segunda-feira, 1 de junho de 2015

País se mobiliza contra terceirização e ajuste fiscal

Protestos reuniram milhares de trabalhadores em todos os Estados ontem
 
 
Manifestantes se reuniram contra medidas que restringem direitos trabalhistas e previdenciários  (Bobby Fabisak/JC Imagem/Folhapress)
Manifestantes se reuniram contra medidas que restringem direitos trabalhistas e previdenciários (Bobby Fabisak/JC Imagem/Folhapress)
Metalúrgicos, bancários, petroleiros, motoboys, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, professores, entre outras categorias profissionais, fazem protestos ontem contra o projeto de terceirização, que será votado no Senado, e contra as medidas de ajuste fiscal, já aprovadas no Congresso, que restringem direitos trabalhistas e previdenciários.
O Dia Nacional de Paralisação e Manifestações foi organizado por sindicatos ligados a CUT, CTB, Conlutas, CSB, Intersindical e Nova Central e movimentos sociais como MST. Segundo a direção da CUT, em todos os Estados e DF houve algum tipo de ato, protesto, manifestação ou paralisação.
Não há um número consolidado de quantos trabalhadores e militantes aderiram aos protestos, mas desde o início de ontem estradas foram bloqueadas, montadoras e fábricas foram fechadas, agências bancárias interromperam atendimento, além de outras manifestações.
A maior parte dos protestos foi concentrado no período das 6h até as 12h30. Em algumas regiões, a paralisação dura o dia todo.
Na região do ABC paulista, 50 mil metalúrgicos que trabalham em montadoras e autopeças de quatro cidades.
Em Goiás, a mobilização foi organizada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e outras
Centrais sindicais, através de carros de som nos terminais de ônibus e nas principais ruas e avenidas de Goiânia.
Em São Paulo, cerca de 600 manifestantes, entre motoboys, motoristas de ônibus, bancários e comerciários aderiram ao protesto e se concentraram em frente ao prédio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

USP
Em greve há 80 dias, segundo a CUT, os professores estaduais realizaram assembleia na tarde de ontem. Estudantes e trabalhadores da Universidade de São Paulo (USP) também aderiram aos protestos.

Pelo País
Os usuários de metrô em Belo Horizonte também ficaram sem transporte, e segundo o sindicato da categoria a promessa é de paralisação durante 24 horas.
Em Porto Alegre, apesar de uma decisão judicial que proíbe a realização de piquetes, funcionários do metrô e de ônibus da região interromperam o expediente.
Na Bahia, manifestantes fecharam parcialmente o km 522 da BR 324 em Feira de Santana. Em Cruz das Almas, o km 22 da BR 101 foi totalmente interditado por volta de 8h30.
Em Vitória (ES), houve protestos em frente ao campus da Universidade Federal do Espírito Santo. (Folhapress)

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