Servidores e representantes sindicais vão ocupar a galeria da
Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na próxima terça-feira (5), a
partir das 14h, em protesto contra a proposta do Executivo para
aprovação dos projetos de lei que reajustam os salários do
funcionalismo. O governo do estado propõe conceder o aumento em duas
parcelas: uma de 3,5% retroativa a março, e 2,9% em novembro. Na
mobilização, profissionais como médicos, enfermeiros, professores e
servidores da Alba e do Tribunal de Contas usarão o slogan “Todos os
servidores unidos na luta contra o reajuste de Rui”. Pela proposta do
governo, até novembro, 33 mil servidores estaduais continuarão recebendo
abaixo de um salário mínimo. De acordo com Sílvio Roberto, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde da Bahia (Sindsaúde), a
categoria discorda do parcelamento e não descarta possibilidade de
greve. “É inadmissível aceitar reajuste pela inflação em duas vezes. A
parcela de novembro não retroage à data-base, que é janeiro. Se houver
um processo mais radical a culpa será do governador Rui Costa”, destaca.
Na segunda-feira (4), os trabalhadores da Saúde farão uma paralisação
de 24 horas e uma assembleia para definir novos encaminhamentos, às 9h,
na sede do Sindicato dos Bancários, avenida Sete. O presidente do
Sindsaúde explica que outras categorias aceitaram a proposta do
Executivo em negociações por meio de mesas setoriais. “Algumas
categorias acataram, mas, na Saúde, por exemplo, o conjunto de
trabalhadores não referendou para que assinássemos esse acordo
inadmissível. Caso aprovem, vamos divulgar o nome de todos os deputados
que concordarem com o governo”, argumenta Sílvio Roberto. Segundo
Francisco Magalhães, presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia
(Sindmed), a categoria recebeu a posição do governo com indignação.
“Estamos mobilizados para mostrar que não aceitamos essa proposta. O
governo poderia ser mais sensível a todo esse processo até porque a lei
diz que a data-base é janeiro e deve ser retroativo. Se o governo
quiser, que leve adiante, mas não concordamos com essa medida”, expõe. O
Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa da Bahia (Sindsalba)
e a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) ingressaram
com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o Estado,
referente aos parcelamentos de 2013 e 2014. “Da forma como o governo
quer fazer, sem retroagir o parcelamento a janeiro, quem perde é o
servidor. O reajuste deve ser de forma integral”, ressalta Flávio Abreu,
presidente do Sindsalba. Na última terça-feira (28), a Alba aprovou, em
regime de urgência, os requerimentos para os projetos de reajuste.
Desde a semana passada, o governo do estado conseguiu celebrar acordo
com a Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab) e outras
representações sindicais. POLÍTICA LIVRE
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