sábado, 25 de abril de 2015

Professores fazem paródias durante protesto para cobrar piso salarial


Professores usaram funk e forró como inspiração para protestar.
Categoria está em greve desde 15 de abril cobrando reajuste salarial de 13%.

John Pacheco Do G1 AP
Os professores da rede municipal de ensino utilizaram o humor para cobrar o pagamento do piso salarial durante um protesto na sexta-feira (24), quando a greve completou nove anos. Eles deixaram de lado os gritos de ordem e fizeram paródias de sucessos que variaram do funk de Valesca Popozuda até o forró da “muriçoca”, músicas muito ouvidos no Norte do país.
Com a letra das músicas em mãos e mostrando afinação, os educadores cantaram bem  descontraídos. Termos como “piso”, “salário”, “educação”, “prefeito” e “pagar” estavam entre os mais cantados. O funk, “Eu sou a diva que você quer copiar”, de Valesca, ganha outra roupagem, com termos como “mas você não paga o piso” e “para ser prefeito tem que pagar nossos direitos”.
O forró da muriçoca, de autoria de Rei da Cacimbinha, famosa pelo refrão “soca”, na paródia vira “enrola”. O termo foi usado pelos educadores como uma forma de pressionar a gestão municipal a cumprir o reajuste de 13% no salário, mesmo percentual acrescentado pelo Ministério da Educação (MEC) ao piso salarial da categoria. Os educadores entraram em greve no dia 15 de abril.
A última proposta ofertada pela prefeitura aconteceu na segunda-feira (20), quando os educadores recusaram o reajuste de 4%. A administração justificou o valor alegando indisponibilidade financeira. Como forma de ressaltar a situação, as planilhas de gastos e finanças da pasta foram apresentadas ao Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap).
“Eles estão analisando esses dados e estamos à disposição para uma nova rodada”, adiantou Antônia Andrade, secretária de Educação.
O sindicato informou que 80% dos professores da rede municipal aderiram ao movimento, e quem está nas escolas faz parte do contrato administrativo. Com isso, as principais escolas municipais têm turmas com e sem aulas, o que deixará o calendário desregulado, com turmas encerrando em dezembro e outras em janeiro, explicou a Secretaria Municipal de Educação.

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