sexta-feira, 1 de maio de 2015

Movimentos sindicais protestam no Dia do Trabalho em Alagoas


Manifestantes saíram do Estacionamento do Jaraguá, em Maceió.
Ato critica projeto de lei que regulamenta contratos de terceirização.

Derek Gustavo Do G1 AL
Movimentos sindicais saíram em caminhada em Maceió (Foto: Derek Gustavo/G1)Movimentos sindicais saíram em caminhada em Maceió (Foto: Derek Gustavo/G1)
Integrantes de diversos movimentos sindicais comemoraramm o Dia do Trabalho com protesto na manhã desta sexta-feira (1º) em Maceió. Manifestantes saíram do Estacionamento do Jaraguá em direção à orla da capital. O protesto, que começou às 9h, terminou 14h10, quando o grupo se concentrou em frente ao Alagoinha, na Ponta Verde.
Além de lembrar o Dia do Trabalhador, o ato, segundo os organizadores, é contra o projeto de lei 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização. Os organizadores estimam cerca de 5 mil pessoas no protesto. Mas a Polícia Militar estima cerca de duas mil.
A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Alagoas, Amélia Fernandes, disse que este é um dia de mobilização. “Vivemos um momento de muitos ataques aos nossos direitos. Nossas pautas hoje são baseadas em nossos direitos, a luta pela democracia e contra a corrupção. Se esse projeto da terceirização passar, a CLT vai ser rasgada e isso pode até incentivar a escravidão”, disse.
Organizadores estimam mais de 5 mil pessoas no protesto (Foto: Derek Gustavo/ G1)Organizadores estimam mais de 5 mil pessoas no
protesto (Foto: Derek Gustavo/ G1)
O secretário do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev-AL), Aceildo Bernardo da Silva, falou sobre a escolha do local para o ponto de partida do protesto.
“Escolhemos nos concentrar no estacionamento do Jaraguá como forma de protestar contra a determinação da justiça de desocupar a comunidade”, disse ele, se referindo a medida que obriga a retirada dos barracos da Favela do Jaraguá.
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) também participam do ato. Segundo José Roberto da Silva, da coordenação nacional em Alagoas, cerca de mil membros são esperados no protesto. “Queremos demonstrar que a classe trabalhadora não permite a retirada de direitos e condenar as ações violentas do governo contra os trabalhadores, além da reforma agrária”, disse.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, falou que a terceirização é muito prejudicial para a educação. “Lutamos pela classe trabalhadora. Estamos aqui contra projetos que atacam os trabalhadores. Estamos também no decimo dia de greve da rede municipal de ensino de Maceió, e o prefeito disse que só pode se reunir com a gente para negociar dia 13 de maio".
Sinteal leva faixa de apoio aos professores do Paraná (Foto: Derek Gustavo/G1)Sinteal leva faixa de apoio aos professores do
Paraná (Foto: Derek Gustavo/G1)
Consuelo informou que os professores foram à mobilização com uma faixa preta. "Estamos com a faixa em apoio aos professores do Paraná, que foram massacrados pelo governados daquele estado”, ressaltou.
Do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Luciano da Silva Santos diz que a proposta deles é pressionar os senadores a rever o projeto de terceirização. “Só um lado será beneficiado e isso será prejudicial para os trabalhadores. Esse projeto é uma má-fé, e vai gerar uma série de demissões”, observou.

Também se mostraram contrários ao projeto de lei que regulamenta contratos de terceirização a Central Sindical E Popular (CSP/ Conlutas), o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Alagoas (Sinttro) e o Sindicato dos Auxiliares Escolares da rede estadual de educação do Estado de Alagoas (SAE-AL).
O ato também conta com integrantes do movimento Nacional de Luta pela Moradia (MLM), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Policiais de Alagoas (Sindpol), Central de Movimentos Populares, entre outros.
Na orla da Ponta Verde, manifestantes seguem em direção ao Alagoinha (Foto: Derek Gustavo/ G1)Na orla da Ponta Verde, manifestantes seguem em direção ao Alagoinha (Foto: Derek Gustavo/ G1)

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