sábado, 30 de maio de 2015

Médico chama a atenção para os riscos que o tabagismo provoca nos fumantes


No Brasil, são registradas atualmente 200 mil mortes decorrentes do fumo, com aproximadamente 5.000 mortes na Bahia

Publicada em tribuna da bahia
Foto: Divulgação/Ilustração
Nesse domingo (31.05) será comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987 para conscientizar a população dos malefícios do cigarro na saúde dos fumantes e fumantes passivos.

Existem 2 bilhões de fumantes no planeta e, apenas no século vinte, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que a epidemia de tabagismo matou 100 milhões de pessoas. O mundo gasta com o tabagismo 200 bilhões de dólares por ano, metade deste gasto nos países em desenvolvimento.

“O fumo contribui com a pobreza do indivíduo e seus familiares, porque os fumantes têm maiores chances de adoecerem, perderem produtividade e renda. Este ciclo vicioso só pode ser resolvido com a abstenção do fumo”, destaca o chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital Santa Izabel, Guilhardo Fontes Ribeiro.

Segundo ele, o Brasil tem sido um exemplo para o mundo no controle do tabagismo. “Em 1989, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía 34,8% de fumantes. Atualmente a prevalência caiu para 11,3%. A meta do Ministério da Saúde é chegar em 9%, em 2022”, diz.

Ainda de acordo com o médico, no Brasil são registradas atualmente 200 mil mortes decorrentes do fumo, com aproximadamente 5.000 mortes na Bahia. 

Doenças - Existem aproximadamente 50 doenças relacionadas ao fumo. Entre os tumores malignos está o câncer de pulmão, mais comum e letal, além dos tumores de laringe, boca, esôfago, bexiga e pâncreas.

“Há ainda as doenças não tumorais, como infarto, angina, acidente vascular cerebral, halitose, envelhecimento precoce, infertilidade, impotência sexual precoce e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), no passado conhecida como bronquite e enfisema, que acomete sete milhões de indivíduos, registrando 35 mil mortes anuais”, explica o médico.

“O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Ainda existe o tabagismo passivo, que continua como uma importante causa de morte e doenças. Uma revista Americana, de 2015, publicou que 40% das crianças e 34% dos adultos são fumantes passivos, ocasionando 603.000 mortes anuais”, completa.

Tratamento - As doenças relacionadas ao fumo habitualmente têm evolução lenta e são diagnosticadas em fase avançada. Os sintomas dependem do órgão afetado.

“O tratamento disponível é a reposição de nicotina, antidepressivo que diminui a vontade de fumar, e a vareniclina. O sucesso do tratamento em um ano é de 50%. O tratamento ideal seria a vacina contra nicotina que a impediria de chegar ao cérebro e liberar as substâncias do prazer, mas a vacina ainda está em fase de testes”.

O Hospital Santa Izabel vem lutando contra o tabagismo ao longo dos anos, em parceria com a Secretária Municipal de Saúde, realizando trabalhos em praça pública, principalmente na periferia da cidade.

“Nestes trabalhos explicamos a vantagem em deixar de fumar e distribuímos folders sobre tabagismo. Os interessados em deixar de fumar são encaminhados para o centro de referência mais próximo da sua residência”, conta o médico.

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