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Dezessete partidos têm uma semana para indicar os deputados que vão começar a analisar denúncias
Dezessete partidos têm uma semana para indicar os deputados que
vão começar, em agosto, a analisar denúncias envolvendo empréstimos
feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
a empresas e empreiteiras, nos anos de 2003 a 2015. A data da
instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES,
autorizada pelo presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no último dia
17, está marcada para o dia 6 de agosto, segundo a Secretaria-Geral da
Mesa da Câmara. Se as legendas que terão representação no colegiado
(PMDB, PP, DEM, PRB, PRTB, PSC, PTB, SD, PT, PR, PR, PSD, PROS, PSDB,
PSB, PPS, PDT, PSL) não apontarem os nomes para a composição da CPI,
Cunha pode indicar quais serão os membros. A maior disputa, nesta fase
do processo de instalação, é em torno da presidência e relatoria da
comissão. O maior bloco, liderado pelo PMDB, que tem, atualmente, 151
parlamentares deve ser o primeiro a indicar o cargo de preferência e,
ainda, indicar o maior número de parlamentares na composição geral do
colegiado. O PT, que tem a segunda maior bancada da Câmara – atualmente
com 63 parlamentares – deve ficar com a segunda escolha entre os
principais assentos da CPI. Com a eleição do presidente e a definição do
relator, a comissão já pode marcar a data da primeira reunião que pode,
inclusive, ocorrer na mesma semana. Os deputados vão se debruçar sobre
supostas irregularidades em empréstimos secretos concedidos a outros
países como Angola e Cuba e outros contratados por empresas de fachada,
conforme denúncia feita pelo doleiro Alberto Youssef na Operação Lava
Jato. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), um dos autores do requerimento
que resultou na criação da CPI, destacou que o banco desembolsou,
somente em 2012, US$ 875 milhões em operações de financiamento à
exportação de bens e serviços de empresas brasileiras para Cuba e Angola
e que, para as nove empreiteiras investigadas pela operação da Polícia
Federal , entre 2003 e junho de 2014,o BNDES concedeu financiamentos de
R$ 2,4 bilhões. POLÍTICA LIVRE
Carolina Gonçalves, Agência Brasil
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