terça-feira, 30 de junho de 2015

Pezão, Alckmin, Pimentel e Hartung propõem prioridade para emprego


Governadores debateram no RJ efeitos da crise econômica no Sudeste.
Eles redigiram uma carta e pretendem pedir audiência com Dilma.

Káthia Mello Do G1 no Rio
Pezão fala na reunião com os governadores do Sudeste (Foto: Káthia Mello/G1)Pezão fala na reunião com os governadores do Sudeste (Foto: Káthia Mello/G1)
Os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão; de São Paulo, Geraldo Alckmin; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; e do Espírito Santo, Paulo Hartung, se reuniram na manhã desta terça-feira (30) no Palácio Guanaraba, no Rio, para debater sobre como a crise econômica está afetando os estados do Sudeste, responsáveis por 70% da economia do país. Os governadores concordaram que gerar emprego e renda é prioridade.
Segundo Alckmin, são mais de 100 mil desempregados por mês e no fim de 2015 esse número poderá chegar a 600 mil desempregados.
A proposta da reunião era estudar medidas que podem ser tomadas em conjunto para evitar mais demissões na regiões, incentivar obras de infraestrutura e viabilizar parcerias público-privadas, além de discutir o destino dos royalties do petróleo, uma das principais fontes de recursos dos estados do Sudeste.
Sobre a redução de investimentos da Petrobras, anunciada na divulgação de seu plano de negócios 2015-2019, na segunda-feira (29), Paulo Hartung disse que o assunto não foi debatido, mas ele afirmou que a decisão afeta o Espírito Santo, seu estado, o Rio de Janeiro e o Brasil. Ele afirmou ainda que o tema deve ser debatido por todos.
E em relação ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que por conta dos ajustes do plano de negócios da Petrobras depende de parceiros para ser concluído, Pezão disse acreditar que haverá parceiros para a retomada do projeto.
"Nós acreditamos na Petrobras. Eu confio muito e acho que foi um ajuste momentâneo", disse Pezão.

Saneamento
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explicou que eles falaram sobre saneamento básico. A proposta é que o PIS e o Cofins sejam destinados para um fundo que seria destinado para o saneamento.
"Existem algumas áreas que podem gerar rapidamente emprego", disse.
Pezão disse que, na reunião, os governadores discutiram políticas públicas e Alckmin reafirmou sua preocupação com a retração da atividade econômica, afirmando que uma das propostas é a exportação e o investimento na construção civil. Já Hartung declarou que sua posição pessoal é de que se deve procurar "meios e modos" para dinamizar o setor.
Eles ressaltaram que muitos dos itens discutidos precisam de alteração nas leis que já existem. Por isso, vão ter encontros em Brasília com os presidentes do Congresso, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha. O encontro com a presidente Dilma também será pedido pelos governadores.
Na carta os governadores afirmam que "consideram que a geração de renda e emprego deve ser meta prioritária das políticas públicas. Para eles, segundo texto da carta, o ordenamento das contas públicas é condição necessária para o alcance desse objetivo.
A carta prossegue afirmando:
"Neste contexto, os governadores propõem:
Aplicação das mesmas condições dadas aos Programas de Concessões da União, concedidas por instituições financeiras públicas federais, aos programas de governos estaduais.
Apoio federal, inclusive por meio de garantia soberana, para acesso a fundos gaarntidores que alavanquem investimentos.
Troca de experiências e compartilhamento de resultados nos processos de concessões e parcerias público-privadas (PPP).
Prioridade para o investimento e infraestrutura e logística com destaque para as áreas de construção civil e saneamento básico. No caso do saneamento básico, propôe-se a reversão das contribuições pagas a título de PIS-Pasep/Cofins em investimentos no exterior.
Atuar no invremento das exportações buscando a redução dos custos e a ampliação do crédito.
Intensificar a operação conjunta na área de segurança pública, aprofundando a sinergia entre os governos estaduais e federal.

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