segunda-feira, 1 de junho de 2015

Professores em greve acampam na Feira do Livro, no Hangar


Em greve a mais de 60 dias, categoria protesta no Hangar.
Nova assembleia geral está marcada para sexta, 5.

Do G1 PA
Em greve a mais de 60 dias, professores da rede estadual de ensino do Pará iniciaram nesta segunda-feira (1º) um acampamento no Hangar Centro de Convenções, em Belém, onde é realizada a XIX Feira Pan Amazônica do Livro.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), o acampamento irá se estender até sexta-feira (5), de 10h às 22h. “Professores que participam da greve, que é legítima, tiveram seus salários zerados. Isso de o Governo declarar que foi ‘erro de sistema’ é muito suspeito”, diz Abel Ribeiro, coordenador metropolitano do Sintepp. Nesta segunda (1º), os professores de Paragominas decidiram por fim à greve. Para Abel, a desistência não será determinante para o enfraquecimento do movimento grevista. "Se eles saíram, isso não muda a vontade do  nosso movimento”, pontuou.
Na sexta-feira (5), a categoria voltará a se reunir em assembleia geral. Segundo a categoria, seguem pendentes para o calendário de reforma das escolas, aplicabilidade da lei de eleições diretas, descontos irregulares da greve, retroativos do piso salarial e redução abrupta na lotação.
Os professores ciritcam ainda a rejeição do Governo em relação a proposta do sindicato no que diz respeito à reposição de aulas. A decisão do Governo, segundo os grevistas, vai contra uma prática histórica da categoria para que os alunos não sejam ainda mais prejudicados, e inviabiliza os 200 dias letivos contidos na Lei de Diretrizes e Bases.
De acordo com o sindicato, outro ponto abordado no ato desta sexta foi a cobrança de esclarecimentos sobre o que será feito com o fundo de cerca de R$ 150 milhões gerado a partir da redução da carga horária da categoria, e o estebelecimento de prazo para o pagamento do piso de 2016.
Erro no sistema de lotação
Em entrevista coletiva realizada na noite desta sexta (29), o Secretário de Educação do Estado, Helenilson Pontes, explicou que o erro ocorreu porque o sistema de lotação dos professores, que alimenta a folha de pagamento, precisou passar por mudanças de realocação de servidores.
“Quero, nesse momento, tranquilizar os professores afetados e informar que as razões do problema estão sendo investigadas. Todas as correções serão feitas, e não haverá qualquer prejuízo para os professores atingidos pelo problema”, disse o Secretário.
Propostas do Governo
A proposta do Governo prevê um reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. Segundo o Governo do Estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês. O pagamento de piso retroativo será feito em quatro parcelas, duas em ainda em 2015 e duas em 2016.
Com relação à carga horária, o Governo do Estado diz que implementará a carga horária de 150 horas em sala de aula e 50 de atividades, até o limite de 220h, com horas suplementares. Sobre a realização de concurso público, o governo afirma que vai realizar concurso em 2015, caso seja necessário, e quanto ao PCCR, será composta uma comissão para analisar as propostas. A reforma das escolas está inclusa em um programa de reconstrução que será disponibilizado no site da Seduc, juntamente com o o cronograma das obras em execução e o processo licitatório de cada uma delas.


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