Equipes do exército suspeitaram de tráfico e abriram fogo contra o avião.
Paranaense foi contratado por conhecido para fazer o voo, diz advogado.
piloto civil em 2013 (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo o advogado de direito penal internacional contratado pela família Rodrigo Faucz, equipes do exército que faziam ronda na região de helicóptero suspeitaram de tráfico de drogas e abriram fogo contra a aeronave que Asteclínio pilotava.
Com os disparos, o avião caiu em uma área de mata e, em seguida, foi revistado pelos atiradores. Ainda de acordo com o advogado, as equipes não constataram nenhum resquício de drogas e, em seguida, prenderam o piloto.
Um colombiano, que não teve o nome divulgado, era passageiro da aeronave e também ficou ferido e foi preso. O paranaense não conhecia o colombiano, segundo Faucz. O caso está sendo investigado pelas Forças Armadas do Peru.
"Nós não entendemos ainda o porquê de terem aberto fogo contra essa aeronave e de terem efetuado a prisão. Meu cliente nunca se envolveu com qualquer situação ilícita", relatou o advogado, que declarou ainda que Asteclínio concluiu o curso de piloto civil em 2013.
"Esse conhecido de um amigo dele soube que ele era piloto e resolveu contratá-lo. Meu cliente não questionou, nem sequer estranhou, e aceitou fazer o voo". A princípio, Asteclínio tinha sido contratado para levar algumas pessoas para diferentes localidades do Peru.
Rodrigo Faucz disse ainda que o piloto decolou com o colombiano de Santa Rosa, na Bolívia, em direção ao Peru. "O avião pousou em Satipo para pegar um terceiro passageiro, mas ele não estava no local. Foi então que os atiradores derrubaram a aeronave. Isso não deu nem dois minutos depois da decolagem", acrescenta Faucz.
"Ali é uma região de fronteira meio complicada por conta do alto índice de tráfico de drogas. Então, equipes do exército de vários países que se juntam para fazer uma espécie de vigia para evitar o tráfico na região e nos países vizinhos".
O caso aconteceu no dia 15 de abril. O paranaense teve ferimentos no braço e no abdômen e ficou hospitalizado sob custódia da polícia peruana por três semanas. Ele recebeu alta no dia 14 de maio e foi transferido para um presídio de Satipo.
O Ministério das Relações Exteriores informou ao G1, em nota, que a Embaixada do Brasil, em Lima, foi informada pelas autoridades peruanas no dia 17 de abril sobre a prisão de Asteclínio por “estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades consideráveis de drogas, destinadas ao mercado internacional”.
"No Peru, o nacional conta com defensor público designado para acompanhar o processo.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Divisão de Assistência Consular e da Embaixada em Lima, segue prestando ao Sr. Asteclínio da Silva Ramos Neto toda a assistência cabível. No próximo dia 31, o advogado contratado pela família do senhor Asteclínio no Brasil deverá chegar a Lima com familiar do brasileiro, e receberão assistência do Consulado brasileiro durante a estada no Peru", diz outro trecho da nota.
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