André Brant - 14/07/2014
Segundo Teixeira, da Mila, consorciado tem hábito de segurar a carta de crédito
O mercado de automóveis tem sofrido o impacto da desaceleração da
economia. Neste ano, segundo a Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave), a retração dos licenciamentos, nos
primeiros três meses do ano, já é de 16,23%, se comparado a igual
período de 2014.
Para tentar estimular o mercado entidades vinculadas à indústria
automotiva como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), a Fenabrave e pela Associação Brasileira de
Administradoras de Consórcios (Abac) criaram um plano, que vai até o dia
15 de junho, e que oferece vantagens para quem já foi contemplado em
consórcio e ainda não adquiriu seu automóvel.
De acordo com o plano, batizado de Festival do Consórcio Contemplado,
os consorciados terão vantagens especiais para comprar um automóvel
novo. Cada marca participante oferecerá condições próprias na
negociação.
Até o momento, 17 fabricantes aderiram ao plano, inclusive fabricantes
de caminhões, como a DAF, MAN, Iveco, Ford Caminhões e Scania. Entre as
marcas de automóveis, integraram ao plano Audi, BMW, Chevrolet, Fiat
Chrysler, Ford, Honda, Caoa (Hyundai), Mercedes-Benz, Nissan, Toyota e
Volkswagen.
Segundo a Abac, há mais de 240 mil consumidores contemplados que não
utilizaram seu crédito disponível. “Esse volume corresponde um mês de
vendas”, aponta o presidente da Anfavea, Luiz Moan.
No balcão
Para quem está no varejo, a iniciativa é vista com bons olhos, como
aponta o diretor de vendas da Mila Volkswagen, Antônio João Teixeira.
“Na verdade, já temos uma equipe que trabalha com consórcio a muito
tempo e a própria Volkswagen já oferece bonificações para quem tem a
carta contemplada. Mas com o assunto ganhando força, é claro que teremos
um aumento de vendas via consórcio, pois muitos consorciados preferem
esperar o termino do plano para receber o dinheiro em espécie. Tem muita
gente com a carta contemplada, mas não faz a compra”, explica Teixeira,
que explica que a modalidade, que era muito forte nos anos 1980, devido
a falta de produto para pronta entrega, perdeu força para o CDC nos
últimos anos.
Os consorciados contemplados que queiram verificar as condições deverão
procurar uma concessionária da marca de sua preferência.
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