sexta-feira, 1 de maio de 2015

CUT reúne diversos movimentos sociais em caminhada no Recife


Este ano, manifestação é contra a aprovação do projeto de lei 4.330.
Apoio à greve de professores de Pernambuco também está na pauta.

Do G1 PE
Marcha organizada pela CUT-PE chega à Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife. (Foto: Katherine Coutinho / G1)Marcha organizada pela CUT-PE chega à Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife.
(Foto: Katherine Coutinho / G1)
Trabalhadores ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), junto a intregrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e movimentos sociais promovem mais um ato contra o projeto de lei 4330, da terceirização, nesta sexta-feira  (1º), no Recife. Com concentração na Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, os trabalhadores fizeram uma caminhada pelas ruas do centro do Recife. Os trabalhadores seguiram até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras, explica que o ato hoje é contra o projeto de lei 4.330, também conhecido como Lei da Terceirização, e em apoio aos professores de diversos estados que estão em greve. "O real motivo do 1º de maio é o trabalhador na rua lutando por seus direitos. Os trabalhadores em educação revindicam um direito já conquistado, que é a Lei do Piso. Além disso, continuamos na luta contra a terceirização, não podemos deixar que essa lei passe no Senado. Esse projeto aumenta o número de terceirizados e não resolve os problemas ja existentes",  aponta Veras.
A caminhada tradicional da Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Pernambuco (Fetape), que acontece no interior, foi transferida para a capital este ano, explica o diretor da entidade, Israel Crispim. "Esse ato seria em Surubim, mas transferimos devido ao que está acontecendo na nossa política. A Lei da Terceirização afeta também o campo, que se une à cidade para lutar. Estamos também contra as alterações no seguro desemprego", aponta Crispim.
Passeata passa pela Rua da Aurora, para seguir em direção ao Palácio das Princesas. (Foto: Katherine Coutinho / G1)Passeata passa pela Rua da Aurora, para seguir em direção ao Palácio das Princesas.
(Foto: Katherine Coutinho / G1)
O diretor da regional em Pernambuco do MST, Jaime Amorim, destaca que esse 1° de maio é a retomada da luta dos trabalhadores. "Hoje não é um dia de festa, é um dia que o trabalhador sai à rua para lutar por seus direitos. O que temos hoje a comemorar é a união dos trabalhadores. A burguesia está aproveitando a crise para tirar direitos dos trabalhadores",  afirma Amorim.
A união de forças é essencial para pressionar o Senado para que a Lei da Terceirização não saia, destaca o secretário de Comunicação da CTB, Herbet Bezerra. "A tarefa mais importante hoje é unir nossas forças contra a PL 4.330, para barrar no Senado e continuar com a luta na rua. Estão aproveitando essa crise de golpismo para colocar reformas que não interessam ao povo", diz.
A coordenadora do Movimento de Mulheres Olga Benário, Guita Marli, lembra que as mulheres sofrem com salários menores e em funções com menos garantias. "Nós somos metade dos trabalhadores brasileiros, não podíamos estar de fora no momento que tentam diminuir os nossos trabalhadores", destaca.
A coordenadora do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Elisabeth Araújo, afirma que o grupo pede ainda a moradia digna. "Hoje é também o dia nacional de luta pela moradia digna. Pedimos que os terrenos urbanos da união se transformem em áreas sociais, como casas populares, áreas de lazer, teatro. Não podemos deixar que sejam entregues à especulação imobiliária, como acontece com o Cais José Estelita", afirma.
Ao chegar ao Palácio do Campo das Princesas, os manifestantes encontraram a sede do governo estadual fechada e cercada por grades. A organização da marcha calculou 5 mil pessoas presentes à manifestação. A Polícia Militar não divulgou estimativa.

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