Rodrigo Aguiar
A TARDECom o discurso de que aproveitará o ato para fazer uma "defesa da democracia e da Petrobras", o primeiro grupo, formado por centrais sindicais, se posiciona ao lado da presidente Dilma Rousseff.
O segundo grupo, que se define como "mais à esquerda", é formado por movimentos sociais, centrais sindicais menores e integrantes de partidos políticos como PSOL e PSTU. Eles defendem um afastamento das centrais sindicais em relação ao governo e enxergam a Central Única dos Trabalhadores (CUT), por exemplo, como governista.
Shows no Terreiro
O ato da CUT, CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e Nova Central acontece a partir de 12h, no Terreiro de Jesus, segundo o presidente da CUT na Bahia, Cedro Silva. Haverá shows de Adelmário Coelho, Kart Love, Fora da Mídia, Samba Violeta e Só Nós do Pagode. Às 18h, ocorrerá um ato político.
Cedro diz que 10 mil pessoas são esperadas e afirma que, no total, as centrais gastaram R$ 150 mil para o evento. "A pauta é a defesa da Petrobras, da democracia, a luta pelas reformas do país e mais direitos para a classe trabalhadora", afirmou o dirigente sindical.
De acordo com Cedro, a democracia do país "está ameaçada". "Quando se pede impeachment, o processo eleitoral não está sendo respeitado", diz.
Sobre os custos com os shows, o presidente da CUT-BA diz que foi feito um "rateio". "A vida é dura para a gente. Damos uma entrada, depois de 30 dias pagamos outra parte...", afirmou.
Procurado, o cantor Adelmário Coelho disse que não sabia quanto era o cachê do seu show. "Isso aí é com o meu empresário. Minha área é cantar", afirmou o artista, que se define como um "operário da música" e apoiou Rui Costa na última eleição, "como amigo".
A produção do cantor, por sua vez, disse que há uma tabela de cachês e que não faz parte da política do grupo divulgar os valores. Por um show em junho do ano passado, a prefeitura de Santo Antônio de Jesus pagou a Adelmário R$ 135 mil.
Chapa-branca
O presidente do PSOL na Bahia, Marcos Mendes, disse que a terceirização deveria promover a união das correntes de esquerdas. "Apesar de entender que a CUT é uma central chapa-branca, neste momento o interessante é se unir. O problema é que a CUT resolveu fazer festa e defesa do governo", declarou. O ato do grupo "mais à esquerda" acontece às 10h, na Praça Thomé de Souza, no Centro.
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