Servidores protestaram por melhorias de trabalho e aumento salarial.
Ato foi realizado em frente ao Palácio Rio Branco, no Centro da capital.
Servidores pedem melhorias e aumento salarial (Foto: Manoel Façanha/Arquivo pessoal)
Professores, técnicos administrativos e demais servidores da Educação
do estado do Acre paralisaram as atividades, nesta quinta-feira (30),
por aumento salarial, mais funcionários no quadro e melhorias nas
escolas do estado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Acre (Sinteac), funcionários municipais e estaduais de 31
escolas compareceram ao ato, realizado em frente ao Palácio Rio Branco,
no Centro da capital. O protesto reuniu em média 500 servidores,
segundo o Sinteac, e finalizou às 12h (14h, no horário de Brasília).A presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT) e do Sinteac, Rosana Nascimento, explicou que todos os sindicatos ligado à CUT estiveram presentes no protesto para apoiar os servidores da Educação do estado. Servidores de ao menos 31 escolas, entre municipais e estaduais, segundo Rosana, compareceram ao ato.
"Todos estão parados. Alguns não quiseram parar porque não têm coragem de vim para luta, mas os que têm estão aqui com o coragem e determinação, unidade no movimento sindical com todos os sindicatos presentes. É um movimento unificado. Queremos mais condições de trabalho, valorização profissional e somos contra a terceirização profissional", disse a sindicalista.
Professor da rede estadual há mais de 20 anos, José Oliveira da Cruz, disse que o protesto não é apenas por aumento salarial, mas também para que o governo elabore novas medidas de planos de carreira, administrativo e, dessa forma, ofereça mais condições aos professores.
Para o técnico administrativo Valdir França, a luta por melhorias na Educação é uma questão de todos. "Se para os professores está ruim, imagina para os técnicos administrativos. São merendeiras, serventes, vigias e o pessoal de apoio, todos ganham abaixo de um salário mínimo.Também temos uma bandeira de luta e queremos melhorias", disse.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município do Bujari, Sandra Chagas, esteve presente no protesto para reivindicar o salário atrasado dos 50 professores rurais da cidade. Ela conta que há três meses os educadores não recebem, não têm transporte e nem merenda nas escolas.
"Os professores contratados provisórios estão há três meses sem receber, os órgãos públicos precisam fazer um reajuste, porque como a categoria vai trabalhar sem ter um incentivo no salário? A gente sabe que já é difícil trabalhar na zona rural e sem receber fica pior ainda. As escolas ficam distantes, não temos combustível para chegar até o local, não tem água potável, merenda e a estrutura da escola não é de qualidade. Quando chove, molha mais dentro do que fora", finaliza.
Após o protesto, uma comissão com nove representantes da Educação foi recebida pelos parlamentares na Aleac.
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