quarta-feira, 29 de abril de 2015

Professores seguem em saguão da Alesc e devem pernoitar novamente


Segundo sindicato, 87 pessoas estão acampadas no local nesta quarta.
Categoria pede negociação com governo sobre o novo plano de carreira.

Do G1 SC
Professores devem pernoitar novamente na Alesc (Foto: Sinte-SC/Divulgação)Professores devem pernoitar novamente na Alesc (Foto: Sinte-SC/Divulgação)
Na noite desta quarta-feira (29), 87 professores estaduais em greve continuavam no saguão da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), conforme o sindicato da categoria. Eles prometem dormir novamente no local e pedem que o governo do estado volte a negociar a pauta de reivindicações.
As mobilizações tiveram início em 24 de fevereiro e greve começou um mês depois, em 24 de março. A principal reivindicação da categoria é a elaboração do plano de carreira do magistério estadual. O governo apresentou uma proposta, em 14 de abril, que foi rejeitada pelos grevistas.
Outro ponto de reivindicação era a retirada da Medida Provisória 198/2015, que alterava os salários dos professores temporários, da pauta de votação da Alesc. Por causa disso, no início do mês, os grevistas fizeram o mesmo tipo de protesto. Eles dormiram no saguão da assembleia nas noites dos dias 7 e 8 de abril e saíram no dia 9, quando o governo anunciou a revogação da MP.
Segunda 'ocupação' da Alesc
Nesta terça (28), os grevistas voltaram a dormir na Alesc após fazerem manifestações no Centro da capital e depois dentro da Alesc, durante o dia. Conforme a guarda da Assembleia, ao menos 60 pessoas dormiram entre o saguão e o auditório entre a noite de terça e a manhã desta quarta.
Segundo o comando de greve, os professores devem permanecer na Alesc até a tarde de quinta (30), segundo a secretária da região Macro-Oeste do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte-SC), Alvete Bedin.
MP 199/2015 foi aprovada em sessão desta quarta (Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL)MP 199/2015 foi aprovada em sessão desta quarta (Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL)
Documento entregue ao governo
Segunda-feira (27), o comando de greve protocolou um documento aos cuidados do governador com os pontos necessários para iniciar as negociações. Ele traz quatro reivindicações: a instituição de uma mesa de negociação que não ultrapasse 30 dias, período em que nenhum projeto de lei deverá ser levado à Assembleia Legislativa; a anistia de todas as faltas de 2012 a 2015; a revogação do decreto 3593/2010; e o pagamento do reajuste de 13,01% na carreira, retroativo a janeiro de 2015.
A Secretaria de Estado da Educação informou que o documento entregue pelos professores ao governo seguia sendo analisado até a noite desta quarta. Ainda não há prazo para que as questões pedidas sejam respondidas.
Reivindicações
A principal reivindicação da categoria é o plano de carreira do magistério estadual e a revogação da MP 198/2015. Segundo o Sinte, além disso, outros três pontos integram a lista de reivindicações da categoria, entre eles, a incorporação da gratificação de regência de classe.
Para a categoria, esta mudança traria perdas financeiras aos docentes. Além disso, a gratificação por triênio que, hoje, é somada sobre o salário e a gratificação, seria aplicado somente sobre o valor final.
Outro ponto que a categoria pede é a retirada do nível de formação do ensino médio da tabela salarial. Para o Sinte/SC, esta situação faria com que o estado deixasse de ser obrigado a cumprir o piso nacional para a categoria, que é atualizado com base no ensino médio.

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