"Se algumas decisões do Congresso não são as decisões que a sociedade esperava obter, se as decisoes podem frustar alguém, até a mim, pessoalmente, é porque o Congresso decidiu ficar como está", afirmou, em entrevista, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, por terem medo de aprovar regras que inviabilizem futuras reeleições, os deputados preferem não fazer mudanças nas leis, reconheceu. "Na prática, fazer reforma política esbarra na dificuldade de mudar o sistema de eleição daquele que se elegeu por esse sistema", explicou o presidente da Câmara. "Ele [o parlamentar] sempre fica com receio que uma alteração dificultará sua futura eleição. Essa é a realidade", admitiu.
Ele também criticou a "hipocrisia" de deputados que defenderam em campanha o financiamento público ou o voto distrital misto e mudaram de lado, dificultando mudanças na lei. "Ou seja, proclamam um coisa e votam outra", disse.
Para Cunha, ao ser colocada em discussão, pela primeira vez em 20 anos, as decisões da Câmara de Deputados devem ser respeitadas.
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