terça-feira, 2 de junho de 2015

PT diz que TV Globo tenta abafar escândalo da Fifa/CBF


Michelle Chiappa
Agência PT de Notícias
A forma como a Rede Globo de Televisão tem feito a cobertura sobre as investigações do Departamento de Justiça americano e do governo da Suíça sobre o escândalo de corrupção na Fifa está sendo duramente criticada por parlamentares do PT. Para o deputado federal Enio Verri (PT-PR), a emissora faz uma cobertura fugaz para não deixar transparecer à população que o grupo de comunicação pode estar comprometido com o caso.
“Não tenho dúvidas do envolvimento da Globo, mas ela vai abafar o caso, como sempre faz quando os fatos recaem sobre ela”, declara. O parlamentar cobra esclarecimento por parte da emissora sobre a compra de direitos de transmissão referentes aos eventos organizados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa).
“Eles fizeram muitos contratos com a Fifa, vão ocultar os fatos, porque a relação da Globo com a entidade é gigantesca. Quero ver fazerem uma cobertura semelhante como a que fizeram da Petrobras”, afirma.
POUCA ÊNFASE
Para a senadora Regina Sousa (PT-PI), a Rede Globo deu pouca ênfase sobre o fato do empresário brasileiro J. Hawilla ser responsabilizado pelos crimes. O fato da Traffic ter exclusividade na comercialização de direitos internacionais de TV da Copa do Mundo da Fifa no Brasil, em 2014, também foi “abafado”.
“Percebemos que a Rede Globo não está fazendo uma cobertura fiel. Para eles, se não tiver petista envolvido não tem cobertura”, analisou. O Departamento de Justiça americano, cita a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em “esquema de pagamento de propinas” relacionado a contratos de marketing e transmissão de jogos da Copa do Brasil.
Por outro lado, em São Paulo, o deputado estadual petista Carlos Neder protocolou representação no Ministério Público Federal por denúncias contra CBF, com pedido de extensão da investigação à Federação Paulista de Futebol e à offshore da Globo. Na ação, o parlamentar cobra a apuração de indícios de diversas irregularidades, entre as quais os de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro que teriam sido praticadas pelo então presidente da instituição, José Maria Marin.
(texto enviado por Sergio Caldieri)

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