quinta-feira, 28 de maio de 2015

Professores em greve reclamam de cortes de verbas para educação no PA


Categoria deflagrou greve nesta quinta-feira (28) na UFPA.
Docentes reivindicam que educação seja tratada como prioridade.

Do G1 PA
Portão principal de acesso à universidade está fechado. (Foto: Dominik Giusti/G1)Portão principal de acesso à universidade está fechado. (Foto: Dominik Giusti/G1)
"Num país que tem como lema 'pátria educadora', são inconcebíveis os cortes na área da educação", pondera a professora Rosimê Meguins, do curso de pedagogia e integrante da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa) sobre o corte de R$ 9,42 bilhões (de R$ 48,81 bilhões para R$ 39,38 bilhões, 19,3%) do Ministério da Educação.
Professora Rosimê Meguins contesta corte nas verbas. (Foto: Dominik Giusti/G1)Professora Rosimê Meguins contesta corte nas
verbas. (Foto: Dominik Giusti/G1)
A categoria deflagrou greve na UFPA nesta quinta-feira (28) em um movimento nacional por melhorias nas instituições de ensino superior. De acordo com os docentes, a diminuição nos investimentos compromete o funcionamento das entidades. A última greve no Pará ocorreu em 2012, durante três meses, quando os professores tiveram reajuste salarial, parcelado em três anos.
"Nossa prioridade nem é o salário, mas contra o corte de verbas e pela manutenção de conquistas históricas dos professores. Entendemos que o país está em crise e a melhor maneira de atravessar isso será com investimentos em educação", avalia Rosimê Meguins.
A greve começou em universidades federais de Alagoas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins. No Acre, os professores da Federal do Acre devem parar as aulas a partir de sexta-feira (29).
Na UFPA, a greve dos docentes ocorre em conjunto com a dos servidores e técnicos, puxada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais do Ensino Superio no Pará (Sindtifes/PA). Atualmente, a instituição conta com 2.500 professores, destes 1.600 são sindicalizados. No que se refere aos técnicos administrativos são 2.309.
Atualmente, a UFPA conta com 2.500 professores, destes 1.600 deles são sindicalizados. Já no que se refere aos tecnicos administrativos são 2.309.
Sobre a greve, a assessoria da UFPA disse que "será respeitado o direito a livre manifestação de nossos docentes, discentes e técnicos".
Alunos
De acordo com os estudantes Glauce Santos e Artur Ramos, as aulas no curso de odontologia foram ministradas normalmente durante a manhã, mas há possibilidade de suspensão das atividades. "A gente entende que é um direito dos professores a greve, assim como é a nossa é ter aulas. Mas realmente é necessário pois no nosso curso a infraestrutura precisa melhorar", disse Glauce.
Artur Lopes cursa educação educação física e dise que a disciplina de natação foi ministrada sem piscina. (Foto: Dominik Giusti/G1)Artur Lopes cursa educação educação física e
disse que a disciplina de natação foi ministrada
sem piscina. (Foto: Dominik Giusti/G1)
O estudante de educação física, Artur Lopes, também concorda que a greve é necessária e alega que melhorias precisam ser implementadas. "Tivemos aula de natação sem piscina e de anatomia sem laboratório. Os professores são obrigados a ministrar seis, sete disciplinas e ficam sobrecarregados. Nos dizem que não tem verbas para educação, mas investem no Fies, para as universidades particulares", reclama.
Serviços
A greve dos professores e servidores da UFPA paralisa as atividades no Campus Guamá, mas alguns serviços continuam funcionando como o Hospital Bettina Ferro, o Restaurante Universitário, o serviço de ônibus circular além de bancos e outros estabelecimentos no prédio do Vadião.
O acesso à universidade está bloqueado nos portões 1 e 2 e é possível entrar na instuição pelos portões 3 e 4.

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