sexta-feira, 1 de maio de 2015

Produção econômica das cidades cai com os feriados


Calendário tem 16 dias sem trabalho em 2015, datas que farão comércio vender menos

por
Chayenne Guerreiro
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
O ano de 2015 é oficialmente o dos feriados. Se em 2014, a maioria dos baianos se frustrou com as datas caindo nos finais de semana, nesse ano ninguém tem do que reclamar. São 16 feriados ao longo do ano nove deles ainda por vir.
O primeiro feriado do ano, o 1º de janeiro, dedicado a Confraternização Universal, aconteceu em uma quinta-feira, e para alguns foi possível transforma-lo em um feriado prolongado. O carnaval foi celebrado oficialmente, no dia 17 de fevereiro, uma terça-feira, mas a maioria das pessoas encerrou o expediente, na sexta-feira 13.
Assim como a folga da Sexta-Feira Santa, 3 de abril, hoje; 1 de maio (sexta-feira), 7 de setembro de 2015; Independência do Brasil (segunda-feira);12 de outubro de 2015: Nossa Senhora Aparecida (segunda-feira);2 de novembro de 2015: Finados (segunda-feira); e no Natal, dia 25 de dezembro(sexta-feira), o  soteropolitano vai ter um descanso a mais. As férias prolongadas continuam no dia 4 de junho (Corpus Christi), que cai numa quinta-feira, 2 de julho de 2015, Independência da Bahia (quinta-feira) e 8 de dezembro de 2015; Nossa Senhora Conceição da Praia (terça-feira).
Como toda situação tem seu lado positivo e negativo, nesse caso, os altos números de feriados frequentemente são associados a quedas na produção econômica das cidades. Em Salvador, não poderia ser diferente. De acordo com o presidente do Sindlojas, Paulo Motta, a perda do comércio chega a ser de 20%. “Temos uma perda representativa, por que nessas datas o consumidor não tem interesse em comercio de rua, normalmente as pessoas saem da cidade, ou vão pra outras atividades. Isso representa uma perda de 20% por cada dia de feriado. Somente no caso dos shoppings esse número não é tão grande, já que existe o habito do consumidor de procurar as atividades que acontecem dentro desse estabelecimento,” explicou Motta.
Segundo o economista, Carlos Fraga, o problema não esta somente na perda das vendas, mas também, na falta de continuidade do trabalho. “É claro que o problema principal é a perda de vendas. O comercio paga ao empregado, paga o aluguel e todo esse gasto é no turno integral, no mês cheio, mas na verdade, ele vai ter um número reduzido para realizar as vendas. Além disso, outra coisa importante é perda de continuidade no trabalho, os órgãos públicos normalmente enforcam quando tem um dia de intervalo entre o feriado e o fim de semana, e isso traz problemas ao cidadão comum, são processos que ficam atrasados, serviços que deixam de ser prestados, entre outros,” esclarece o especialista.
Senado analisa
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) segue analisando o projeto de lei da Câmara (PLC 108/2009) que transfere para as sextas-feiras as comemorações dos feriados nacionais que caírem nos demais dias da semana.
Ficariam fora da nova regra, conforme o texto original, os feriados que ocorressem no sábado ou no domingo e os dos dias 1º de janeiro (Confraternização Universal), 7 de setembro (Independência do Brasil) e 25 de dezembro (Natal).
 O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) propõe, em emenda, que os feriados de 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil) e do dia de Corpus Christi (tradicionalmente celebrado em uma quinta-feira) também continuem a ser celebrados em suas datas originais.
O PLC 108/2009 tramita em conjunto com o PLC 296/2009, que, em vez de adiar para a sexta-feira, antecipa para a segunda-feira as comemorações dos feriados nacionais que caírem entre terça e sexta-feira.

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