O Encontro Regional de
Teixeira de Freitas do I Fórum Social da UFSB começou nessa sexta-feira (31/07)
com mais de 500 inscritos. A diversidade era notória em um auditório cheio com
diversos segmentos sociais: quilombolas, indígenas, representantes religiosos,
do MST, estudantes, prefeitos, e outros.
Para começar o encontro, os
Pataxós de Porto e Prado fizeram um ritual indígena, denominado “Auê”, para
abençoar o local e o evento. Logo após, o pró-reitor de sustentabilidade e
integração social, Joel Pereira, explicou sobre o Fórum Social e suas etapas
regionais, demonstrando a necessidade do diálogo com a sociedade e compôs a mesa
com membros do Conselho Estratégico Social (CES): Joana Angélica, vice-reitora
da UFSB; João Bosco, prefeito de Teixeira de Freitas; José Carlos Rocha,
representante dos parceiros empresariais; Minervina Reis, representante da UNEB;
Maria Aparecida dos Santos, representando os povo tradicionais; e Jadson Ruas,
presidente da Associação de prefeitos do Extremo Sul.
Joana Angélica explicou que a
universidade trabalha em quatro dimensões: a legal, que seria através da lei; a
acadêmica, por ser uma universidade inclusiva; institucional, por trabalhar de
forma articulada com outros universidades; e, por fim, social, por fazer os
estudantes pensarem além de sua vida profissional. O prefeito João Bosco falou
sobre a diversidade dos segmentos étnicos na cidade de Teixeira de Freitas e
ressaltou a necessidade de respeito para com o outro e disse: “Não tem nada mais
desigual do que tratar os desiguais iguais”.
Já José Carlos afirmou: “Nós
estamos aqui nos planejando, nos organizando.. por qual objetivo? Melhorar a
educação e o desenvolvimento da nossa região”. Minervina Reis completou: “Não
tem como a universidade ficar de costas para a sociedade”. Defendendo o direito
dos quilombolas, Maria Aparecida ressaltou que o Fórum serve para fortalecer as
comunidades e disse:“ Não queremos um novo caminho, mas uma nova maneira de
caminhar”.
Convidado para fazer uma
saudação, o Cacique Braga relembrou sobre a importância dos estudos, e também
dos direitos de todas as pessoas, falando: “Só sei ler meu nome, mas sei o que é
o artigo que defende o direito do ser humano”. Além dele, foi dada a palavra a
outros representantes sociais, dentre eles, Pai Wesley, do candomblé, fez menção
à necessidade da tolerância religiosa. Logo após, outro representante religioso,
Arnaldo Ribeiro, que veio em nome dos evangélicos, disse para não haver
preconceitos, nem discriminação, citando uma passagem bíblica que diz: “Aquele
que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”.
Para o estudante João Paulo,
“A UFSB constrói cidadão”, desconstruindo diversos preconceitos sociais. Eliane,
representando o MST, finalizou a mesa de diálogo resumindo o sentimento após
todas as falas: “Hoje, tivemos voz e vez”.
Pela tarde, estão acontecendo
diversas atividades: oficinas, audiência públicas e atividades culturais com
Bate Barriga, Samba de Viola e Capoeira. Amanhã, será o dia de
conferências-diálogo, continuação das oficinas e mais atividades culturais, como
hip hop, makulelê e apresentação de estudantes.
Para mais informações, acesse
o site da universidade: www.ufsb.edu.br
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