório cheio com diversos segmentos sociais: quilombolas, indígenas, representantes religiosos, do MST, estudantes, prefeitos,  e outros.

Para começar o encontro, os Pataxós de Porto e Prado fizeram um ritual indígena, denominado “Auê”, para abençoar o local e o evento. Logo após, o pró-reitor de sustentabilidade e integração social, Joel Pereira, explicou sobre o Fórum Social e suas etapas regionais, demonstrando a necessidade do diálogo com a sociedade e compôs a mesa com membros do Conselho Estratégico Social (CES): Joana Angélica, vice-reitora da UFSB; João Bosco, prefeito de Teixeira de Freitas; José Carlos Rocha, representante dos parceiros empresariais; Minervina Reis, representante da UNEB; Maria Aparecida dos Santos, representando os povo tradicionais; e Jadson Ruas, presidente da Associação de prefeitos do Extremo Sul.

Joana Angélica explicou que a universidade trabalha em quatro dimensões: a legal, que seria através da lei; a acadêmica, por ser uma universidade inclusiva; institucional, por trabalhar de forma articulada com outros universidades; e, por fim, social, por fazer os estudantes pensarem além de sua vida profissional. O prefeito João Bosco falou sobre a diversidade dos segmentos étnicos na cidade de Teixeira de Freitas e ressaltou a necessidade de respeito para com o outro e disse: “Não tem nada mais desigual  do que tratar os desiguais iguais”.

Já José Carlos afirmou: “Nós estamos aqui nos planejando, nos organizando.. por qual objetivo? Melhorar a educação e o desenvolvimento da nossa região”. Minervina Reis completou: “Não tem como a universidade ficar de costas para a sociedade”. Defendendo o direito dos quilombolas, Maria Aparecida ressaltou que o Fórum serve para fortalecer as comunidades e disse:“ Não queremos um novo caminho, mas uma nova maneira de caminhar”.

Convidado para fazer uma saudação, o Cacique Braga relembrou sobre a importância dos estudos, e também dos direitos de todas as pessoas, falando: “Só sei ler meu nome, mas sei o que é o artigo que defende o direito do ser humano”. Além dele, foi dada a palavra a outros representantes sociais, dentre eles, Pai Wesley, do candomblé, fez menção à necessidade da tolerância religiosa. Logo após, outro representante religioso, Arnaldo Ribeiro, que veio em nome dos evangélicos, disse para não haver preconceitos, nem discriminação, citando uma passagem bíblica que diz: “Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”.

Para o estudante João Paulo, “A UFSB constrói cidadão”, desconstruindo diversos preconceitos sociais. Eliane, representando o MST, finalizou a mesa de diálogo resumindo o sentimento após todas as falas: “Hoje, tivemos voz e vez”.

Pela tarde, estão acontecendo diversas atividades: oficinas, audiência públicas e atividades culturais com Bate Barriga, Samba de Viola e Capoeira. Amanhã, será o dia de conferências-diálogo, continuação das oficinas e mais atividades culturais, como hip hop, makulelê e apresentação de estudantes.

Para mais informações, acesse o site da universidade: www.ufsb.edu.br

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