sexta-feira, 1 de maio de 2015

Santa Casa de Campo Grande diz que suspenderá atendimento ambulatorial


Prefeitura e governo do estado não renovaram contrato com hospital.
Instituição pede R$ 4 milhões e município oferece R$ 3 milhões até maio.

Juliene Katayama Do G1 MS
Santa Casa vai assumir serviço de oncologia do hospital, antes feito por clínica terceirizada (Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)Santa Casa está sem repasse desde dia 7 de abril
(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)
A Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa de Campo Grande, anunciou a suspensão dos atendimentos ambulatoriais de média complexidade a partir de terça-feira (5). O contrato entre hospital e prefeitura da capital e o governo do estado venceu dia 7 de abril e não foi renovado até o momento.
A Santa Casa pede repasse mensal de R$ 4 milhões por um ano. A prefeitura alega que só tem condições de repassar R$ 3 milhões.
Desde o fim do ano passado, o impasse não foi resolvido. Agora, a diretoria da ABCG encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) comunicando a suspensão dos serviços.
Segundo a assessoria da Sesau, a proposta já foi oficiada e a prefeitura ofereceu R$ 3 milhões para os meses de abril e maio. A partir de junho, o repasse será reduzido para R$ 1,5 milhão. “A prefeitura não tem condições de bancar tudo sozinha, precisa do apoio do governo”, explicou a assessoria ao G1.
Ao G1, a assessoria do governo disse que o contrato da Santa Casa é de responsabilidade do município.
A mantenedora alega que as propostas apresentadas pelo município não contemplam o valor de custo dos serviços e nem a quitação de serviços já faturados e entregues. Conforme a diretoria do hospital, são necessários R$ 3 milhões para atendimento de média complexidade e R$ 1 milhão para atendimento de alta complexidade.
Em nota, a Santa Casa solicitou a Sesau que informe aos usuários regulados pela rede municipal para que não compareçam ao hospital.
A decisão da diretoria do hospital foi encaminhada nesta quinta-feira (30), via ofício, ao governador do Estado, presidente da Assembleia Legislativa, presidente da Câmara Municipal, às secretarias Estadual e Municipal de Saúde, ao Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado, conselhos estadual e municipal de saúde, comissão de saúde da Câmara Municipal e da Assembleia legislativa, Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos e Sindicato dos Enfermeiros.

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